Servidores e professores da USP de São Carlos iniciam greve nesta 3ª-feira (27)
Servidores e professores da USP de São Carlos (232 km de São Paulo) decretaram greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (27) em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (26), segundo a direção do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).
A greve na USP soma-se à greve na Unesp e na Unicamp (Universidade de Campinas). As paralisações ocorrem porque a categoria é contrária ao adiamento da discussão de aumento salarial para setembro, anunciada na quarta-feira (21) pelo Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo).
Tradicionalmente, os servidores ganham reajuste em maio –em 2013, foi de 5,39%. Para este ano, os funcionários pedem reajuste de 3% e reposição da inflação de 6,78%.
Na última quarta-feira (21), funcionários do campus Butantã, em São Paulo, também paralisaram as atividades.
Em São Carlos, são 23 cursos de graduação e 17 de pós-graduação. Considerando alunos de graduação e pós, são cerca de 8.000 alunos. Ao todo, são 522 professores e 1.211 funcionários em geral.
Segundo a assessoria do campus de São Carlos, nesta segunda-feira as atividades da universidade estavam ocorrendo normalmente.
Segundo o diretor do Sintusp em São Carlos, Daniel Cândido dos Santos, haverá uma reunião no campus da USP de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) nesta terça-feira (27) para definir se haverá apoio à paralisação da categoria.
UFSCAR
No campus da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), também em São Carlos, a greve completou dois meses no sábado (17).
Segundo o Sintufscar (Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da UFSCar), a paralisação dos servidores técnicos-administrativos atinge departamentos de compras, financeiro e contabilidade, além de biblioteca e restaurante.
Somente às segundas e sextas-feiras os serviços nos departamentos financeiros e de contabilidade são mantidos para não prejudicar o andamento de serviços básicos, como folha de pagamento.
Somente no campus de São Carlos são 8.500 estudantes de graduação e outros 2.700 de pós. O restaurante, que serve diariamente 4.500 refeições, permanece fechado, segundo o coordenador do Sintufscar, Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes.
Na pauta de reivindicação da categoria está o aprimoramento da carreira, direito ao afastamento dos servidores para a realização de estudos de pós-graduação e ampliação das creches universitárias.
Na pauta não entra pedido de aumento salarial porque um acordo de 15% de aumento, parcelado em três anos, foi fechado em 2012.
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