Após demitir 400, dono de fábrica em Franca (SP) vira alvo de sindicato
A demissão de 400 funcionários da empresa Tenny Wee, na semana passada, gerou um pedido de prisão de sete empresários ligados à gestão da fábrica de Franca (a 400 km de São Paulo).
O Sindicato dos Sapateiros entrou com o pedido de prisão preventiva dos proprietários da empresa na Justiça Federal, acusando-os de apropriação indébita.
A empresa é acusada de descontar tributos dos salários dos trabalhadores e não depositá-los corretamente.
Entre rescisão contratual e direitos trabalhistas, o sindicato calcula que a Tenny Wee precisará desembolsar R$ 3 milhões para quitar todas as pendências apontadas.
O pedido de prisão foi feito na última segunda-feira (25) e ainda está em fase de avaliação pelo Ministério Público Federal, segundo o advogado dos trabalhadores, Márcio Cunha.
"O pedido ainda não foi autorizado ou rejeitado pela Justiça", disse Cunha. "Os citados são donos das empresas que compõem a Tenny Wee."
Segundo o presidente do Sindicato dos Sapateiros, Fábio Cândido, foram homologadas 90 demissões por dia nesta semana em função dos cortes da Tenny Wee.
Edson Silva - 28.fev.2013/Folhapress | ||
Ex-funcionários da Tenny Wee em greve no ano passado |
A média era de 30 demissões diárias antes disso.
Cândido disse acreditar que somente políticas governamentais de incentivo ao setor são capazes de reverter a série de demissões e cortes.
A Folha procurou a advogada da Tenny Wee, Luciana Figueiredo, por telefone entre terça (26) e quinta-feira (28). A profissional não atendeu a reportagem nem retornou os pedidos de entrevista.
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