Após fracasso, Prefeitura de Ribeirão Preto muda venda de área pública
A venda de terrenos públicos pela Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) fracassou.
O principal motivo foi a falta de interessados. O objetivo era arrecadar R$ 36 milhões para investir em obras na cidade.
Dos 30 imóveis postos à venda em concorrência, apenas um, no valor de R$ 263 mil, foi arrematado. Outros três foram retirados da oferta pela prefeitura.
Por causa disso, a prefeita Dárcy Vera (PSD) enviou nesta segunda-feira (15) à Câmara um projeto mudando as regras no edital para tentar atrair compradores.
Pela nova proposta, os compradores dos terrenos poderão parcelar a compra dos imóveis em até 12 parcelas, dependendo do valor da entrada.
Em julho, o secretário de Governo, Osvaldo Ceoldo, afirmou que o dinheiro poderia abrir margem para pagamento de dívidas da prefeitura com fornecedores.
As áreas foram divididas em três editais. A mais cara fica no distrito de Bonfim Paulista e, segundo a prefeitura, vale R$ 8,3 milhões.
Duas empresas retiraram os editais e apresentaram propostas de compra. Uma delas foi inabilitada, e a outra arrematou uma área na rua Elpídio Gomes, próxima à avenida do Café.
O dono da empresa inabilitada, Enoch de Paula Júnior, disse que desistiu de participar da concorrência por ter sido desaconselhado pelo departamento jurídico da empresa. Ele disse que houve restrições dos advogados em adquirir a área do Executivo.
De acordo com a ata da Comissão de Licitações, a empresa de Paula Júnior não apresentou um documento em tempo e foi inabilitada.
Para divulgar a proposta, uma equipe da prefeitura chegou a se reunir com imobiliárias que se voluntariaram para vender os terrenos.
João Paulo Fortes Guimarães, dono de uma das imobiliárias que divulgaram as vendas, disse que a exigência de pagamento à vista influenciou para que não houvesse compradores.
Daniel Benini, dono da imobiliária Prime, disse que a forma de pagamento influenciou a baixa procura.
FUNDO
O dinheiro arrecadado com a venda dos imóveis será destinado ao Fundo de Gestão Patrimonial, criado em 2013. O Executivo informou que servirá para aplicação em investimentos.
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