Ribeirão Preto tem o segundo caso de raiva em cães confirmado
A Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) confirmou nesta segunda (20) o segundo caso de raiva em cachorro neste ano. O primeiro caso foi divulgado na quinta-feira (16).
A doença não era registrada em animais domésticos no Estado desde 2012.
A suspeita é que os cães tenham sido contaminados por morcegos frugívoros –que se alimentam de frutas e frequentam a área urbana.
Segundo a diretora do departamento de Vigilância em Saúde, Maria Luiza Santa Maria, sete casos de raiva nesses morcegos foram confirmados neste ano em Ribeirão Preto.
A raiva pode ser transmitida ao homem e não tem cura conhecida. A transmissão é por meio da saliva, em casos de mordidas ou arranhões.
O morcego frugívoro não tem costume de morder homens ou animais.
"Quando contraem a doença, ficam paralíticos e deixam de voar. No chão, podem ser atacados por cães ou gatos, e morder para defesa", diz Luzia Helena Queiroz, professora de medicina veterinária da Unesp de Araçatuba.
"Estes morcegos são responsáveis por um equilíbrio ecológico e não é possível fazer controle", afirma Paulo Eduardo Brandão, professor virologista da faculdade de medicina veterinária da USP.
INVESTIGAÇÃO
De acordo com Maria Luiza, o cachorro morto foi deixado no centro de zoonoses no dia 8 por uma mulher.
O animal foi encontrado na esquina das ruas Rio Trombeta e Espírito Santo, na Vila Albertina.
Nesta terça-feira (21), o centro vai fazer um bloqueio da doença em um raio de 500 metros de onde estava o cão.
Todos os cães e gatos nessa área serão examinados e vacinados. A previsão é que mil vacinas sejam aplicadas. Além disso, a campanha de vacinação antirrábica que seria realizada no dia 3 de novembro foi antecipada para este sábado (25).
O CCZ também ampliou seu horário de atendimento para vacinação. A população pode levar os animais ao local entre as 7h e as 19h.
Os bichos também podem ser vacinados nas cinco distritais do departamento de Vigilância em Saúde.
A mulher que levou o cachorro foi encaminhada à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) para tomar vacina e soro antirrábico. Não há mais casos suspeitos, segundo Maria Luiza.
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