Estação Catedral é liberada com ressalva em Ribeirão Preto
Para construir estações de ônibus na Praça das Bandeiras, em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), a prefeitura terá de comprovar que o tráfego não vai afetar a estrutura da Catedral Metropolitana de São Sebastião.
A decisão foi tomada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico), que tem o poder de vetar intervenções no local, tombado como patrimônio histórico estadual.
O conselho, por meio da assessoria, informou que a prefeitura precisará apresentar um laudo comprovando que não haverá danos na estrutura da igreja.
A construção das estações está prevista na concessão do transporte público de Ribeirão.
Os atuais abrigos no entorno da praça serão substituídos por estações fechadas que visam facilitar o embarque de passageiros.
Márcia Ribeiro/Folhapress | ||
Ônibus em ponto em frente à Catedral de São Sebastião, que deverá ter estrutura preservada |
CONTRÁRIOS
Apesar do posicionamento do Condephaat, são contrários à obra a Ferp (Fórum de Entidades de Ribeirão Preto) e a Igreja Católica.
A CEE (Comissão Especial de Estudos) da Câmara, que analisa as obras, também dará parecer contrário aos terminais, segundo o vereador Rodrigo Simões (PP), que preside a comissão.
"A prefeitura não explica como vai evitar prejuízos à estrutura da igreja", informou Simões.
Além de autoridades responsáveis pela obra, os vereadores ouviram também representantes do comércio, conselhos e um padre.
A Igreja apresentou à Câmara e à prefeitura um laudo feito por uma empresa de engenharia privada apontando que a catedral tem trincas, que podem se agravar com a realização da obra.
As vibrações no asfalto, segundo o relatório, podem aumentar os danos à estrutura e fundação da construção.
"Depois da obra, o número de linhas que passam por ali vai aumentar de 16 para 42 e isso vai prejudicar a estrutura", disse o padre Francisco Moussa, que está à frente da igreja nessa questão.
A prefeitura nega que o número de linhas circulado pelo local irá aumentar.
Moussa disse ainda que o barulho provocado pelo tráfego maior de veículos e das obras vão atrapalhar a realização de missas campais e procissões no entorno.
A direção da Ferp, que representa 22 entidades, informou que o grupo prepara um relatório contra a estrutura para apresentar nesta semana à prefeitura.
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