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Arena da Copa em Salvador compra programa de sócios do Bahia

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A concessionária que comanda a Arena Fonte Nova, estádio de Salvador (BA) que será usado na Copa-2014, assumiu o controle do programa de sócios do Bahia, clube mais popular do Estado.

Conforme a Folha apurou, a concessionária formada pelas construtoras OAS e Odebrecht comprou a base de dados, o sistema de gestão e a marca do chamado TOB, o Torcedor Oficial do Bahia, numa negociação que custará R$ 1 milhão por ano.

A empresa não revela detalhes do contrato, como valores e duração, sob a alegação de que existem cláusulas de confidencialidade. A OAS é a principal patrocinadora da camisa do time.

No final do ano passado, o clube já havia fechado um acordo para atuar na Arena, que precisa de jogos de futebol acontecendo frequentemente para ser viável economicamente. O acordo prevê o pagamento de ao menos R$ 9 milhões por temporada ao Bahia, até 2017, caso realize um mínimo de 25 partidas no local.

Nenhuma das partes informa se o R$ 1 milhão do TOB está inserido nesta transação. A concessionária diz não saber se novo tipo de arranjo é pioneiro no futebol brasileiro.

A Fonte Nova foi o primeiro estádio do Mundial a negociar os chamados "naming rights" (os direitos pelo nome do local) para uma empresa --no caso, a cervejaria Itaipava.

O programa de sócios é um dos maiores ativos das equipes, pois dá direito a participar de sua política interna e, principalmente, entrar nas arenas para assistir aos jogos.

"A gente vendeu o TOB para eles", afirma o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho.

A negociação já é alvo de queixas em Salvador. Torcedores como o estudante Luís Alberto Junior, 21, prometem acionar o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) dizendo que os associados não foram avisados previamente da transação.

"Compramos uma coisa que pertencia ao nosso clube, e agora vai para as mãos de um terceiro?", diz. A Bamor, mais numerosa torcida organizada do Bahia, também diz ser contra a medida.

A preocupação da Arena é convencer os cerca de 5.000 atuais sócios de que o time continuará participando na nova relação.

"Cada vez que o associado TOB vier ao jogo do Bahia aqui, essa receita será compartilhada. Por isso, quanto maior for a quantidade de clientes do programa, maior será a receita destinada ao clube", diz Lino Cardoso, diretor de marketing da Fonte Nova. As proporções de distribuição da partilha não foram reveladas.

No momento, a Arena ainda está "absorvendo" a base de dados do Bahia, em um formato de transição. O início da operação por ela está previsto para o "segundo semestre" de 2013.

A empresa promete ampliar os benefícios já existentes e criar novas categorias de planos, com alternativa para torcedores de menor poder aquisitivo. Hoje, o pacote mais barato com acesso aos jogos custa R$ 70 mensais.

A Arena também acena com o lançamento de uma campanha massiva na mídia para atrair mais torcedores.

Sobre a grande queixa dos sócios de que são obrigados a ficar em um lugar de visão prejudicada, atrás de um dos gols, Cardoso responde:

"Todas as vantagens estão sendo definidas, inclusive a opção de escolha dos associados por outros setores da arena, de acordo com as categorias que serão criadas".

A reconstrução da Fonte Nova custou R$ 689,4 milhões, quase R$ 100 milhões a mais do que a última previsão de gastos.

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