Terceiro
Setor caça executivos de alto nível
Raquel
Souza
Equipe GD
A profissionalização
do Terceiro Setor criou uma nova demanda para empresas de
recrutamento e headhunters. Em busca de melhor administração
e gerenciamento de recursos, as entidades da área social
buscam executivos com características específicas
para atendê-las.
O executivo disposto a trabalhar em uma ONG ou fundação
precisa ter um leque grande de habilidades. Misturar as qualidades
de publicitário, educador, jornalista e administrador
é requisito fundamental.
"As
instituições querem profissionais altamente
qualificados e, ao mesmo tempo, comprometidos com as causas
defendidas pela instituição", afirma Ieda
Novais, presidente da M&A - Mariaca & Associates,
empresa de consultoria empresarial e recrutamento de executivos
que há cerca de três anos presta serviço
especializado para ONGs e fundações.
Segundo
Ieda, a busca por executivos para o Terceiro Setor ainda não
causa grandes movimentação nas empresas de consultoria.
Entretanto, é um mercado em crescimento e que se ampliará
nos próximos anos.
Enquanto
as novas entidades do setor já nascem com uma visão
estratégica mais apurada, as mais antigas correm atrás
da renovação de sua equipe, mostrando que o
tempo em que bastava vestir a camisa já passou.
A presidente
da M&A afirma que a habilidade de lidar com equipes enxutas
e recursos financeiros apertados são imprescindíveis
para o profissional que pretende ocupar o cargo de executivo
em uma ONG.
A remuneração
do profissional também fica aquém do que é
pago convencionalmente pelas empresas do setor produtivo.
Em média, de acordo com Ieda, o salário mais
alto pago pelo Terceiro Setor não ultrapassa os R$
17 mil mensais.
|