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Dia 24/10/00

 

 


Infoexclusão se reduz com parcerias entre empresas, governo e comunidade

Rodrigo Zavala
Equipe GD

A divisão digital pode ser atenuada com um regime de parcerias entre governo, empresas e comunidades organizadas. É o que afirma o professor Alberto Albertin, coordenador do programa de excelência em na era digital, da FGV-SP. Entretanto, segundo o professor, pensar que cada pessoa terá um computador, uma linha telefônica e uma conta na Internet é, no mínimo, utópico.

Albertin aponta o alto custo das conexões um grande empecilho para que as pessoas entrem no ambiente digital. "Ele é restritivo porque é caro", resume.

Por isso, ele afirma que a infoexclusão só se reduziria com iniciativas estratégicas de institutos governamentais e o setor privado para reduzir o preço da infra estrutura da web e desenvolver programas de difusão nas escolas e centros comunitários. A atuação da sociedade civil também é apontada por Albertin como uma boa estratégia para garantir a integração de comunidades menos favorecidas à Internet.

De acordo com Carlos A. Afonso, co-fundador e ex-diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), o caminho é esse. "Regimes de convênios e parcerias criam facilidades coletivas e individuais de acesso local a baixo custo", garante.

Experiências que deram certo não faltam, para Afonso: do Canadá ao Camboja, os telecentros, centros coletivos de acesso, são utilizados como solução de conectividade e capacitação de pessoas carentes e analfabetas digitais.

Afonso afirma que o Peru, por exemplo, cujo avanço de infra-estrutura e tecnologia para a implantação da Internet está muito aquém do Brasil, é o país mais avançado da região (e um dos mais avançados do mundo) na democratização do acesso. Para ele, a fórmula é simples: institutos governamentais coordenam e subsidiam telecentros e cabinas comunitárias, gerenciadas por representantes comunitários e pequenos comerciantes.

Hoje, além dos telecentros comunitários o Peru desenvolveu centros para negócios, que se disseminam na forma de franquias e de iniciativas sem fins lucrativos, buscando várias formas de estender o acesso e auto-sustentação. Com isso, praticamente não há cidade no país sem pelo menos um centro comunitário.

"Não é uma solução mágica para o acesso universal. Mas, como uma escola ou biblioteca, são componentes fundamentais de qualquer iniciativa de democratização", lembra.


 

 

 
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