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01/07/2009 - 08h28

Golpistas exibem apoio popular na capital de Honduras

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FABIANO MAISONNAVE
enviado especial da Folha de S. Paulo a Tegucigalpa (Honduras)

O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, reuniu nesta segunda-feira alguns milhares de simpatizantes e o alto comando militar no centro da capital hondurenha, numa tentativa de demonstrar que a deposição do ex-aliado Manuel Zelaya conta com apoio interno.

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Diante de simpatizantes vestidos de branco, Micheletti voltou a atacar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, acusado de estar por trás da iniciativa de Zelaya de promover uma consulta popular sobre uma Assembleia Constituinte, declarada ilegal pela Justiça e pelo Congresso e que, acusa a oposição, ocultava uma tentativa de permanecer no poder.

"Os esquerdistas queriam nos assustar, mas descobriram que aqui em Honduras existem homens e mulheres que defendem a Constituição e o respeito às leis", discursou Micheletti, que até domingo era o presidente do Congresso e pertence, como Zelaya, ao Partido Liberal (centro-direita).

Micheletti voltou a dizer que seu governo é de "transição" e que haverá eleições presidenciais em novembro, conforme já estava previsto.

Também discursou o chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Honduras, general Romeo Vásquez, que na semana passada foi destituído por Zelaya ao se recusar a mobilizar os militares para a consulta sobre a Constituinte, que seria realizada no domingo.

"Apenas cumprimos com a Constituição", disse Vásquez, ao justificar a detenção e a expulsão de Zelaya do país.

A professora da rede pública Irma Mejía, 59, disse à Folha que soube da marcha pela televisão --os principais canais do país, contrários a Zelaya, fizeram propaganda em favor do ato. "Ele não respeitava as leis de Honduras", disse, ao justificar o seu apoio à deposição.

Outras instituições do Estado deram apoio a Micheletti, em demonstração de que Zelaya estava bastante isolado dentro da elite política do país.

O procurador-geral de Honduras, Luis Alberto Rubí, disse nesta segunda-feira que Zelaya será preso "imediatamente" caso cumpra a promessa de regressar ao país amanhã. Segundo ele, o presidente deposto é acusado de 18 crimes, entre os quais "traição à pátria" e "usurpação de funções", por ter insistido em realizar a votação no domingo.

Já o Congresso aprovou uma moção de apoio a Micheletti e começou a revisar a participação do país na Alba, bloco regional liderado por Chávez, que vem ameaçando intervir militarmente em Honduras.

Em número bem menor, manifestantes pró-Zelaya realizaram uma marcha numa avenida central de Honduras, sob permanente vigilância de um helicóptero militar. A maioria pertencia a sindicatos e ao Partido Unificação Democrática de Honduras (UD, esquerda).

"O golpe representa o medo da oligarquia a uma consulta popular", disse uma estudante que marchava com o rosto coberto. "Foi um atropelo."

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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