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08/12/2003
-
06h23
Trinity College, Grafton Street, ponte O'Connell, hotel Ormond, pub Davy Byrne's, Banco da Irlanda, rio Liffey. É difícil traçar de ponta a ponta o caminho de Bloom e de Stephen Dedalus por Dublin, pois os dois zanzaram por todos os cantos da cidade.
Mas, mesmo desconhecendo a obra de Joyce, é inevitável que pegadas reais passem por cima de fictícias.
Uma referência é saber de que lado do rio Liffey, que corta a cidade, você está. O norte é menos conservado e glamouroso, mas não menos interessante.
A Grafton Street é um dos bons pontos de partida. Os personagens joycianos gastaram boa parte da sola de sapato nessa rua, hoje exclusiva para pedestres, que concentra lojas da moda, floristas, músicos, pubs e cafés elegantes. O vaivém não tem hora.
Numa das travessas, na Duke Street, fica o Davy Byrne pub, onde Bloom almoçou no dia 16 de junho de 1904. Se quiser repetir o cardápio, pare ali e peça um sanduíche de queijo gorgonzola e uma taça de burgundi.
Continuando na Grafton Street em direção ao rio Liffey, chega-se ao Trinity College, a mais antiga universidade da Irlanda, fundada por Elizabeth 1ª em 1592. É hora de dar uma parada para visitar a biblioteca, que guarda manuscritos, provavelmente do século 9º, do Novo Testamento, os chamados "books of kells".
No meio desse caminho, quase na esquina da Grafton com a Suffolk, turistas fotografam a estátua da heroína Molly Malone, que empurra uma carroça. Não se sabe ao certo se Molly existiu, mas, diz a lenda, essa vendedora de moluscos, cujo nome é cantarolado animadamente em músicas de pubs, teria sido uma prostituta.
Se o andejo seguir em linha semi-reta em direção ao rio, chegará à O'Connell Street. Vale desviar para a esquerda e cruzar o outro lado por uma das pontes de metal (Liffey ou Millenium). Assim, dá para averiguar a área do bochicho noturno --região de Temple Bar.
Na O'Connell Street, as paradas naturais são o correio central, conhecido por GPO. O prédio de 1818 foi o quartel-general do levante de nacionalistas em 1916, pontapé para que a Irlanda se desvencilhasse do controle britânico cinco anos depois. As lojas de departamento nessa rua e nas transversais têm preços mais em conta do que as do outro lado do rio.
O James Joyce Center fica mais à frente, numa das áreas com casas georgianas, mas com portas e prédios não tão graciosos como os do outro lado do rio Liffey.
Para quem não gosta muito de bater perna, a solução é tomar o ônibus "Hop on-Hop off" (59 Upper O'Connell St.), num tour que dura uma hora e meia e que faz paradas em 19 atrações populares de Dublin. A passagem custa 14 para adultos e 12 para estudantes. O passe vale para o dia todo e dá desconto no ingresso para a Guinness Storehouse e a destilaria Old Jameson.
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da enviada especial da Folha de S.Paulo à IrlandaTrinity College, Grafton Street, ponte O'Connell, hotel Ormond, pub Davy Byrne's, Banco da Irlanda, rio Liffey. É difícil traçar de ponta a ponta o caminho de Bloom e de Stephen Dedalus por Dublin, pois os dois zanzaram por todos os cantos da cidade.
Mas, mesmo desconhecendo a obra de Joyce, é inevitável que pegadas reais passem por cima de fictícias.
Uma referência é saber de que lado do rio Liffey, que corta a cidade, você está. O norte é menos conservado e glamouroso, mas não menos interessante.
A Grafton Street é um dos bons pontos de partida. Os personagens joycianos gastaram boa parte da sola de sapato nessa rua, hoje exclusiva para pedestres, que concentra lojas da moda, floristas, músicos, pubs e cafés elegantes. O vaivém não tem hora.
Numa das travessas, na Duke Street, fica o Davy Byrne pub, onde Bloom almoçou no dia 16 de junho de 1904. Se quiser repetir o cardápio, pare ali e peça um sanduíche de queijo gorgonzola e uma taça de burgundi.
Continuando na Grafton Street em direção ao rio Liffey, chega-se ao Trinity College, a mais antiga universidade da Irlanda, fundada por Elizabeth 1ª em 1592. É hora de dar uma parada para visitar a biblioteca, que guarda manuscritos, provavelmente do século 9º, do Novo Testamento, os chamados "books of kells".
No meio desse caminho, quase na esquina da Grafton com a Suffolk, turistas fotografam a estátua da heroína Molly Malone, que empurra uma carroça. Não se sabe ao certo se Molly existiu, mas, diz a lenda, essa vendedora de moluscos, cujo nome é cantarolado animadamente em músicas de pubs, teria sido uma prostituta.
Se o andejo seguir em linha semi-reta em direção ao rio, chegará à O'Connell Street. Vale desviar para a esquerda e cruzar o outro lado por uma das pontes de metal (Liffey ou Millenium). Assim, dá para averiguar a área do bochicho noturno --região de Temple Bar.
Na O'Connell Street, as paradas naturais são o correio central, conhecido por GPO. O prédio de 1818 foi o quartel-general do levante de nacionalistas em 1916, pontapé para que a Irlanda se desvencilhasse do controle britânico cinco anos depois. As lojas de departamento nessa rua e nas transversais têm preços mais em conta do que as do outro lado do rio.
O James Joyce Center fica mais à frente, numa das áreas com casas georgianas, mas com portas e prédios não tão graciosos como os do outro lado do rio Liffey.
Para quem não gosta muito de bater perna, a solução é tomar o ônibus "Hop on-Hop off" (59 Upper O'Connell St.), num tour que dura uma hora e meia e que faz paradas em 19 atrações populares de Dublin. A passagem custa 14 para adultos e 12 para estudantes. O passe vale para o dia todo e dá desconto no ingresso para a Guinness Storehouse e a destilaria Old Jameson.
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