Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/07/2010 - 09h38

Após pausa, Israel reinicia expansão de colônias em Jerusalém Oriental

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Israel voltou a demolir casas e edifícios palestinos em Jerusalém Oriental, supostamente porque as construções não tinham as permissões necessárias. A Prefeitura de Jerusalém negou que houvesse moradores nas duas casas e afirmou que elas estavam sendo construídas de forma ilegal, embora alguns veículos de comunicação locais tenham citado testemunhas que disseram ver famílias palestinas tirando pertences dos imóveis.

As demolições foram realizadas no começo da manhã de segunda-feira no bairro de Isawiya, depois de forças de segurança israelenses terem bloqueado várias ruas.

Segundo a agência de notícias palestina "Ma'an", as famílias de Sabah Abu Rmeile e Mahmoud Abu Rayale disseram que uma mulher, Sabah Abu Rmeile, foi ferida durante confrontos que aconteceram em meio às demolições.

As três estruturas incompletas demolidas foram as primeiras a ruir um mês após a destruição de dois galpões de uso agrícola nos bairros de Abu Tor e Siluan, ambos também em Jerusalém Oriental.

Também foram destruídos em Isawiya uma quadra, uma cerca, uma trilha e várias árvores frutíferas.

As propriedades pertenciam a uma família palestina que tem uma pequena fazenda no lugar e conta com as permissões exigidas para abrigar animais, segundo o Comitê Israelense Contra a Demolição de Casas.

A expansão de assentamentos em Jerusalém Oriental já foi alvo de polêmicas entre o vice-presidente americano, Joe Biden, e o governo israelense, durante visita oficial a Israel, e tem sido classificada como um dos principais entraves ao processo de paz entre israelenses e palestinos.

ASSENTAMENTOS

Ainda no início de julho um relatório publicado pela organização israelense de direitos humanos B-Tselem apurou que os assentamentos judaicos representam 42% do território palestino ocupado da Cisjordânia.

Um quinto (21%) das colônias judaicas estão erguidas sobre terras que Israel reconhece como terrenos privados palestinos, em contraposição com aquelas parcelas que o Estado judeu qualifica como "terrenos do Estado" embora, segundo a legislação internacional, toda a Cisjordânia faça parte dos territórios ocupados em 1967.

Os dados oficiais assinalam que as zonas de construção dos assentamentos cobrem cerca de 1% da Cisjordânia, mas a ONG israelense revela que seus limites jurisdicionais superam 42% da superfície do território.

Israel aceitou em 2004 o plano de paz do "Mapa de Caminho", pelo qual se comprometia a congelar a construção nos assentamentos.

De acordo com o documento, até o fim do ano passado, a população nas colônias judaicas cresceu 28%, de 235.263 a 301.200 residentes, sem incluir Jerusalém Oriental.

Na parte oriental de Jerusalém, onde os palestinos pretendem estabelecer a capital de seu futuro Estado e foi que foi anexada por Israel após 1967, residem atualmente 190 mil israelenses, segundo dados da organização israelense Paz Agora.

O crescimento da população em 2008 nas colônias foi três vezes superior ao da média da população de Israel, e desde que foi iniciado o processo de paz de Oslo, em 1993, o número de colonos triplicou, afirma o relatório.

A legislação internacional considera todos os assentamentos israelenses construídos em território ocupado na Guerra de 1967 (Cisjordânia, Gaza, Jerusalém Oriental) ilegais e entende que supõem um sério obstáculo para a paz e o estabelecimento de um futuro Estado palestino.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página