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13/07/2010 - 10h08

Marinha de Israel começou procedimentos para barrar navio líbio rumo a Gaza

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), afirmaram que suas tropas já deram início aos procedimentos para impedir que o navio líbio "Al Amal", carregado de ajuda humanitária, chegue à faixa de Gaza. Ainda não houve abordagem.

A Fundação Gaddafi, que financiou a expedição, também informou que a tripulação recebeu um ultimato do Exército, informando que a navegação não poderá prosseguir. A ONG é presidida por Saif al Islam Gaddafi, filho do ditador da Líbia, Muammar Gaddafi.

"A Marinha começou o processo de tentar parar o barco", disse um porta-voz militar israelense.

Thanassis Stavrakis/AP
Navio de ajuda humanitária da Líbia é carregado com suprimentos antes de zarpar da Grécia rumo à faixa de Gaza
Navio de ajuda humanitária da Líbia é carregado com suprimentos antes de zarpar da Grécia rumo à faixa de Gaza

O navio fretado por uma ONG líbia com ajuda humanitária para a faixa de Gaza pretendeu furar o bloqueio marítimo ao território palestino e seus organizadores já tinham deixado claro que não alterariam a rota para o Egito, como chegou-se a cogitar no início do mês.

A mudança de rota havia sido uma exigência do governo israelense.

"O navio zarpou ontem da Grécia e se dirige para Gaza e não para nenhum outro lugar", declarou o deputado árabe Ahmad Tibi, membro do Knesset (Parlamento israelense) pela Lista Árabe Unida ainda no domingo (11).

Tibi garante que está em contato a cada duas ou três horas com o navio "Al Amal" ("A esperança"), que transporta "duas mil toneladas de alimentos e remédios, e não carrega armas de nenhum tipo", segundo o deputado.

Segundo Tibi, a iniciativa tem como objeto "transmitir uma mensagem humanitário e política: que o bloqueio marítimo e terrestre à Faixa de Gaza não pode continuar".

"PROVOCAÇÃO"

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, declarou no fim de semana em comunicado enviado à imprensa que o navio é "uma provocação desnecessária" já que a carga pode chegar à faixa pelo porto israelense de Ashdod ou o egípcio do Arish "após a comprovação de que não há armas".

Tibi respondeu que "não se trata de uma provocação, mas de uma mensagem de solidariedade ao povo de Gaza".

Ontem, a imprensa israelense informou que o navio tinha zarpado da Grécia depois que o governo de Israel chegou a um acordo com as autoridades gregas e moldávias, o país da bandeira da embarcação, no qual se comprometiam a evitar que o navio fosse para Gaza.

Israel impôs um bloqueio marítimo a Gaza em junho de 2007, quando o movimento islamita Hamas assumiu o controle do território e expulsou os moderados ligados ao presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas.

Recentemente o governo israelense suspendeu algumas das restrições por causa das pressões internacionais após a morte de nove ativistas turcos na abordagem militar em 31 de maio a uma frota de seis navios que levava ajuda humanitária para a faixa de Gaza.

Apesar do alívio do bloqueio, persiste o cerco terrestre, marítimo e aéreo à faixa, que Israel justifica com a necessidade de impedir que armas cheguem às milícias palestinas.

 

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