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Israel aproveita processo de paz para aprofundar relações com a União Europeia
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Em meio à retomada do diálogo direto de paz com os palestinos, o governo de Israel orientou seus representantes diplomáticos na União Europeia (UE) a enfatizarem que o processo criou um clima favorável à melhora das relações entre os israelenses e o bloco de Bruxelas.
O documento, intitulado "Utilizando o início das conversas em Washington para renovar a agenda europeia", foi enviado na semana passada pela Chancelaria israelense a seus diplomatas em Bruxelas e nas capitais da UE.
A diretiva pede aos embaixadores israelenses que busquem com os governos nacionais e da UE o aprofundamento das relações com o bloco, aprovado em 2008, mas congelado desde então.
Os países europeus têm restrições e exigências quanto à expansão de relações bilaterais com Israel. Uma delas envolve a faixa de Gaza, tema que ainda abriga muitas divergências.
Em seus contatos, os representantes diplomáticos israelenses também podem recorrer ao argumento de que alguns países da UE impulsionaram recentemente suas relações com a Autoridade Nacional Palestina (ANP), assinala a diretiva.
A fonte, que pediu anonimato, destacou que, se a UE quer ser um ator de peso no Oriente Médio, deve enviar um sinal positivo a Israel, porque é --em sua opinião-- a parte que toma mais riscos e mostra mais disposição no diálogo.
Além disso, a fonte disse que a Europa deseja ter um diálogo estável com Israel e, portanto, deve aplicar o aumento de relações para mostrar um enfoque construtivo e positivo.
Os chanceleres dos 27 países-membros da UE resolveram em dezembro de 2008 intensificar as relações diplomáticas, políticas e comerciais com Israel, mas o projeto está inativo desde a ofensiva israelense contra a faixa de Gaza poucas semanas depois do acordo.
PAPEL EUROPEU
Ainda na sexta-feira o chanceler da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, disse que pretende viajar ao Oriente Médio para ajudar os esforços internacionais em busca de uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos.
Em declaração concedida na sua chegada a uma reunião informal de ministros do Exterior de países da União Europeia (UE), Moratinos indicou que é provável que a viagem aconteça depois da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que começa no próximo dia 14 em Nova York.
O ministro informou que na última reunião com seu colega francês, Bernard Kouchner, foi acertada a necessidade de viajar à região; enquanto o titular italiano, Franco Frattini, lançou a iniciativa de uma visita à faixa de Gaza.
A chefe de diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, diminuiu a importância de não ter estado presente na cúpula que, no último dia 2, em Washington, marcou o reatamento das conversas diretas entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina.
Catherine disse que a UE tem "um papel muito forte e claro", mas destacou que não foi a Washington porque, "em vez de estar na segunda fileira" nessa cúpula, estava em viagem pela China, durante a qual se reuniu com os principais responsáveis do governo de Pequim.
Catherine acrescentou que mantém contatos regulares com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton; com o enviado especial de Washington para o Oriente Médio, George Mitchell, e com os dirigentes israelenses e palestinos.
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