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No Egito, Hillary Clinton diz que israelenses e palestinos põem "mão na massa"
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os líderes palestino e israelense estão "pondo a mão na massa" e abordando as principais questões do conflito no Oriente Médio, disse nesta quarta-feira a secretária de Estado americana Hillary Clinton durante a reunião tripartite no Egito.
Esta é a segunda vez que o premiê de Israel Binyamin Netanyahu, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) e Clinton se encontram desde que o diálogo direto foi retomado ainda no início de setembro, em Washington.
Nasser Nasser/AP | ||
Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, mediou as conversas entre o premiê israelense, Binyamin Netanyahu (esq.) e o líder palestino, Mahmoud Abbas (dir.), como parte da retomada do diálogo direto de paz |
Apesar do otimismo, durante os comentários feitos antes do início do segundo dia de conversações, a secretária não deu indicações de que os dois lados estejam mais próximos de resolver as divergências sobre os assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada -- o que ameaça o futuro das negociações mediadas pelos EUA.
"Eles estão pondo a mão na massa", disse Hillary, referindo-se a Netanyahu e Abbas, com quem se reunirá no fim do dia.
"Eles começaram a tratar dos assuntos centrais que só podem ser resolvidos em negociações cara-a-cara", declarou Hillary depois de se encontrar com o presidente de Israel, Shimon Peres, mais cedo nesta segunda-feira.
Segundo a chefe da diplomacia dos EUA, "todos rezamos" por resultados que beneficiem a todo o mundo no diálogo direto iniciado pelas duas partes no início do mês. Para Hillary, tanto israelenses quanto palestinos "compreendem as ramificações e resultados do processo de paz".
Peres se mostrou convencido de que as duas partes se beneficiarão caso acelerem o processo.
"Há alguns meses havia muitos que pensavam que não poderíamos passar das conversas indiretas às diretas, e hoje já estamos aqui", disse.
"Acho que tanto nós quanto os palestinos sabemos que não há outra alternativa" a não ser negociar, indicou Peres.
Hillary deu um efusivo abraço no chefe do Estado judeu quando ele foi recebê-la à entrada de sua residência, e disse a Peres que esperava escutar suas reflexões sobre o processo de paz, já que ele dedicou sua vida ao futuro e à segurança de Israel.
UM ANO
Ainda no fim da terça-feira, israelenses e palestinos disseram ainda acreditar em um acordo de paz no prazo de um ano, apesar da divergência envolvendo a questão dos assentamentos judaicos, disse o representante especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell.
"A discussão séria sobre os temas fundamentais já começou", afirmou no fim da segunda rodada do diálogo direto entre israelenses e palestinos.
Apesar de não ter produzido um resultado claro quanto ao congelamento das construções de colônias judaicas na Cisjordânia, a reunião foi vista por diplomatas como um passo importante.
Ainda no domingo o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que o congelamento das obras não seria extendido, mas que um limite seria colocado em alguns assentamentos.
Apesar de manterem o sigilo sobre as discussões e não terem atingido nenhum resultado concreto sobre pontos cruciais do diálogo de paz, os líderes de Israel e dos palestinos mostraram-se otimistas quanto às negociações e manifestaram que o processo deve continuar.
Mitchell, em uma coletiva de imprensa, afirmou que Abbas e Netanyahu mantêm seu acordo "para que estas negociações, cujo objetivo é resolver todos os temas essenciais, possam ser completadas dentro de um ano".
O objetivo comum, acrescentou, continua sendo chegar a "dois Estados com dois povos", uma solução para que Israel mantenha sua segurança e os palestinos gozem de um estado "viável e independente".
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