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26/09/2010 - 05h02

Premiê do Japão reitera rejeição à exigência chinesa de desculpas

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DA EFE

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, reiterou hoje a rejeição do Japão à exigência chinesa que Tóquio apresente desculpas e compensações pela detenção do capitão de um pesqueiro chinês, segundo informou a agência local Kyodo.

No dia 7 de setembro um pesqueiro chinês colidiu com duas patrulheiras da Guarda Litorânea japonesa em águas das ilhas Senkaku (Diaoyu, em chinês), controladas pelo Japão, disputadas pela China e Taiwan.

O capitão chinês foi detido durante 16 dias, até que foi posto em liberdade na sexta-feira, segundo a Promotoria, para não afetar as relações entre Tóquio e Pequim, que se tensionaram ao extremo, sendo inclusive suspensas a alto nível.

O Ministério de Assuntos Exteriores chinês disse ontem em comunicado que "a parte japonesa deve apresentar uma desculpa e uma compensação pelo incidente", ao que a Chancelaria japonesa respondeu que se tratava de uma reivindicação sem fundamento e inaceitável.

ACIRRAMENTO DE ÂNIMOS

Analistas dizem que o incidente trouxe à tona o acirramento da disputa pela soberania sobre uma área rica em gás natural e outros minérios.

O caso despertou uma onda de protestos na China, país que foi ocupado pelos japoneses na Segunda Guerra Mundial.

A agência oficial de turismo de Pequim chegou a pedir que as empresas de viagens cancelassem os pacotes para o Japão.

Além disto, as reuniões diplomáticas e visitas de estudantes japoneses de programas de intercâmbio foram canceladas, em protesto pela detenção.

O polêmico governador de Tóquio, Shintaro Ishihara, comentou à mídia japonesa sua intenção de cancelar uma viagem à China e criticou as medidas tomadas pelo governo chinês dizendo ser "o tipo de coisa que a yakuza (a máfia japonesa) faz".

ENTENDA A DISPUTA

As cinco ilhas no Mar da China são chamadas de Diaoyutai pelos chineses, Tiaoyutai pelos taiwaneses e Senkaku pelos japoneses.

O governo japonês incorporou as ilhas à província de Okinawa em 1895, depois de confirmar que elas não faziam parte da China. Na época, os chineses não protestaram.

China e Taiwan também não reclamaram quando as ilhas foram administradas pelos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, até serem novamente devolvidas à Okinawa em 1972.

China e Taiwan começaram a reclamar o direito às terras na década de 1970, após a descoberta de óleo e gás natural na região das ilhas.

A China lançou uma lei em 1992 sobre território marítimo, que incluiu as ilhas ao seu território. Em 1999, Taiwan também oficializou suas fronteiras marítimas e incluiu as ilhas Senkaku.

 

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