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15/10/2010 - 10h20

Irã diz que alemães detidos admitiram ter infringido a lei

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DA REUTERS

O procurador-geral do Irã, Gholam Hossein Mohseni Ejei, disse que os dois alemães presos no país quando tentavam entrevistar o filho da iraniana condenada à morte por apedrejamento admitiram ter infringido as leis, informou a mídia estatal nesta sexta-feira.

A Alemanha informou que está procurando obter a libertação dos dois repórteres, detidos na segunda-feira depois de se encontrar com o filho de Sakineh Mohammadi Ashtiani, cuja condenação à morte, acusada de adultério, provocou indignação mundial.

O Irã diz que os alemães entraram no país com visto de turistas e não tinham nenhum direito de atuar como repórteres.

A Chancelaria iraniana disse na última terça-feira que os dois estrangeiros detidos estão envolvidos na "contrarrevolução".

"Os dois estrangeiros têm vistos de turista e estão ligados à contrarrevolução", declarou o porta-voz do ministério, Ramin Mehmanparast. "Seu caso está sendo estudado", acrescentou.

O porta-voz iraniano não indicou o local de detenção dos dois estrangeiros nem confirmou sua nacionalidade.

Segundo a imprensa alemã, os dois estavam trabalhando para o jornal semanal Bild am Sonntag, mas o editor do jornal, Axel Springer, não fez comentários. Na terça-feira, o governo alemão confirmou que os dois detidos são alemãos.

SAKINEH

Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, foi condenada em 2006 a dez anos de prisão por participar do assassinato de seu marido junto com um de seus amantes, e à morte por apedrejamento por vários adultérios, segundo as autoridades iranianas.

A comunidade internacional se mobilizou para salvá-la, e seu caso ainda aguarda veredicto.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nega que Ashtiani tenha sido sentenciada a apedrejamento e diz que mídia estrangeira distorceu os fatos para desacreditar o Irã.

A prisão dos alemães põe em risco as relações do Irã num momento em que a União Europeia tenta trazer o país de volta às conversações sobre seu programa nuclear.

No Ocidente há o temor de que o objetivo seja a produção de uma bomba atômica.

 

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