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26/01/2011 - 10h49

Rússia demite chefe de transportes após ataque que matou 35

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente russo, Dimitri Medvedev, destituiu nesta quarta-feira o chefe da direção de transportes do Ministério do Interior, responsável pela segurança dos transportes, em punição pelo atentado terrorista que matou 35 no Aeroporto Domodedovo, em Moscou, na última segunda-feira (24).

"Assinei o decreto de destituição de [Andrei] Alexeev, chefe da direção de transportes do ministério do Interior encarregado do distrito federal central", declarou o presidente russo, em imagens transmitidas pela televisão russa. "Aqueles que não trabalham como se deve serão punidos".

O distrito federal inclui Moscou e sua região, onde fica o Aeroporto Domodedovo.

Editoria de Arte/Folhapress

A bomba foi detonada em um atentado suicida nas esteiras de bagagem do terminal de chegadas internacionais às 16h40 locais (11h40 no horário de Brasília), deixando vários corpos no chão e cobrindo o local de fumaça. A lista de vítimas atualizada inclui dois austríacos, dois cidadãos do Tadjiquistão, um britânico, um alemão e um cidadão da Ucrânia e um do Uzbequistão.

Um dia após o ataque, o presidente russo culpou os responsáveis pela segurança do aeroporto Domodedovo e exigiu demissão dos responsáveis pela segurança dos meios de transporte.

Medvedev disse que a gerência do Aeroporto Domodedovo deve responder pelo ataque, já que o terrorista suicida conseguiu passar pela segurança. "O que aconteceu mostra que há claras violações na segurança", disse, acrescentando que as medidas foram reforçadas depois de terroristas explodirem dois aviões que decolaram do mesmo aeroporto em 2004, matando 90 pessoas.

O Aeroporto de Domodedovo negou no mesmo dia responsabilidade pela explosão. "O aeroporto sustenta que não deve ser responsabilizado pela explosão, porque, repito, estamos cumprindo plenamente todos os requisitos de segurança do transporte aéreo pelos quais somos responsáveis", disse a porta-voz Yelena Galanova.

Também nesta quarta-feira, o chefe da divisão da polícia de transportes no Domodedovo e dois oficiais foram demitidos pelo ministro do Interior, Rashid Nurgaliyev.

Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelo ataque e os investigadores não divulgaram até o momento nenhuma informação, nem ao menos nome de suspeitos ou uma versão consistente do que ocorreu. A suspeita recai, contudo, sobre separatistas islâmicos da Tchetchênia ou de outros locais do Cáucaso Norte.

A imprensa russa se divide entre relatos de homem-bomba, mulher-bomba e um casal terrorista e diz que a bomba estaria amarrada ao corpo do suicida ou em uma bagagem.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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