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28/01/2011 - 11h18

Polícia proíbe reformista de deixar mesquita no Egito, diz CNN

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A polícia egípcia proíbe o reformista e Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, de deixar uma mesquita no centro da capital Cairo, onde se abrigou quando a polícia começou a lançar gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar cerca de 2.000 fiéis que oravam junto a ele em uma praça da capital, informa a rede de TV americana CNN.

Mais cedo, o canal árabe Al Jazeera informou que ele havia sido proibido de deixar uma área de Cairo, para que não participasse dos megaprotestos que tomam conta da capital, Alexandria e ao menos três cidades pela queda do presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981.

A agência de notícias Associated Press, contudo, diz que ElBaradei e os demais não podem sair da mesquita porque as ruas ao redor do prédio foram tomadas por gás lacrimogêneo. As latas de gás incendiaram vários carros do lado de fora do prédio e dezenas de pessoas desmaiaram ou sofreram queimaduras.

Mais cedo, afirma a agência, a polícia usou cassetetes contra alguns dos apoiadores que cerraram ElBaradei para protegê-lo da violenta reação policial. Ensopado, o reformista que já chegou a agência nuclear da ONU (Organização das Nações Unidas) fugiu para dentro da mesquita próxima ao local.

Grandes grupos de manifestantes, que se reuniram aos milhares, se reuniram em ao menos seis avenidas do Cairo. 'Saia, saia, Hosni Mubarak', gritavam os manifestantes em Cairo, desafiando a proibição do governo e contornando o bloqueio ao celular e internet. Os manifestantes, segundo relatam as agência de notícias, jogaram pedras e terra quando a polícia os cercou, durante as orações de sexta-feira.

As forças de segurança reagem com jatos d'água, gás lacrimogêneo e até balas de borracha, para tentar evitar a escalada do protesto inspirado na Revolução Jasmim, que derrubou o ditador da Tunísia há duas semanas.

'As pessoas querem o fim do regime', começaram a gritar, assim que as preces foram encerradas. Eles jogaram ainda sapatos e pisaram em cartazes com a foto do presidente, um ato de profundo desprezo no mundo árabe.

'Saia, saia, Mubarak. Mubarak, o avião te espera', gritavam. O ditador da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu dos protestos populares em direção à Arábia Saudita após 23 anos no poder.

A polícia disparou para o ar e usou gases lacrimogêneos e jatos de água para dispersar a multidão ao término da oração.

Já a praça Tahrir, epicentro dos protestos políticos do Cairo dos últimos dias, está tomada totalmente pela Polícia egípcia, embora nas ruas adjacentes manifestantes já estejam começando a se concentrar.

Segundo a agência de notícias Efe, a praça está rodeada por agentes de segurança que bloqueiam o acesso --a fim de evitar as manifestações contra o regime de Mubarak que acontecem ali desde terça-feira.

Grandes grupos de agentes antidistúrbios foram direcionados às partes mais importantes da cidade, nas entradas de pontes que atravessam o rio Nilo e em cruzamentos chaves para evitar o encontro de grupos de manifestantes.

Também há uma fortíssima presença policial nos arredores do prédio da televisão pública, que nos últimos dias foram palco de duros confrontos entre manifestantes e policiais.

Testemunhas citadas pela agência de notícias Reuters dizem que milhares foram às ruas também em Mansoura, Suez e Aswan. Não há nenhum número oficial do governo sobre a participação popular nos protestos.

 

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