'A quem interessa proibição da maconha', questionam leitores

Leitores comentam matéria publicada na Folha que revelou que a maconha vendida em São Paulo está mais potente.

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Com o propósito de proteger seus cidadãos, a comercialização da maconha no Brasil é proibida. Só que a proibição acaba gerando males maiores, pois quem fuma acaba comprando gato por lebre ("Maconha vendida em São Paulo está mais potente, indica estudo", "Cotidiano").

Uma ladainha que se ouve constantemente é a de que a maconha é o trampolim para drogas mais pesadas e que, por isso, não seria vantajosa a sua liberação. Mas quem fuma consegue comprar a droga em qualquer lugar, fortalecendo o crime organizado. Qual a vantagem disso?

Não seria mais fácil mudar as leis, não penalizando o usuário? Perguntar não ofende: a quem interessa a proibição da maconha? Se o álcool e o cigarro fossem proibidos, o que aconteceria?

Em tempo: não fumo, não bebo e não uso drogas.

CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

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Parabenizo a Folha pela reportagem "Maconha vendida em São Paulo está mais potente, indica estudo" e reafirmo minha posição contrária a qualquer tentativa de descriminalização das drogas, fortalecida pela reportagem ao divulgar análise do Instituto de Criminalística que mostra que o nível de THC, a substância psicoativa da maconha, está em nível mais alto agora do que anos atrás, quando foi feito outro estudo, ou seja, a droga está mais potente e causa mais danos aos usuários.

Em todos os lugares onde foram testadas, as teses de descriminalização só trouxeram frustração. O Brasil, mesmo com a proibição das drogas, tem um número altíssimo de usuários de maconha, que é a porta de entrada das demais drogas. Certamente, descriminalizar qualquer tipo de entorpecente somente agravaria esse quadro.

MARCOS DA COSTA, advogado (São Paulo, SP)

	30.10.2012/Divulgação
	Denúncia ajuda polícia a localizar plantação de maconha em São Gonçalo (RJ)

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