20/06/2012 - 16h28

Para leitor, Rio+20 só serve para perpertuar 'ecoclichês'

LEITOR ANDRÉ GUSTAVO DE ARRUDA LORENZI
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Durante a Rio+20, a cada dez palavras mencionadas, 11 são "sustentabilidade" ou "sustentável".

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Esses são alguns dos vários "ecoclichês" banalizados pelo evento e que pouco a pouco vão entrando na cabeça do cidadão --que muitas vezes não faz ideia do que se trata.

	Christophe Simon/France Presse

	Esculturas de peixes expostas na praia de Botafogo, no Rio, que sedia a conferência Rio+20

Ser contra a construção da usina de Belo Monte, não comer carne vermelha, usar ecobags e até fazer xixi no banho para não usar a água da descarga são algumas das "bandeiras" divulgadas pelos participantes da conferência.

Os clichês mudam com o tempo (lembram-se da defesa do mico-leão-dourado?), mas continuam sem "sustentabilidade" técnica.

A natureza é uma forte aliada das autoridades quando o interesse real não convém ser revelado.

Com isso, o aborto e a miséria na África se tornam "sustentáveis" politicamente e no inconsciente da população.

Com tantos clichês e ignorância popular, o governo consegue manipular e aprovar leis e regras apenas de seu interesse e de sua linha política.

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