USP, Drauzio, Igreja, Corrupção, Drogas, Conar

Greve na USP

"Prezado e estimado governador José Serra: não importa que no passado o sr. estava do outro lado. Agora o sr. não pode faltar com as suas responsabilidades e com o dever maior de aplicar a lei. Portanto, cadeia para os baderneiros!"

PAULO SÉRGIO PECCHIO GONÇALVES (São Paulo, SP)

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"É incrível a truculência que a polícia de São Paulo usou para reprimir os punks na avenida Paulista. Parece estar sendo a regra para a polícia paulista agredir toda manifestação de civis, sempre tendo como estopim eventos isolados. Foi assim também no show dos Racionais na Virada Cultural, onde a justificativa foi o fato de os jovens terem subido em uma banca. Por causa disso eles não precisavam sair atirando e batendo em todos os que viam pela frente. O problema é que a polícia já vai predisposta a agredir arranjando justificativas ínfimas, ainda mais quando o público é de jovens. Só espero que o mesmo não aconteça com os estudantes ocupantes da reitoria da USP, pois muitos estão querendo que a polícia, mais uma vez, use a violência para resolver o impasse das universidades públicas."

JOÃO HUMBERTO VENTURINI (São Paulo, SP)

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Drauzio

"Li a matéria do dr. Drauzio Varella (9/6) e a avaliei com muita paz, focado no sentimento e na atitude positiva. Teu exemplo de 1970, da pessoa que foi aos Estados Unidos, é a prova de que criamos a nossa realidade e somos responsáveis por tudo o que acontece na nossa vida. Nós fazemos as escolhas. Escolhas se fazem com pensamentos. Negar a força do pensamento é negar toda a criação: tudo começa com um pensamento. Veja os objetos, tua casa, os equipamentos móveis ao seu lado: tudo começou com um pensamento. Alguém pensou, formatou a idéia e criou. As doenças incuráveis de ontem, que hoje têm cura, tenho certeza de que alguém pensou nesta cura e nela acreditou.
Pensamentos geram sentimentos e geram ações. Sentimentos saudáveis me levam a conquistar tudo aquilo que penso através de minhas ações. Em um corpo com uma mente saudável tenho certeza de que a doença não entra. Todas as doenças são curáveis, somente falta alguém começar a pensar na cura. Se você está doente procure um médico. Pensamento positivo pode não curar todas as doenças, mas pode prevenir muitas delas, desde que o sentimento gerado seja congruente com o seu desejo ideal. Se você pensar que pode, você pode, e se pensar que não pode, não poderá."

JOSÉ TREVISAN (Indaiatuba, SP)

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Igreja

"Se o papa sentasse ao lado do sr. Rubem Alves, não perderia tempo falando sobre preservativos, aborto ou explosão demográfica. Essas são questões periféricas para a igreja. A igreja só se pronuncia porque é constantemente interpelada sobre esses temas. O tema que o papa abordaria seria certamente o amor. Tanto é assim que surpreendeu a todos com sua primeira Encíclica, 'Deus caritas est', Deus é amor. Num mundo onde o individual prevalece, a igreja convida a olhar para o próximo, procurando o seu bem, mesmo que isso custe sacrifício pessoal. Isso é o verdadeiro amor. Decorrem daí as posições da igreja quanto à banalização do sexo, da vida e do homem, que não mudam, porque a igreja sabe que o coração do homem está para amar, e se pronunciará contra tudo que o afaste disso."

MARCELO JOSÉ MONTEIRO (São Paulo, SP)

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Corrupção

"A corrupção no Brasil é uma prática corriqueira nas elites e nas camadas inferiores da população. A diferença está no montante investido e nos interesses embutidos. Na categoria elite investe-se no sentido de adquirir um 'naco' do Estado junto aos que estão no poder como mera utilidade pessoal, ou seja, para se transformarem em marionetes dos poderosos, num jogo de influências. Meros fantoches, sem qualquer virtude ou dignidade pessoal. Já nas camadas mais baixas, a corrupção se dá pelas freqüentes negativas dos agentes públicos em atender direitos da população. Criam dificuldades para vender facilidades. É interessante a diferença: lá em cima a 'elite pública', de frágil caráter, vende seu poder e sua honra para a manipulação privada, enquanto aqui em baixo a população vê-se constrangida a vender a sua honra e a sua dignidade para fazer jus a um 'direito negado', enxovalhado pelo excesso de burocracia, que é uma ferramenta necessária para a facilitação de negócios escusos. Até quando, Brasil?"

ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (São Paulo, SP)

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Drogas

"A realidade brasileira mostra que há décadas o consumo de drogas (maconha e cocaína) vem crescendo exponencialmente neste país. O uso ou não de drogas pela 'sociedade heterossexual' e dentro da comunidade homossexual é uma opção pessoal e depende do livre-arbítrio de cada um. Portanto, diante desse quadro de saúde pública, orientar os usuários de drogas para se evitar a transmissão do HIV e da hepatite B é louvável e bem-vinda. A manifestação contrária à distribuição dos panfletos na Parada Gay é arbitrária, vergonhosa e abusiva. Quanta hipocrisia do sr. prefeito de São Paulo, dizendo que o 'panfleto é ilegal', e dos representantes da Polícia Civil e de outras entidades contrárias a essa ação educativa. Neste Brasil de tanto preconceito e hipocrisia velados, vale a pena também educar a população heterossexual presente na Parada Gay. Ilegal é a arbitrariedade crescente que coíbe e contribui para que as ações de promoção e proteção à saúde da Política de Saúde de Redução de Danos do Ministério da Saúde e do Programa Nacional de DST/Aids sejam desestruturadas e desestimuladas. Quanta vergonha e indignação! Vamos nos espelhar nos modelos de campanhas de orientação, educação e redução de riscos que existem nos países de Primeiro Mundo como Canadá e França."

MARCOS ROBERTO BERTOZO (Brasília, DF)

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Conar

"A discussão sobre novas regras para a propaganda coloca em lados opostos o interesse público e o privado. Num regime capitalista em grau já desenvolvido como o nosso, a propaganda é um dos mais eficazes instrumentos para incentivar o consumo. Sua função primordial, na visão da maioria dos publicitários e de seus clientes, é vender qualquer coisa usando os artifícios necessários. Se propaganda é tão inócua, como pretende nos fazer engolir o sr. Gilberto Leifert ('Painel do Leitor', 9/6), por que recebe investimentos bilionários? Recebe porque é capaz de elevar a níveis fantásticos o consumo tanto do que é inofensivo quanto de remédios através da automedicação, de alimentos danosos à saúde e de bebidas alcoólicas. Acho mesmo um descaramento de meus colegas de profissão tentarem esconder que as campanhas de cerveja aumentaram seu consumo consideravelmente, transformando o Brasil em um dos maiores consumidores mundiais. No caso dos cigarros, seu banimento da mídia, aliado a sucessivas campanhas, fez cair seu consumo. E lembremo-nos que, na época da proibição de propaganda de cigarros, a chiadeira dos publicitários e da mídia em geral foi a mesma. Não há nada de defesa de liberdades democráticas nesse papo de alguns profissionais da propaganda e suas entidades representativas. Estão apenas e tão somente defendendo seus vultosos lucros."

ALVARO ABRANTES CERQUEIRA (Muriaé, MG)