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30/08/2007 - 02h30

Biodiversidade, violência, mensalão, invasão na USP

da Folha Online

Patrimônio genético

"Discordo do que escreveu Marcelo Leite no artigo 'O Brasil nasceu barroco' (Mais!, 26/8). O assunto sobre a pirataria dos recursos genéticos brasileiros é ensinado em nossas aulas. Todo mundo conhece a história mais famosa de pirataria praticada sobre o patrimônio genético brasileiro. Até o final do século 19, o mundo não conhecia e nada sabia sobre borracha. A seringueira é uma árvore nativa da floresta amazônica brasileira e fonte principal da borracha comercial. Exatamente naquela época, chegou ao Brasil o inglês do Kew Botanical Gardens e levou em sua mala, de volta para a Inglaterra, sementes da seringueira, e de lá saíram três plantas para a Malásia, onde foram plantadas. Não se passaram 40 anos até que a Malásia se tornasse o país maior produtor mundial da borracha. O Brasil, dono da seringueira e da borracha, foi derrotado na concorrência mundial, ficando sem ter nada o que exportar ou ganhar.
A lei da biodiversidade brasileira obedece às regras definidas pela comunidade mundial, como a Convenção de Cartagena. Tanto na lei brasileira como no Protocolo de Cartagena, o dono da biodiversidade mantém o seu direito de posse e comercialização e divide seus frutos com a comunidade mundial. Mantém também os direitos dos conhecimentos indígenas para que eles não sejam explorados pelas multinacionais. O conceito mundial exige retribuir fruto da exploracão à cultura indígena que desenvolveu esses conhecimentos. Foram anos e anos de miséria e sofrimento! As indústrias biotecnológicas, multinacionais e fabricantes de transgênicos reclamam o livre acesso aos nossos recursos genéticos, enquanto o nosso dever é conservá-los para nossas futuras gerações. Se nós deixamos o acesso livre às indústrias e às multinacionais, fabricantes da biotecnologia, elas patentearão e revenderão, com grande lucro, os recursos extraídos gratuitamente de nosso solo. É nosso dever mostrar ao público a dimensão ética e moral sobre a conservação do patrimônio nacional. Temos ainda o dever de cuidar para que os nossos descendentes tenham um mundo equivalente ao que nós recebemos de herança."

NAGIB NASSAR, professor titular de genética da UnB (Brasília, DF)

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Violência

"Estou impressionada com o número de mulheres que têm sido vítima de violência no Brasil. Todos os dias, principalmente nos grandes centros, são as vítimas indefesas dos predadores que as estupram, matam, assaltam, roubam, ateam fogo em seus corpos. Esses monstros agem à vontade, a qualquer hora do dia ou da noite, enquanto os homens 'de bem' do país assistem inertes ao extermínio de suas filhas, mães, mulheres, e irmãs. O homem brasileiro é acima de tudo um covarde."

RITA DE CÁSSIA LUSTOSA MESSIAS BARRENSE (São Paulo, SP)

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Mensalão

"O Superior Tribunal Federal está de parabéns nesta primeira fase de indiciamento dos processos do mensalão e outros. Portanto deverá fechá-la com chave de ouro perante a sociedade brasileira, que espera um breve julgamento, usando rigor das leis, contra essa quadrilha oroganizada, com cadeia e confiscos."

ANTONIO DE SOUZA D'AGRELLA (São Paulo, SP)

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"Embora ainda haja um longo caminho pela frente, pelo menos foi recebida, pelo STF, a denúncia criminal em relação aos chamados '40 ladrões'. Porém, fica uma pergunta, de vários brasileiros: 'Mas e o Ali Babá?'."

LUIS RODOLFO FLEURY CURADO (Ribeirão Preto, SP)

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Largo São Francisco

"Não condiz com a opinião da maioria dos alunos o artigo intitulado 'Em defesa da educação pública e da verdade', assinado por Ricardo Leite Ribeiro, presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto. Desde o malfadado episódio, a maior parte dos alunos tem se manifestado contrariamente à invasão, motivo pelo qual está em vias de ser convocada uma AGE para se discutir a responsabilidade da atual gestão na invasão. Inclusive, o professor Nestor Duarte, mencionado no texto, foi uma das pessoas impedidas de transitar pela faculdade, como relatado por diversos colegas em e-mails circulados nos últimos dias. Infelizmente, nesse momento, não podemos aceitar o senhor Ricardo Leite Ribeiro como porta-voz da opinião dos alunos."

RODRIGO SOUSA DAS GRAÇAS (Taboão da Serra, SP)

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"Com muito pesar recebi a notícia de que o Território Livre e sagrado do Largo São Francisco havia sido pisado pela polícia após tantos anos. Mas, após ler as colunas do nosso diretor e do Centro Acadêmico XI de Agosto, além de ouvir algumas notícias de colegas sobre a invasão, infelizmente concordo que o diretor tomou a decisão correta.
A São Francisco é muito grande e tem muita história para se transformar em acampamento de pessoas que nada têm a ver com a Universidade ou com a política. A ditadura já acabou e não podemos permitir que uma minoria imponha suas vontades à força e invoque a liberdade como forma de proteção. E a liberdade de ir e vir dos estudantes? Dos funcionários? Em todos os anos que estudei lá, sempre presenciei invasões agressivas. Quem sabe agora elas finalmente cessem?"

LEANDRO HENRIQUE KOCKEL CINTRA (Ribeirão Preto, SP)

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Vaias e aplausos

"'Duda Mendonça é xingado em faculdade de SP', esta é a manchete de um grande jornal do Rio de Janeiro. Lendo a matéria verifica-se que uma platéia de 300 estudantes aplaudiram o publicitário e que, apenas, 30 o vaiaram. É assim que funciona um jornal de oposição. Valoriza o que interessa. Ouve quem quer ouvir. Realça o que interessa. Faz ilações, condena e julga por indícios.
Provar é secundário. O mensalão daqui a dois ou mais anos será provado que foi uma farsa. Um marketing da oposição. Mas já terá cumprido o seu papel de desgastar e desmoralizar o governo Lula e o PT."

ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Copacabana, RJ)

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Saúde pública

"Agradeço à Folha pela publicação de meu e-mail no 'Painel do Leitor' de ontem, 28/08. Lamento, apenas, que exerceram o seu direito de editá-lo e não publicar a parte final do mesmo, mas valeu.
Não quero polemizar com o senhor secretário, creio que ambos temos mais o que fazer da vida, mas deixo aqui uma réplica.
Não duvido que o senhor secretário da Saúde faça uso do Sistema Único de Sáude, assim como já vi inúmeras vezes, neste mesmo jornal, o senhor presidente da República em consultas médicas no Hospital das Clínicas e outras instituições públicas do Estado. Contudo, convenhamos, ser atendido nas instituições que o secretário citou ontem é muito bom, tão bom quanto estudar na USP, na Unicamp ou no ITA, que também são instituições públicas de ensino. Estes exemplos, tanto na área da saúde quanto da educação, representam o que o Estado tem de melhor, são modelos que, infelizmente, não se espalham por todo o sistema. Façamos o seguinte, tente marcar uma consulta em qualquer especialidade médica no Hospital de Ermelino Matarazzo, depois dos meses de espera. Aí poderá atribuir uma nota à saúde em São Paulo'."

EDUARDO NASCIMENTO (São Paulo, SP)

 
 

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