Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
13/10/2007 - 02h30

Ferréz e Huck, Ascher, acidente, CPMF e Mônica Veloso

da Folha Online

Ferréz e Huck

"Como classificar o texto do senhor Ferréz publicado na seção 'Tendências e Debates' no dia 8/10? Eu diria surreal ao extremo. O texto do senhor Ferréz faz desaparecer completamente o assaltante real, concreto, cruel e perigoso por uma imagem fictícia de um ser humano repleto de condicionantes sociais e psicológicas que segue, sem nenhuma possibilidade de culpa individual, o caminho inexorável do destino que lhe é traçado.
Ferréz cria um 'Édipo da Periferia' que segue cegamente para um assalto onde procura o bem de seus familiares e próximos, correndo o risco perigosíssimo de falhar em sua santa missão e morrer no asfalto. Novamente constatamos que o malvado é a vítima (Luciano Huck). Pessoas como o senhor Ferréz (e há muitas espalhadas nas cátedras universitárias, púlpitos religiosos e palcos midiáticos) contribuem em muito com o crescimento da violência ao humanizar e 'glamourizar' o crime e o criminoso; se eles realmente querem auxiliar no combate a violência bastaria que parassem de falar e escrever tanta asneira."

CARLOS ROBERTO MERLIN (Curitiba, PR)

*

"A disputa entre Luciano Huck e Ferréz é para saber quem é a vítima. Huck diz que é vítima da insegurança pública. Ferréz defende as vítimas da desigualdade econômica. É um debate antigo, que não traz nada de novo. Melhor faz 'Tropa de Elite' que não nos deixa confortáveis no papel de vítimas. O filme mostra que é de todos a responsabilidade pelo Brasil que somos. Seja você dos Jardins ou da periferia."

MÁRLIO VILELA NUNES (São Paulo, SP)

-

Ascher

"Lastimável desde o título o artigo de Nelson Ascher publicado em 8/10. Os argumentos frágeis contra o historiador Hobsbawm parecem mais ser fruto de ressentimento de um intelectual frustrado do que a tentativa de fundamentar satisfatoriamente seu posicionamento 'antiesquerda a qualquer custo'. Apenas em um ponto você está certo, sr. Ascher: 'nada no passado saiu como Hobsbawn desejara'. Talvez por isso existem apresentadores populares de televisão quase sendo mortos por um presente de aniversário que vale mais do que a renda anual de muitos brasileiros honestos."

ALINE ZERO SOARES (Bauru, SP)

-

Acidente

"Nenhuma carta no 'Painel do leitor'. Nenhuma nota na capa da Folha. No dia seguinte em que uma família inteira foi atropelada e morta por um motorista embriagado que não foi preso e nem fez o teste de teor alcoólico, procuro cartas indignadas e nada. O motorista: promotor de justiça. A família: uma faxineira, um operário e uma criança de sete anos. Mais um promotor assassino em liberdade, mas pouco se fala sobre isso. È muito mais legal a masturbação mental do caso Luciano Huck. Enquanto decidimos se um riquinho que explora o corpo das mulheres em seus programas que imbecilizam a população tem ou não direito de reclamar de seu relógio de ouro roubado num país com a quarta maior concentração de renda do planeta (só perdendo para países como Serra Leoa e Suazilândia) que tem em seu território cerca de 50 milhões de pessoas vivendo em condições de indigência, com renda inferior a R$ 80 por mês, enquanto decidimos isso, o mundo continua girando e injustiça por injustiça temos aqui uma muito boa mas que ninguém comenta. Será que se o promotor tivesse atropelado o Huck, a Angélica e seu filhinho o 'Painel do Leitor' não ia estar lotado? Mas foi só uma faxineira e um operário, quem se importa com eles? O promotor está solto, o caso pode ser arquivado ou se um milagre judicial acontecer ele pode ficar preso por três anos. Três anos para regozijarmos-nos por finalmente a justiça ter sido cumprida. Quantos rolex o Huck comprará em três anos?
Acho que nesse caso o rolo não será tão justo assim. Mas quem se importa..."

NATACHA CAPOZZI DE ABREU (São Paulo, SP)

-

CPMF

"Senhores senadores, nosso destino está em suas mãos, uma vez que com a ajuda dos deputados não poderemos contar, tendo em vista que eles se venderam. Não basta apenas ser contra a CPMF e não prorrogá-la, terão ainda a tarefa de brecar esse desgoverno que, segundo Guido Mantega, ministro da Fazenda, faz ameaças com aumento de impostos. Será que precisaremos do STF para interferir diante desses abusos ou o Senado terá competência e interesse em cortar a sede arrecadatória de Lula e seus companheiros? Afinal, como os governos anteriores faziam antes da CPMF? Ela foi criada provisoriamente, e deixou os governos completamente dependentes dessa arrecadação? Será que não existe uma lei para frear essa roubalheira? Por que só o contribuinte tem deveres?"

IZABEL AVALLONE (Alto da Boa Vista, SP)

*

"Acabou a dificuldade: a CPMF foi aprovada na Câmara. Agora a 'vaca leiteira', que garante lucro até 2011, vai ser votada no Senado. E quem duvida que será aprovada pelo 'rei do gado'? Ele não sai da cadeira de jeito algum e só esperando cumprir o prometido: aprovar a CPMF. Sem contar que tem muita gente com 'rabo preso' e seus aliados estão vencendo a parada. Ingredientes substanciais para Renan dominar as votações. Porém, Luiz Inácio tem que acalmar a oposição. É preciso oferecer mais, caso contrário a crise no Senado pode atrapalhar. É impressionante o esforço do governo nesta empreitada do 'imposto do cheque'. Por que o governo não trabalha desta forma também em prol do povo? Nem precisa responder esta pergunta. O povo só interessa se for para pagar, mas a CPMF enche os olhos com bilhões que não se sabe para onde vai. Uma dica para Luiz Inácio quando não tiver mais cargos e concessões para calar a oposição: distribuir algumas revistinhas da Mônica para distrair os 'meninos levados'."

ADAUTO JÚNIOR (Recife, PE)

-

Mônica Veloso

"Qualquer parlamentar, da vereança ao Senado, sabe muito bem quanto lhe custou o mandato, quanto gastou para se eleger. O que não sabe é quanto vale sua destituição, a perda de seu mandato.
Eis que a senhora Mônica Veloso, de corpo inteiro, se oferece como equivalente desse valor inefável! Que parlamentar não quer conhecer este valor?
Como se afirma em certos círculos ligados à psicanálise: 'a mulher é o sintoma do homem'."

PAULO SILVEIRA (São Paulo, SP)

-

"Bopes"

"Desde o dia que assisti ao filme 'Tropa de Elite' venho me perguntando se sou ou não fascista, o termo da moda. Confesso que gostei do Bope, não da tortura, mas de seu código de honra, que faz com que pessoas fracas de físico e de caráter não consigam seguir nesta corporação.
Seria bom se existisse o Bope da presidência da República, Bope dos governos estaduais, municipais e dos ministérios. O Renan Calheiros não ficaria cinco minutos no treinamento do Bope. Tolerância zero com todas as formas de corrupção. Mas a mensagem mais forte que trago do filme é que 'o consumo sustenta o tráfico'. Aí começam a falar da descriminalização das drogas. Todos ou a maioria de nós nasce sem precisar das drogas. Então, a Justiça tem que se ser implacável com quem vende e trafica, e um pouco mais rigorosa com quem consome. Estou cansado de ver jovens com menos de 18 anos comprando bebidas alcoólicas nos supermercados, sem que os seus responsáveis se mobilizem em pedir algum documento que comprove suas idades. Já pensou no caso da maconha e cocaína? Aí ia ser uma festa só. Chega de hipocrisia, chega de tolerância. Há tanta gente séria no país, com capacidade para cuidar de assuntos como segurança e educação, que vale a pena perguntar: a quem interessa deixar as coisas como estão?"

WALDIR CALDEIRA (São Paulo, SP)

-

Futebol

"Quero parabenizar o texto de Márvio dos Anjos, no caderno Esportes de 11/10. Saiu do estilão burocrático e está muito bem escrito, com sensibilidade para a mágica do futebol, que no fundo é mesmo uma brincadeira, como Márvio lembra no final. Como são-paulino que lia notícia triste, senti-me consolado. Que venham outros!"

CARLOS MAGNO DE ABREU NEIVA (São Paulo, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página