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18/11/2007 - 02h30

Ciência com animais, Chávez e o rei, ferrovias, alcoolismo, desperdício de água

da Folha Online

Ciência com animais

"A opinião manifestada pela Prof. Sônia Teresinha Felipe a respeito da experimentação animal ('Tendências/Debates', 10/11) representa uma afronta a diversos setores da sociedade. Em primeiro lugar, desvaloriza o trabalho de milhares de cientistas na área biomédica, ao afirmar falsamente que 'a ciência [...] não tem feito nenhum progresso na busca das curas dos grandes males que produzem as doenças crônicas, dolorosas e letais mais comuns'.
Presta também desserviço à saúde pública e aos que sofrem de diversas enfermidades, ao afirmar desinformadamente que 'a morte por câncer continua a ser praticamente previsível' quando alguns dos cânceres mais comuns têm taxas de cura de mais de 80%. Prejudica os próprios defensores da ética em pesquisa animal ao utilizar argumentos ilógicos que só servem para denegrir a imagem da causa perante a sociedade. E agride fundamentalmente o bom senso do leitor, ao fazer afirmações obviamente mentirosas e negar cegamente os avanços das ciências médicas no último século, manifestos pelo aumento na expectativa de vida e pela diminuição da mortalidade de inúmeras doenças no mundo todo. Tal opinião supostamente 'científica', baseada em argumentos falsos e lógica maniqueísta para defender uma abolição da experimentação animal que a ampla maioria da população rejeita, merece uma manifestação de repúdio da opinião pública tão grande quanto a ocorrida recentemente em resposta às afirmações igualmente irresponsáveis do dr. James Watson sobre a desigualdade de inteligência entre raças."

Olavo Amaral (Porto Alegre, RS)

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Chávez e o rei

"'Regime' é um termo político que remete à ditadura. Por que a Folha o utiliza para se referir ao sistema presidencialista da Venezuela, onde as eleições são acompanhadas pelas principais instituições mundiais que prezam pela democracia representativa? Pelos comentários de leitores neste mesmo Painel, acredito que este periódico deveria, em primeiro lugar, abrir seu espaço para opiniões mais defensivas, dado o ataque injusto, sobre o governo de Hugo Chávez. Além disso, parece-me que uma linha editorial que justifique o termo 'regime' para o governo venezuelano confundiria menos as 'classes A e B' do Brasil, que são, segundo pesquisa da própria Folha, quem mais lê este jornal."

Fernando Corrêa Prado (Santos, SP)

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"Mandar calar a boca é bem típico do autoritarismo --segundo os dicionários: 'regime que postula o princípio da autoridade, aplicada com freqüência em detrimento às liberdades individuais'. Interessante é observar que aquele que se ofende quase sempre comete o mesmo abuso. Mais interessante ainda é notar como os colonizadores (e ainda há quem os defenda!) gozam dos povos que um dia foram colonizados. Parte dos últimos juntam-se aos primeiros na tarefa, como se grandes mestres fossem. Rir de si mesmo deve fazer bem ao ego. Também, nem atinamos com o motivo de tanto qüiproqüó, haja vista que nos mandam calar dia após dia por força de lei ou de detalhes, e nem esforço fazemos para emitir um som sequer. Às vezes tudo parece tão fictício que ninguém acreditaria se contássemos sobre os arroubos do autoritarismo. O medo nos sufoca."

Modesta Trindade Theodoro (Belo Horizonte, MG)

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Ferrovias

"Parabéns à Folha e o ao colunista Clovis Rossi hoje em Opinião, também acho que em matéria de transporte o Brasil tem que pensar grande, pensar trem."

Magda Sílvia Bertoluci (Rio Claro, SP)

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Alcoolismo

"É com satisfação que lemos o texto do colunista Ruy Castro, abordando o caso de alcoolismo do jogador Adriano. Cansamo-nos de ler e ouvir opiniões diversas de familiares, amigos ou admiradores de doentes alcoólicos, aos quais, equivocadamente, chamam de 'bebedores sociais'. Sabemos que o 'beber socialmente' é uma enganação usada pela propaganda das fábricas de bebidas alcoólicas, da qual o 'alcoólatra' se apropria como mecanismo de defesa de sua doença, a qual ele não aceita nem assume. Corretamente, Ruy afirma em sua coluna que "Ninguém bebe porque tem problemas, mas tem problemas porque bebe." Sem dúvida, o primeiro passo depende de o próprio dependente alcoólico querer deixar de beber.

Jonas Nilson da Matta, Presidente do conselho deliberativo da Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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Desperdício de água

"A matéria sobre o desperdício ('Brasil desperdiça 45% da água captada para consumo', 17/11) diz muito sobre a preocupação brasileira em geral no que diz respeito à água. Desperdícios de até 78% da água no curso entre mananciais e residências representam o descaso com esse recurso natural tão importante para todos e que ameaça acabar.
É deplorável no Brasil a cultura do desperdício e também, infelizmente, a do imediatismo. Muitas obras de infra-estrutura básica, que constituem direito de todo cidadão, não são realizadas sob o pretexto de 'custos elevados'. São esquecidos a necessidade representada por tais obras, como a troca de tubulações da rede de distribuição de água para evitar o desperdício, e o retorno a longo prazo do investimento.
Outro problema grave é o desperdício praticado pelos cidadãos nas próprias casas, ao lavar calçadas com mangueiras enquanto observam o fluxo dos carros, escovar os dentes com a torneira aberta e tomar banhos que duram horas. Seria o caso de implementar multas contra o desperdício ou realizar racionamentos como os de energia? Talvez mexendo com o bolso da população a medida seja alcançada e, uma vez que a população de renda mais baixa não ultrapassa o limite sugerido pela ONU, não prejudicaria quem não pode mais arcar com taxas e conscientizaria (mesmo que à força) aqueles cujo uso desenfreado deve ser barrado."

Camilla Rodrigues (São Paulo, SP)

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CPMF

"O dr. Adib Jatene defende a CPMF como o pai que tem orgulho da filha mas não vê que as 'más companhias' já a levaram para o caminho da perdição."

Carlos Gaspar (São Paulo, SP)

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Forças Armadas

"Necessitamos de Forças Armadas, com poder dissuasório, não por causa do presidente Chávez, nem porque o ministro da Defesa, Nelson Jobim, acordou o país para o problema de nossa defesa nacional e defendeu o submarino nuclear em proteção contra o terrorismo no mar. A importância cada vez maior do Brasil no cenário mundial, o propósito de se ter uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, as nossas vulnerabilidades estratégicas, como a Amazônia Verde, no continente, e a Amazônia Azul --nossas águas jurisdicionais e patrimoniais-- no mar, não podem ser resguardados apenas por tratados e convenções. Tratados e concertos internacionais, há séculos, costumam ser violados conforme as contingências."

Paulo Marcos G. Lustoza (Rio de Janeiro, RJ)

 
 

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