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30/04/2008 - 02h30

Caso Isabella, petróleo, bancos e Lula

da Folha Online

Caso Isabella

"Caso o casal seja mesmo o culpado por esse monstruoso crime contra uma criança, acho que a polícia deveria indiciar também o avô --que dá a impressão de não estar abalado com a situação, que estraçalharia a vida de qualquer avô como nós pela perda de uma neta--, a tia e os demais advogados da defesa que tudo fazem para atrapalhar a polícia e o Ministério Público.
Quiça se faça justiça dos homens. A divina, esta eles não escaparão. É só esperar, pois irá chegar a vez deles."

MOZARTINO DE LUNA (São Paulo, SP)

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"Muito se tem falado sobre o papel da imprensa na espetacularização do assassinato da menina Isabella. Porém, a principal causa da comoção popular, parece-me, está na reação natural das pessoas ao cinismo da família Nardoni, que desde o primeiro momento insiste numa história da carochinha, contra todas as evidências. O povo --em que pese a argumentação dos que defendem a presunção de inocência, mesmo diante dos fatos-- está revoltado não só com o crime, mas mais ainda com a cara-dura dos Nardoni. Tudo isto põe a nu uma questão ética: até que ponto estão dispostos a chegar os advogados de defesa, nisto incluído o avô da menina, possível autor e sem dúvida avalista da fábula da invasão do apartamento do casal? Os argumentos 'técnicos' da defesa não passam de firulas jurídicas para postergar o inevitável. O que querem fazer não é a justiça, mas apenas tentam, a qualquer custo, manter fora das grades o casal. É este 'a qualquer custo' que precisa ser discutido. Não me surpreenderei se o advogado Antônio Nardoni, avô da infeliz criança, for acusado de participação no crime, por destruir provas e tentar interferir nas investigações. Afinal, é principalmente ele, que parece ser antes apenas advogado do que parente --e próximo-- da vítima, quem mais tenta, sempre a qualquer custo, desqualificar o trabalho da Justiça, chegando a taxar de ridícula a reconstituição do crime, enquanto demonstra não sentir a menor emoção ao ver encenados os terríveis momentos que culminaram na morte de sua neta."

LUIS KEHL (Piracicaba, SP)

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"Concordo com o Carlos Heitor Cony. Parece-me que à polícia não está interessando muito provar alguma coisa mais. Eles concluíram que já têm uma boa presa na mão e, se é justo ou não, não é da conta deles. Portanto, o importante agora é produzir sempre fatos novos, para vender a exclusividade para uma TV. Os demais se divertem com as migalhas. Prefiro ficar dentro dos 2% que não se interessam ou acompanham. Sinceramente, tirando o que aparece na primeira página de jornal ou chamada de TV, que não dá para fugir, não leio uma linha sobre o tema."

MANOEL MENDES DE BRITO (Bertioga, SP)

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Petróleo

"Muito interessante a discussão lançada pelo embaixador José Viegas em seu artigo 'O petróleo é nosso' ('Tendências/Debates', 29/4). A nação precisa mesmo decidir o que fazer com a renda futura do petróleo e, também, de outros bens minerais e agrícolas. Caso contrário, corre-se o risco de, uma vez mais, ver os recursos do país serem apropriadas por poucos. Talvez, um fundo para ações estratégicas em Educação, Ciência e Tecnologia pudesse transmitir, multiplicando, essa riqueza às gerações futuras."

ADENAUER DE LIMA RODRIGUES (São José dos Campos, SP)

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"Lúcido e oportuno o artigo do embaixador José Viegas sobre o destino a ser dado aos lucros obtidos com os megacampos de petróleo que estão sendo descobertos em nosso litoral. O presidente Lula tem diante de si a opção de se transformar num sheik petrolífero à moda árabe, cercado de luxo e corrupção numa sociedade autoritária e desigual, ou entrar para a história como um estadista que usou as riquezas naturais do país para consolidar a democracia e melhorar a vida de seu povo, transformando petrodólares em educação, saúde e progresso social."

JORGE ALBERTO DE OLIVEIRA MARUM (Piedade, SP)

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Função pública

"Sugiro a todos que escrevem sobre a advocacia pública brasileira a leitura do magnífico artigo 'Sobre o eclipse da função pública' ('Tendências/Debates', 28/4) e o utilizem como base das futuras informações sobre a instituição, observando que os comunicadores devem conhecer substancialmente o assunto sobre que discorrem, se quiserem colaborar com o aprimoramento das instituições brasileiras."

AMADOR G. CASSIANO (Brasília, DF)

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Bancos

"Mais um lucro recorde trimestral de um grande banco anunciado pela mídia é assustador. Sabendo-se que o sistema rentista de juros celestiais engessa nossa economia impediando-a de crescer como devia e que ainda, é o que lidera a lista de reclamações do Procon, fica a pergunta: onde está o Banco Central? Em qualquer país civilizado essa entidade estatal existe para fiscalizar e ordenar o sistema bancário, enquanto aqui entre nós parece apenas existir para coonestar com os desvarios enlouquecedores do sistema rentista."

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

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Lula

"Quando vejo o presidente Lula dizer que 'não dá para fazer tudo em oito anos', me dá uma sensação angustiante por ter a certeza de que ele está fazendo um jogo sórdido de dizer e desdizer que não quer um terceiro mandato. E a angústia torna-se maior quando relembro dos tempos antigos, quando nós, miltantes do PT, discutíamos que um governo não resolve todos os problemas de um coletivo, e que há um processo de evolução de uma sociedade em busca de se tornar cada vez melhor. Os nossos líderes, incluindo Lula, nos diziam que a bandeira da sociedade justa e igualitária, com a qual sonhávamos, deveria ser carregada por todos os 'companheiros', pois se um fosse abatido ela continuaria desfraldada. Hoje, fora do PT, vejo que o discurso era só para chegar ao poder. E o pior é que eles chegaram e gostaram, não querendo sair mais. Nem que seja para ampliar a política de financiamento estatal dos 'grandes negócios de telefonia', como aconteceu no caso da compra da Brasil Telecom pela Oi. Como dói ser tratado de trouxa."

JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

 
 

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