'Para que vejam a erudição de um bom escritor', diz leitor que indicaria obra de Machado para estrangeiro

Após livro do autor viralizar no TikTok, leitores escolhem obras que recomendariam para quem quer conhecer a literatura nacional

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Após uma criadora de conteúdo norte-americana viralizar no TikTok com uma resenha do livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas", na última semana, a Folha perguntou aos leitores qual obra nacional indicariam para um estrangeiro. As respostas apresentam livros diversos, com clássicos, incluindo o famoso título de Machado de Assis, e obras contemporâneas.

Retrato de Machado de Assis quando ele tinha 57 anos
Retrato de Machado de Assis aos 57 anos - Domínio público

"Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. Para que vejam a erudição de um bom escritor brasileiro desde há tempos.
José Carlos Rezende (Cuiabá, MT)

"Lavoura Arcaica", de Raduan Nassar. Pelo primor da linguagem e pela prosa poética.
Guilherme Mazarello (Brasília, DF)

"Meu Pé de Laranja Lima", de José Mauro de Vasconcelos, pois é um livro que retrata de forma muito emocional a condição de muitas pessoas.
Raul Carusi Mistrão (Matão, SP)

"Bom dia, Verônica", de Raphael Montes e Ilana Casoy. É uma leitura visceral e foge do estereótipo de que brasileiro só escreve sobre as mazelas da periferia ou sobre a miséria do sertão nordestino.
Soraia Soares Almeida (Montes Claros, MG)

"Anjo da Morte", de Pedro Bandeira, assim como toda a coleção Os Karas, para mostrar boas obras infantojuvenis.
Sidyma Costa (Pacajus, CE)

"Senhora", de José de Alencar, é um clássico de "inimigos para amantes". A história é envolvente e cativante. O livro traz uma crítica social, ao mesmo tempo que garante uma leitura divertida e retrata a sociedade e os costumes de uma época de transição no cenário nacional.
Ana Clara Fernandes (Contagem, MG)

"Os Sinos da Agonia", de Autran Dourado. Com uma história contada de três formas, esse livro traz uma descrição belíssima de Ouro Preto no período colonial.
Ana Claudia Fernandes (Gurupi, TO)

"O Avesso da Pele", de Jeferson Tenório, porque conta a história do racismo estrutural no Brasil.
Viviana Diane (Ceilândia, DF)

"Anarquistas, Graças a Deus", de Zélia Gattai, conta a partir de sua visão de jovem, como foi a chegada e por tudo que italianos passaram no Brasil durante a imigração nos idos de 1900.
Debora Mazza (Vila Velha, ES)

"Dom Casmurro", de Machado de Assis, expõe as angústias, dúvidas e questionamentos que sempre estiveram na mente humana, é atemporal.
Simone Santos da Rosa (Porto Alegre, RS)

"Capitães da Areia", de Jorge Amado. Escolhi esse livro porque ele mostra a situação de crianças em vulnerabilidade social de forma realista, evidenciando o quão cruel a sociedade pode ser. Ademais, a obra mostra o estado baiano e suas nuances aquém de samba e carnaval.
Giovanna Freire (São Paulo, SP)

"A Hora da Estrela", de Clarice Lispector. Um livro que exala não só a essência da autora mas também uma análise da sociedade brasileira.
Lívia Vitória dos Santos (Santo André, SP)

"Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa. Obra magna da literatura brasileira que dialoga numa perspectiva intertextual com Ulisses, de James Joyce, numa abordagem única do consumado mestre das letras brasileiras.
Gismair Martins Teixeira (Goiânia, GO)

"Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada", de Carolina Maria de Jesus. Mostra a realidade do Brasil que não muda!
Maria Ilma Gomes Silva Sousa (São Paulo, SP)

"Éramos Seis", pela simplicidade e sensibilidade que Maria José Dupré trouxe, mostrando singularidades de uma família brasileira comum.
Márcia Brito Cunha (Belém, PA)

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