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08/05/2008 - 02h30

Auxílio-funeral, cultura, trânsito, células-tronco, índios

da Folha Online

Auxílio-funeral

"Apesar de tantos benefícios de que gozam nossos deputados federais, este último proposto, de auxílio-funeral, é mais um golpe na população fora da 'casta política brasileira'. Porém, estou de pleno acordo, desde que tal benefício seja aplicado imediatamente."

ANDRÉ LUIZ PUERTAS (Boituva, SP)

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"As pessoas que trabalham na Câmara pensam que estão no Jardim do Éden? Todos os benefícios que os parlamentares já ganham não podem cobrir seu funeral?
Temos que afirmar que os recebíveis de um deputado é mais do que suficiente para garantir uma bela vida e uma bela morte, muito mais do que todas as categorias trabalhadoras deste país.
Os sindicatos deveriam contratar um diretor-geral para cada categoria, assim teriam auxílio-funeral, auxílio-moradia, auxílio-correio, auxílio-reforma de casa, auxílio-transporte aéreo, auxílio-cartão corporativo. Só não teriam auxílio-vergonha, auxílio-ética.
É uma vergonha nacional as mordomias exercidas pelos parlamentares num país tão miserável como o nosso, em que um Bolsa Família de R$ 100 é uma fortuna para o bolso das famílias atendidas, a ponto de elevar o presidente como herói nacional."

SILVIA MARIA DE ALMEIDA SÃO PEDRO (São Paulo, SP)

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Cultura

"Excelente o artigo 'As caves austríacas', de João Pereira Coutinho. Desnecessário, porém, seus comentários sobre cultura. A música de Schubert não exalta o extermínio nem é passaporte para justificar genocídio. Steiner deveria estar embriagado quando afirmou que 'a alta cultura pode tornar os homens insensíveis para a realidade em volta'. Isto é o mesmo que colocar Einstein, Bill Gates, Hitler e Fernandinho Beira-mar no mesmo balaio. Não existe nem alta nem baixa cultura, a palavra é a tradução da simplicidade, como o Carnaval ou o futebol. A palavra cultura se originou do latim. O radical da palavra é o verbo colo, que significa cultivar. O vocábulo cultus, particípio de colo, tem o sentido de cultura da terra. O verbo cultuar (colo) assumiu o sentido de cuidar de, tratar de, querer bem, entre outros. Depois assumiu o sentido de civilização e educação. Com a evolução, cultura passou a representar o cultivo de hábitos, interesses, língua e vida artística de uma nação. Não só os austríacos, alemães, árabes e judeus e todos os outros povos do mundo, na realidade não tiveram, até hoje, 'cultura' suficiente para entender e praticar fielmente os dez mandamentos. Ensinamentos simples e divinos contidos no livro mais lido da história: a Bíblia. Se Deus está em cada um, ao agredir um irmão de qualquer raça ou credo, estamos agredindo Ele. Ao contrário do que diz o artigo, não existe país com melhor ou pior cultura. O que existe são intolerantes que não respeitam culturas diferentes das suas. Na verdade, o culto da intolerância tem sido o mal de todos os séculos."

MARCELO MURTA, secretário da Cutura de Barretos (Barretos, SP)

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Trânsito

"Para resolver o trânsito caótico de São Paulo temos três alternativas básicas: melhorar a infra-estrutura de transporte, diminuir o deslocamento e as duas coisas juntas. Evidentemente a terceira alternativa é a melhor. Passou da hora de ampliar a malha viária dos bairros de tal forma a que o comércio e a indústria se integrem em um novo sistema de urbanização, para que os bairros passem a funcionar como uma parte da cidade mais autônoma e independente. O que não pode continuar é grande parte da população, principalmente da Zona Leste e da Zona Sul, se deslocar para trabalhar e estudar dentro do grande centro expandido de São Paulo. Para inverter este fluxo também são necessárias leis que favoreçam o menor deslocamento. Mãos à obra!"

LUIZ ANTÔNIO DA SILVA (São Paulo, SP)

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Células-tronco

"Meu convencimento pessoal é de que há vida nos embriões desde a concepção, mas nem por isso uma só pessoa pode decidir por todos os brasileiros se o país vai utilizar as células-tronco embrionárias para pesquisas científicas. Ninguém atribuiu tanto poder ao ministro Carlos Alberto Direito para interromper a votação dos demais ministros que vão decidir a respeito. Não há honestidade em impedir a votação. Vote contra e deixe os demais votarem de acordo com suas consciências, caro senhor ministro."

ANTONIO DO VALE (São Paulo, SP)

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1968

"Conciso e brilhante o artigo de Marcos Nobre ( Opinião, 6/5). 'O que ficou de 1968' para os jovens de agora (como a mim e tantos outros) fora o desejo incontido de estar vivo, em barricadas ou protestando de alguma forma, aos que atravessaram tantas décadas e ainda trazem as cenas acesas na memória, não tenho dúvidas de que ficara o maravilhoso, indescritível e nostálgico olhar sobre a festejada cereja no topo do bolo de aniversário. Como Ortega Y Gasset, 'o que vale no ser humano é a sua capacidade de insatisfação'. É isso."

SÓCRATES SIMÕES RAMOS (São Paulo, SP)

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Reserva indígena

"O processo de demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima, é o mais antigo e conturbado da história do Brasil. Roraima está conflagrada porque o governo cometeu um evidente exagero na demarcação das reservas indígenas do Estado. Há 30 anos, o então território era ocupado majoritariamente por índios, que viviam em harmonia com os brancos. A boa convivência foi interrompida quando as demarcações começaram a se estender sobre partes expressivas de Roraima. Desde o começo dessa história, gente que trabalha e produz alimentos está sendo tratada como bandido. Agora, depois que os arrozeiros caíram na armadilha dos índios, o governo e o nosso ministro da Justiça terão motivos verossímeis para propagar a versão de que é preciso demarcar as reservas para os índios que usam celulares e até máquinas fotográficas mantenham seus costumes culturais. Todo o Brasil foi ocupado pelos indígenas até os portugueses aqui aportarem. A ocupação pretérita não pode ser potencializada. Aliás, se o governo continuar com essa política de demarcar territórios irresponsavelmente, daqui há alguns anos teremos de entregar aos indígenas quase metade do Brasil. Daí a necessidade de que venha o mais cedo possível uma definição do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. Que o Supremo não se deixe intimidar por cadáveres que primam pela farsa."

MURILO AUGUSTO DE MEDEIROS (Brasília, DF)

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Analogia

"Achei interessante o paralelo usado pelo presidente Lula em mais um dos seus 'shows'. Procurando ilustrar o 'investment grade', comparou o prêmio dado ao Brasil com a situação de dois trabalhadores que ganhassem o mesmo salário, mas apenas um teria direito ao grau. O que recebeu o título seria um bom pagador, e o outro gastaria com outras despesas. Penso que a analogia é perfeita. Só faltou dizer que na casa do 'seu Brasil', tão do agrado dos credores, as conseqüências são trágicas. Como a prioridade não é a família, os filhos estão com dengue, sem roupas, sem escolas, sem atendimento médico, vivem em péssimas condições sanitárias, não têm transporte digno, uns pedem esmolas e outros entram para o tráfico. Assim, a analogia é perfeita."

ROBERTO PEREIRA D' ARAUJO (Rio de Janeiro, RJ)

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Indenizações

"Algumas pessoas têm se manifestado sobre as indenizações em virtude da Lei da Anistia. Em primeiro lugar, é um direito assegurado em lei. Foi um período de repressão e terror que só quem passou por isso é que pode avaliar. Crianças perderam pais e mães torturados barbaramente , mães perderam seus filhos ainda muito jovens pelo crime de defender idéias. Quem está contra, pode dizer onde estava nessa época? O que fez pela democracia no país? Se hoje tais pessoas podem se manifestar livremente, muito devem à luta do povo brasileiro nesse período. Alguns não viveram para desfrutar da liberdade que hoje temos, assassinados de forma brutal. É preciso saber respeitar esses mortos que tiveram a dignidade de abdicar da vida pessoal em favor da nação brasileira. E os que sobreviveram têm direito à reparação pelo muito que sofreram, ou estaremos justificando a barbárie."

VILMA AMARO (Ribeirão Pires, SP)

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Ronaldo

"Teria ficado muito melhor para Ronaldo se os travestis tivessem mantido a versão original da história. O assunto já estava a caminho do esquecimento, como sempre ocorre com todos os escândalos, sem nenhuma seqüela financeira em termos de contratos e patrocínios.
Agora, voltar atrás e dizer que Ronaldo não sabia de nada, fica muito suspeito para o jogador, que já havia contado com uma força fenomenal do 'Fantástico', que dedicou o programa a seu favor.
Quando dizem que dinheiro compra tudo ainda querem contestar."

HABIB SAGUIAH NETO (Marataízes, ES)

 
 

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