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15/05/2008 - 02h30

Marina Silva, Ministério Público, ativismo judicial, Lévi-Strauss

da Folha Online

Marina Silva

"Ninguém neste país teve uma trajetória de vida como a da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Mulher experimentada no trabalho, no sofrimento, que só aprendeu a ler pelo antigo Mobral -- por ironia um movimento criado pela ditadura militar.
Lula está muito longe de ter passado o que Marina passou. Lula está muito distante da pureza de Marina. O passado da ex-ministra é de lutas e dificuldades, mas de grandes vitórias. Ela é um ícone na história do país, e sua vida merece um livro. Nunca usou de violência, nem de movimentos com utilização de armas. Marina é forte e doce. Mulher de fé. Como não somos perfeitos, seu erro foi dividir em demasia o Ibama, especialmente com a criação do Instituto Chico Mendes, que só vai onerar as despesas. Mas Marina é superior a tudo isso.
Mulher por mulher, Marina Silva para presidente."

GUILHERME GOMES DE SOUZA (Cachoeiro de Itapemirim, ES)

*

"Lula não tem por que se 'irritar', e o Planalto não tem de que reclamar. Marina Silva 'espetacularizou' muito pouco. Poderia e talvez devesse ter 'espetacularizado' muito mais, convocando imprensa nacional e estrangeira, Greenpeace, WWF, Conservação Internacional etc. e sair atirando. Em vez disso, até na saída foi leal a Lula, lealdade a que, exceto quando lhe convinha posar de 'neoverde' lá fora, ele só respondeu com desfeitas e humilhações públicas. Para ser coerente com seu 'crescimentismo' (a doença senil do keynesianisno), Lula deveria, na impossibilidade partidária de convidar Ronaldo Caiado, oferecer a seu ex-ministro Roberto 'Monsanto' Rodrigues a pasta vazia, em todos os sentidos do adjetivo. A 'bancada ruralista' e seus mentores aplaudiriam em peso, e o caixa para 2010 ficaria desde já bem polpudo."

CARLOS MARTINS (Rio de Janeiro, RJ)

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"'Ideológica' é como seus detratores (madeireiros, agricultores etc.) a acusam. Como se eles também não fossem ideológicos. Marina Silva foi uma guardiã da vida. Seus mais próximos talvez a critiquem por não ter jogo de cintura política. PIB versus vida na terra é a grande contradição que a pós-modernidade trás. Muito mais cedo do que se pensa isso ficará bem claro. Mas será tarde."

ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

*

"A saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente é um péssimo presságio para a região amazônica.
Muito em breve aquelas imagens tenebrosas, mostrando os leitos de rios banhados com toras de madeiras extraídas de forma ilegal, voltarão aos noticiários.
Enquanto ministra, Marina fez o que pôde, tentando evitar ou amenizar o desmatamento. Mas sozinha, lutando contra um bando de facínoras que encontra respaldo e até incentivo em todos os lados, não há como resistir. Merece os parabéns por ter ido longe demais."

HABIB SAGUIAH NETO (Marataízes, ES)

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"O governo Lula perdeu muito da dignidade que ainda tinha com a saída da ministra Marina Silva, uma pessoa de grande integridade, que deixou o cargo onde estava condenada à inação, atropelada que foi pelos interesses associados ao desmatamento e do crescimento econômico (e da popularidade presidencial) a qualquer preço. Seu cargo provavelmente será rifado no jogo de interesses de que depende o governo no Congresso e entregue a algum politiqueiro que tudo fará pelos grileiros e governantes construtores de obras megalômanas, em nome de um progresso que pouco ou em nada beneficiam a maioria da população."

PEDRO DE ARAÚJO MEIRA (Fortaleza, CE)

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"É lamentável a saída da ministra Marina Silva! O que restava de ético e decente no governo Lula sucumbiu! Pobre país! O que nos espera?"

THEREZINHA DE JESUS LIMA E OLIVEIRA (São José dos Campos, SP)

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Ministério Público

"O projeto de lei do deputado federal Paulo Maluf, aprovado por ampla maioria de votos na Câmara Federal, que tem por objetivo punir membros do Ministério Público que usam o cargo para promoção pessoal e sem base jurídica, é apoiado por promotores e procuradores que agem apenas para cumprir a lei, ao contrário do que diz o sr. Anderson Osório Resende ('Painel do Leitor' fz0905200810.htm, 9/5).
Em São Paulo, por exemplo, um promotor, condenado por assassinato há anos, continua livre e sem o empenho aparente de ninguém para ser capturado. Outros que também assassinaram pessoas continuam livres e recebendo mensalmente seus honorários."

ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

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Ativismo judicial

"Tem toda a razão o nobre deputado federal Maurício Rands fz1405200809.htm ('Tendências/ Debates', 13/5) ao dizer que o ativismo judicial nem sempre é legítimo. Mas é preciso observar que, diante de tanta omissão por parte de nossos governantes, não resta ao Judiciário decidir questões relevantes para o bem da nossa sociedade. Se assim não fosse, quantas crianças estariam sem educação infantil, já que nossos políticos se acham donos dessa política pública e a direcionam para onde bem entendem, em desconformidade total com a Constituição e demais leis existentes? Basta nossos governantes observarem um pouco mais os anseios do povo que não será mais necessário ativismo judicial."

MARCOS NERI DE ALMEIDA (Americana, SP)

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"Em relação ao artigo 'Ativismo judicial: é sempre legítimo?', causa estranheza que doutor em direito e professor universitário considere excesso de ativismo judiciário pronunciamento de corte americana considerando inconstitucional segregação racial imposta nas escolas.
Não competiria à Corte Suprema o resguardo do princípio universal da igualdade de direitos nas democracias? A Corte não fugiria a sua precípua função deixando de apreciar a questão social derivada daquele princípio?
Ficam o reparo e a indagação."

BENEDICTO NESTOR PENTEADO (São Paulo, SP)

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Lévi-Strauss

"Perplexidade. Foi o que senti ao terminar de ler a resenha escrita por Teixeira Coelho, publicada no caderno Mais! de 11/5. Deveria ser uma análise do livro de Dorothea Passetti, sobre a obra de Lévi-Strauss. Conheço o livro bem, pois o li antes mesmo de ser publicado. Não é um livro de estética, de teoria da arte, ou texto de crítica das artes plásticas; antes disso, é um livro de antropologia. Dorothea Passetti, por sinal, é professora do Departamento de Ciências Sociais da PUC-SP.
O extenso livro versa sobre a biografia, apresenta as formulações antropológicas do pensador francês, fala sobre suas idéias em política, em especial sobre o racismo, e também faz uma exposição original sobre o interesse e o gosto de Lévi-Strauss pelas artes plásticas. É um livro denso e repleto de informações preciosas.
Mas Teixeira Coelho trata de mostrar sua discordância com Lévi-Strauss no campo das artes ao longo de seu breve artigo. De modo tão animado, ele trata de criticar o pensamento do antropólogo sobre as artes, que ele se esquece de abordar quais seriam as idéias centrais trazidas pelo livro de Dorothea Passetti, que contribuições traz para o público cultivado e para a comunidade acadêmica.
Depois que pensei sobre tudo isto, passei a ficar indignado, pois me veio à mente que o articulista pode não ter lido o livro da antropóloga paulista, tanto que vende seu peixe como se o livro estivesse situado no campo estrito das artes. Isto é um grave erro. E mais: é uma leitura distorcida e, quiçá, leviana da obra. Desinforma o leitor.
Há menos de 15 dias ouvi grandes elogios ao jornal Folha de S.Paulo, numa mesa-redonda, feita pelo jornalista Ascânio Seleme, de 'O Globo'. Ele argumentava que a Folha, como poucos outros jornais no Brasil, tratava suas matérias com enorme zelo e cuidado. Não foi o caso quando publicou esta resenha do ilustre funcionário do Masp. A Folha, neste particular, deu um passo errado no jornalismo de idéias."

GUILHERME CASTELO BRANCO, Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

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Fumo

"São Paulo deveria seguir o exemplo do Rio de Janeiro: proibir o fumo em ambientes coletivos fechados. Já está na hora de avançarmos nessa direção. Parabéns ao prefeito!"

ELAINE CORRÊA DA SILVA (São Paulo, SP)

 
 

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