Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
27/06/2008 - 02h30

Ruth Cardoso, João Gilberto, álcool ao volante, futebol, aposentadoria, inflação

da Folha Online

Ruth Cardoso

"Quem pensa numa sociedade democrática e igual para todos no Brasil convive com um atroz dilema. Assiste À dureza da pobreza absoluta, toda a impotência que a envolve e, por outro lado, somos torturados com notícias diárias de mal-caratismo que envolvem as altas classes de nossa egoísta sociedade.
Ao nos despedirmos de dona Ruth fica a tristeza de perdermos uma combatente que não se calou e que atuou firmemente no estudo e em ações para tentar repensar e modificar nosso país. Sua belíssima trajetória entra para história e reanima a esperança de que seu exemplo semeie novas honradas jornadas."

MARIA RENATA DE TELLA LIPARIZI (Campinas, SP)

-

João Gilberto

"Excelente a reportagem de Sérgio Dávila ( Ilustrada, 24/6) sobre o show de João Gilberto naquela casa em Nova York (meu inglês precário me impede de escrever o nome).
O repórter conta a história do espetáculo com estilo e sem deslumbramento. É factual sem ser protocolar: faz saber, por exemplo, que também em Nova York celulares tocam e pessoas tossem durante os shows, mesmo de João Gilberto.
Como não há almoço (nem tampouco elogio) de graça, sugiro ao ombudsman que recomende à turma do caderno Ilustrada a beber mais na fonte de Sérgio Dávila. Trocando em miúdos: menos balcão (SPFW e quejandos) e mais jornalismo cultural. Do bom, de preferência, como é o caso da já louvada reportagem."

ALISSON AZEVEDO (Goiânia, GO)

-

Álcool ao volante

"O major da Polícia Militar, Ricardo Fernandes de Barros, comandante interino do 34º Batalhão de Trânsito da cidade de São Paulo, afirmou que policiais à paisana estarão em bares e lanchonetes de happy hour ( Cotidiano, 26/6) para saber se alguém que deixar o estabelecimento depois de tomar uma cervejinha ou choppinho tentará pegar o carro. Tal atitude se deve às novas regras de trânsito no tocante ao alcoolismo no volante.
Toda medida legal que vise impedir o excesso de bebida misturado com volante é absolutamente bem-vinda, mesmo porque 60% dos acidentes graves e letais ocorridos no trânsito têm a presença de motoristas bêbados, que deveriam ter sidos presos. Mas daí a colocar policiais à paisana em lanchonetes e botequins para ver quem está bebendo existe um certo excesso. Se está sobrando contingente policial para este tipo de investigação -- ou 'Operação Zeca Pagodinho' (sugestão minha) --, porque não colocá-los nas portas das escolas estaduais, municipais, e até nas particulares, para dar segurança para os nossos alunos, funcionários e professores?"

PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

*

"A tolerância zero ao álcool certamente vai reduzir drasticamente os acidentes envolvendo motoristas embriagados, para sua própria segurança e para os inocentes que são mortos diariamente no trânsito. Na maioria dos países, a lei é clara e severa, e aqueles que gostam de beber utilizam sempre transporte público ou 'carona' para se locomover."

CLÁUDIO FROES PEÑA (Porto Alegre, RS)

*

"A imprensa vem veiculando o pequeno número de bafômetros para a devida fiscalização no Estado de São Paulo. O contrato de concessões prevê, claramente, que o fornecimento de material preventivo --incluindo fardamento, veículos e armas-- ao policiamento rodoviário compete às concessionárias de rodovias. Estranho é não ter visto ainda nenhuma manifestação da Artesp nesse sentido."

ORIVALDO TENORIO DE VASCONCELOS (Monte Alto, SP)

-

Futebol

"Escrevo para protestar contra a atitude da Rede Globo de Televisão que na última quarta-feira deixou o Estado de São Paulo sem poder assistir à final da Copa Libertadores da América. Em vez de transmitir uma partida final de um dos mais importantes torneios da América, fomos obrigados a assistir uma partida da segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Quero respeito aos meus direitos! Como uma rede de televisão adquire exclusividade para transmissão de um torneio internacional e justamente na partida final se rende a interesses financeiros e frusta milhões de telespectadores? Chamem o síndico!"

RUI DE ANDRADE DAMMENHAIN (São Paulo, SP)

-

Aposentadoria compulsória

"Pode até ser que a aposentadoria compulsória aos 70 anos renove os tribunais --haja vista que as entidades que se opõem a sua mudança para os 75 anos são todas da área jurídica--, mas, no mundo acadêmico, é cedo demais. Isso certamente porque na universidade de boa qualidade o que conta não é 'o poder', mas a autoridade. Poder obtém-se por várias formas, sendo em nossos tempos democráticos mais comum a eleição. Autoridade, porém, apenas se adquire quando se merece respeito. Um cientista ou pesquisador de destaque pode não ter poder, mas terá autoridade. O que ele disser será ouvido. Excluí-lo da carreira aos 70 anos é um equívoco que precisa ser revisto."

RENATO JANINE RIBEIRO, diretor de Avaliação da Fundação Capes (Brasília, DF)

-

Inflação

"Torna-se cada dia mais provável o retorno de altos índices inflacionários no país. Após um período de calmaria, a inflação volta a ser tema de destaque em todos os noticiários, assustando as camadas menos favorecidas e gerando clima psicológico para o aceleramento das taxas. Uma das causas implícitas no processo e herdada do passado é a indexação dos reajustes contratuais com base na inflação passada. Os salários serão corrigidos obrigatoriamente, dando curso ao círculo vicioso. O próprio presidente da República acaba de indexar o Bolsa Família com um aumento de 8%, superior à inflação oficial. Se os beneficiários desse programa podem receber esses aumentos, por que não os aposentados? Parece que a lição dos anos 80 não foi aprendida e vai começar tudo outra vez. É lamentável!"

GILBERTO DIB (São Paulo, SP)

-

Negro na TV

"Sinto-me confortável em discordar da leitora Cecília Barão ('Painel do Leitor', 26/6). Que é correto que brancos e negros são iguais não tenho dúvidas. No entanto, não é essa a realidade social, na medida em que os negros sofrem constante preconceito, por motivos históricos do país. Além disso, quantos deputados negros temos no Congresso? E quantos brancos têm ao menos uma acusação de improbidade, desvio de dinheiro, crime eleitoral etc.? Parece-me que a opção da emissora carioca é, em si mesma, preconceituosa."

MAURÍCIO MORAIS TONIN (São Paulo, SP)

-

Progresso

"As notícias são novas, mas o assunto é velho: a corrupção sistêmica que assola o país e sua companheira inseparável, a impunidade. Em que pesem alegações de que nunca antes neste país ambas foram tão combatidas, o fato é que os noticiários dão conta de que os casos só fazem aumentar. As licitações do PAC, mais fraudes contra o INSS, a Alstom em São Paulo, a venda da Varig, o Detran do Rio Grande do Sul etc. Inocentes ou culpados, o fato é que a reeleição do atual governo, a despeito dos escândalos do mensalão que bateram às portas do Palácio da Alvorada, se é que não saíram lá de dentro, representou, institucionalmente, o golpe fatal contra o resto de moralidade e decência que ainda poderiam conduzir o país para o caminho da retidão, acelerando o processo de degradação da política brasileira. A sociedade, pelo menos na sua maioria, que manifestou nas urnas a tolerância com a corrupção na esfera máxima do Poder da República, não deve estar muito incomodada com os escândalos que surgem diariamente. Enquanto isso, a carga tributária avança, com a recriação da CPMF, a inflação ameaça voltar, os juros ensaiam um aumento, a segurança, a saúde e a educação continuam falidas e o Congresso fecha para as festas juninas. E ainda há quem diga que o país está progredindo."

FERNANDO LUIS COUTINHO NEVES (Campinas, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página