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30/07/2008 - 02h30

Batman, Quadrinhos, Rodízio, Árvores, Aborto, Lei seca

da Folha Online

Batman

"Basta um filme fazer sucesso de crítica e de público ou se tornar um clássico instântaneo, como 'O Cavaleiro das Trevas', que logo pipocam artigos contrários à maré. Poderia classificar de ofensiva, inapropriada ou até mesmo de inútil a matéria de João Pereira Coutinho, mas vou ater-me à pensar que o artigo é digno de sentir pena, já que o autor parece jamais ter tido uma infância repleta de heróis, sejam 'Pedrinhos', 'Mônicas' ou qualquer um dos super-heróis. Aliás, se o mesmo define a fantasia como algo difícil de engolir, não precisava ter ido ao cinema, que é justamente um celeiro de fantasias, por mais 'documental' que seja qualquer filme. Esse é o papel das artes: não propor uma fuga da realidade, mas simplesmente divertir e fazer pensar em quanto essa realidade pode ser boa se vivermos com um pouco mais de fantasia. Dizer que Heath Ledger teria morrido de overdose por vergonha de seu trabalho é desrespeitar a memória de um excepcional ator, que estava apenas fazendo seu trabalho. Além de ofender aos fãs de quadrinhos, do Batman, do cinema e todas as pessoas que trabalham com cinema, teatro, literatura ou com qualquer outra forma de arte que nos faça esquecer dos dementes realistas que, infelizmente, estão fora do Asilo Arkhan."

PAULO ROGÉRIO BOLOGNESI ROCCO (Tambaú, SP)

*

"Ao contrário de João Pereira Coutinho gostei de 'Batman - O Cavaleiro das Trevas', mas à semelhança de nosso amigo de além-mar também fiquei intrigado com a unanimidade temática das avaliações críticas de todos os quadrantes do planeta. Na Folha, em todos os outros jornais e revistas do país, no site do 'New York Times', nos blogs especializados e em outros nem tanto, tudo o que se escreveu sobre o filme pareceu seguir uma receita rigorosa, que Coutinho resume à perfeição: o filme, segundo essa claque estupendamente afinada, 'trocara a fantasia sombria de Tim Burton e o espetáculo adocicado de Joel Schumacher por um realismo digno de Michael Mann'. Não conseguira, até a leitura da crítica do patrício publicada na Folha, encontrar nenhuma reflexão sobre a fantasia que fugisse a essa pauta rigorosa. Felizmente Coutinho resolveu o enigma: as resenhas da Folha e de todo o resto daquilo que um dia se chamou de imprensa especializada não são mais do que elementos de 'uma máquina publicitária que não pára de tentar convencer o mundo' de que este Batman é o melhor da série. Missão cumprida, basta apenas dirigir-se ao caixa e recolher os trocados. Só um recado para o Coutinho, adultos equilibrados às vezes enxergam seriedade nas mais insuspeitadas representações ficcionais, inclusive, veja só, em marmanjos cantando, quando qualquer pessoa equilibrada falaria, em musicais de Stephen Sondheim."

CARLOS ALBERTO BÁRBARO (São Paulo, SP)

*

"Que o Brasil é um país democrático, não se discute. Que cada um tem direito a opiniões próprias, também não. A única certeza que temos, porém, é de que, não tendo o que falar, o melhor é ficar quieto. João Pereira Coutinho, em seu texto 'Adultos em pijamas', mostra-se no mínimo arrogante. Não gostar de um filme de super-heróis mascarados é direito dele. Porém dizer que adultos equilibrados vêem os personagens como algo deprimente mostra o quão infeliz é este senhor. Uma pena que ele tenha escrito tanta bobagem num texto só. Se houve uma expectativa exacerbada, que não foi correspondida pelo conteúdo da produção, não é problema nosso. Mas o que esperar de alguém que tem por herói aqueles personagens que usam de métodos 'práticos' para solucionar problemas, atirando em bandidos 'como quem atira em um animal'? Logo depois ele tenta suavizar e diz ser contra tal prática no mundo real, porém vemos que pessoas adeptas de tais soluções são as mesmas que as utilizam no dia-a-dia, como temos acompanhado pelas reportagens nos últimos meses. Nada nesta vida agrada a todos (nem Jesus o conseguiu, lembremos bem). Ainda assim, os números já conquistados mostram que são milhões de pessoas satisfeitas pela altíssima qualidade do produto final. E diria mais: são pouquíssimos os que saem da sala com a sensação de dinheiro gasto com algo inútil. Diferente do que foi dito, Heath Ledger ficaria, sem dúvida, extremamente feliz pelo bom trabalho que fez e pela grande aceitação por parte do mundo todo. Que o sr. João veja e saboreie melhor os números, para perceber o quão sozinho está em sua declaração infeliz. E repense bem em quem é equilibrado no fim das contas."

EBER SILVA RODRIGUES (São Paulo, SP)

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Quadrinhos

"Venho defender os artistas Angeli e Laerte, que para mim são exemplos de bons quadrinhos e merecem, sim, estar nas páginas desta Folha. Incrível como alguém julga o trabalho alheio, sendo arte, acusando o artista de 'falta de criatividade'. O que seria isso? O Laerte tem explorado novos caminhos, ainda bem, e o Angeli continua sendo muito bom. Se há falta de espaço para os novos? Então vamos parar de publicar os quadrinhos do Schultz e Dik Browne, entre outros, que estão há décadas na estrada. Quero ver o Angeli e o Laerte até o dia que eles quiserem."

FREDERICO PAIVA (Uberaba, MG)

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Rodízio

"Sou totalmente favorável à iniciativa do governo municipal de adotar o rodízio também para caminhões. No entanto, é lamentável que a idéia não tenha sido completada. Num projeto de lei que foi apresentado há alguns anos era também previsto que fossem criadas áreas de repouso antes do acesso das rodovias ao perímetro urbano, que seriam utilizadas pelos motoristas de caminhões que, por uma ou outra razão, chegassem à cidade no horário de rodízio.Dessa forma se evitaria que esses motoristas tivessem que estacionar nos acostamentos, expondo-se a inúmeros riscos, como mostrou a Folha de 29/7. Essas áreas de repouso já existem em outros países. Contêm lanchonetes, banheiros, chuveiros --tudo para que um motorista cansado após uma longa viagem possa recompor-se antes de entrar na cidade. Ainda está em tempo!"

DALTON RUBENS MAIURI (São Bernardo do Campo, SP)

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Árvores

"Gostaria, em nome da ecologia e do nosso oxigênio de cada dia, que a Folha publicasse minha reclamação. Todos os dias passo pela avenida Paulista e segui toda a reforma da calçada, boa por sinal. Não se esqueceram de deixar espaços para árvores em distâncias regulares, com quadrados em terra pura de pouco mais de um metro quadrado. Desde o término dos trabalhos, fiquei a aguardar o plantio das árvores. Pensei comigo: 'Que tipo de árvores colocarão pela avenida? Ipês amarelos, palmeiras?'. Aguardei o óbvio, não é? Mas por esses dias tive a desagradável comprovação de que cimentaram todos os quadrados destinados às árvores! Com a palavra a prefeitura, que muito aprecia a selva de pedra."

WALDECY ANTONIO SIMÕES (São Paulo, SP)

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Aborto

"Muito oportuna a coluna do ombudsman Carlos Eduardo Lins da Silva. De fato, o projeto de lei 1.135, sobre a descriminalização do aborto, que tramitou animadamente na Câmara dos Deputados, foi pontualmente noticiado, e poucas matérias críticas foram produzidas. Enquanto isso as mulheres continuam a praticar e a morrer de abortos clandestinos, sem o menor apoio do Estado. Só uma correção: este projeto de lei não foi arquivado. Seguindo o rito regimental, ele irá ser discutido no plenário. Mais cobertura e discussão sobre o aborto precisam ser promovidas, para que não fiquemos no debate maniqueísta entre prós e contras."

DANIELA DE LIMA PINTO (Brasília, DF)

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Lei seca

"É inacreditável que alguém, revelando-se perfeito insensato, coloque-se contra a lei seca, apesar de os números apontarem para uma queda de mais de 60% no índice de acidentes com vítimas. Uma 'competente' advogada de São Paulo, em entrevista a uma emissora de televisão, afirmou que a lei seria inconstitucional porque cercearia o direito de ir e vir dos 'cidadões' (sic). O que a 'douta' advogada se esqueceu é que o direito individual não pode prevalecer sobre o direito coletivo, especialmente quando está em jogo a vida das pessoas. Creio que aos 'cidadões' da advogada pode ser indiferente causar a morte de pais e mães de família, de crianças e jovens, ou de condená-los a paraplegia pelo resto da vida. Aos cidadãos, tenho certeza, isso representaria um ônus jamais resgatado perante a própria consciência. É em conseqüência da leniência e do descumprimento das leis que chegamos ao caos em que vivemos."

LUIZ FERNANDO DA SILVA ASSIS (Salvador, BA)

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