Seleção, TV, grampos, diesel, obituário, licença-maternidade

Seleção

"Vergonhosa, e já faz muito tempo, a atuação da seleção brasileira de futebol. Ronaldinho Gaúcho, há dois anos considerado pela imprensa européia superior a Pelé, com uma atuação pífia e muito aquém de suas qualidades de craque. O Robinho, sem ser um jogador com as qualidades técnicas dos dois citados, além do seu já manjado 'sapateado' na frente do adversário sem nenhum resultado efetivo, transformou-se num papagaio a dizer sandices, acolhidas, descaridosamente, pela mídia.
Em resumo, apesar de alguns jogadores de qualidade e que suam a camisa como o Diego, por exemplo, a seleção vem sendo um verdadeiro fiasco, inclusive pela debacle na Olimpíada.
Foi entristecedor ver o estádio com público reduzido, apesar dos penetras, vaiando, embora merecidamente, aquele espectro do que já foi a seleção brasileira de futebol."

LUIZ FERNANDO DA SILVA ASSIS (Salvador, BA)

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"Mais uma vez a seleção brasileira decepciona e gera um descontentamento nos torcedores. Isso tem acontecido desde a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, onde o Brasil foi eliminado mais uma vez pela França. A seleção brasileira tem passado maus momentos e há muito tempo não joga bem. O que todos querem e buscam saber é o que tem feito isso acontecer. Desde 2002, último ano em que a seleção não era contestada, técnicos passam e não resolvem o problema. Diferentes jogadores são convocados e o futebol da seleção continua entre bons e maus momentos. Extra campo, o problema são alguns jogadores que vêm jogar na seleção mais por prestígio e dinheiro do que por amor à 'pátria amada'. E talvez os bastidores de uma confederação de futebol dentro da qual poucos sabem o que acontece. Então, o problema talvez não seja a Bolívia que veio ao Engenhão jogando retrancada, mas o estrelismo e a desorganização."

GUSTAVO LEMOS DE FREITAS (Divinópolis, MG)

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TV

"Não sou fã do 'Pânico na TV' de jeito nenhum, nem tenho o costume de acompanhar esse programa, mas sinceramente não entendo o que o pessoal daquele programa possa ter feito de tão terrível que pudesse justificar uma indenização milionária à pretensiosa e chatíssima atriz Carolina Dieckmann. O caso parece mais um daqueles em que artistas, notadamente os globais, recebem uma proteção desmedida por parte do Judiciário."

PEDRO DE ARAÚJO MEIRA (Fortaleza, CE)

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Grampos

"O ministro do Supremo deve estar satisfeito com a espetacularização que ele mesmo provocou na questão dos grampos. Arma-se agora uma maneira de jogar água na fogueira da operação Satiagraha. Dessa forma, livram-se os bandidos investigados no caso. 'Parabéns' ao ministro Gilmar Mendes. A pretexto de garantir 'direitos', ele facilitará a impunidade dos poderosos."

MARA CHAGAS (São Paulo, SP)

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Ambiente

"Parece que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, está achando que o povo brasileiro não conhece a problemática ambiental atual e passa a nos testar. Em recente reportagem na Folha em 4/9, o ministro havia cedido com alegria a pressão das montadoras de veículos e a Petrobrás, prorrogando de janeiro de 2009 para janeiro de 2012 o prazo estipulado pela resolução Conama 315/02 para redução de poluentes (enxofre) através de descargas de veículos movidos a diesel. Esta resolução prevê que em janeiro próximo o diesel deverá ser o S-50 (com 50 partes por milhão de enxofre). No dia 11/9 a Folha publica reportagem em que o governo, representado pelo senhor ministro, após críticas, não prorrogará o prazo. Como pode algo que era tido como sucesso pelo ministro (a prorrogação para que em 2012 utilizássemos o diesel S-10) e agora ele mesmo vem a público dizendo, em outras palavras, que não concorda com aquilo que ele havia concordado?
Não há que se prorrogar o prazo, uma vez que a resolução Conama é do ano de 2002. Portanto, a Petrobras e as montadoras tiveram tempo suficiente para cumpri-la. Basta lembrar também que nosso combustível é um dos mais poluentes do mundo, com 2.000 ppm, enquanto que seu preço é um dos mais caros. Caso não sejam cumpridos os dispositivos preceituados na resolução, responderão administrativamente, penal e civilmente conforme determina a lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), todos aqueles que a infringirem, quer representem o governo quer representem as empresas privadas."

RÔMULO GOBBI, professor de direito ambiental da Academia de Polícia Civil (Santa Bárbara d' Oeste, SP)

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Obituário

"Obituário costuma ser uma seção menor, porque poucos a lêem. Nela se iniciam os jornalistas que não são mandados desde logo para outras seções 'menores', como a reportagem policial. Essa seção, na Folha, passou a ser de leitura obrigatória. Desde quando, há pouco tempo, adotou a ótima decisão de fazer um pequeno obituário de um ou outro que passou desta para o além. A edição de 11/9 é primorosa. Expõe concisamente a trajetória do grande Fausto Wolf. Fala, com elegância, de suas origens, de sua trajetória, de suas vicissitudes, que poucos conhecem. Enfim, aqueles que só conhecem a obra de Fausto, não a sua dura e exemplar vida pessoal, que terminou no obituário. Leitor e assinante do jornal, sou muito crítico. Como continuo a criticar o caderno Esporte, um dos mais fracos e desinformados do país. Mas não posso deixar de dar meu parabéns ao responsável pela seção. E a Estêvão Bertoni, que elaborou essa telegráfica biografia do Fausto."

MAURO RODRIGUES PENTEADO (São Paulo, SP)

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Licença maternidade

"A leitora Ana Rosa Bellodi ('Painel do Leitor' , 11/9) relatou que a licença maternidade de seis meses, concedida a trabalhadoras de empresas de grande porte, deveria ser estendida também a gestantes que trabalham em empresas de pequeno e médio porte.
Infelizmente em nosso país as empresas menores, como as do comércio, não possuem estrutura nem tão-pouco condições financeiras de assumir compromissos assim, como o de ficar sem uma funcionária por tanto tempo e sem substituí-la, assim como lhe garantir seu lugar no emprego novamente após a sua substituição no período da licença.
Sinceramente, acho que é um caminho muito difícil e perigoso de percorrer e que pode gerar no futuro poucas admissões, além de muitas demissões de mulheres jovens, justamente nas idades mais produtivas de qualquer trabalho."

FILIPE LUIZ RIBEIRO SOUSA (São Carlos, SP)

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Justiça

"Sou viúva, tenho 86 anos de idade e estou aguardando há quase dez anos decisão do Poder Judiciário, por sua 9ª vara da Fazenda Estadual, em relação ao processo 053.00.025901-5, da qual sou parte e contra a Rede Ferroviária Federal. Não obstante a dormência imoral e desrespeitosa, eis que, o marido da signatária, Eurico Paes da Silva, quando vivo e na qualidade de autor, distribuiu no ano de 1.981 ação 053.81.906814-0, junto à 1ª vara da mesma Fazenda, contra a mesma Rede Ferroviária Federal, também reivindicando direitos justíssimos e até hoje dormitando na burocracia feroz.
Por quê o Poder Judiciário não decide sobre os direitos reivindicados? Será que os que decidem a sorte dos homens cá embaixo não crêem que haverá um julgamento da parte do Juiz dos juizes sobre seus atos? Um absurdo a forma de como são tratados os direitos da pessoa idosa pela justiça dos homens.
Quantos obreiros e viúvas já morreram sem obter direitos legítimos e moralmente justos?
Haja Deus!"

MARIA ODILA DA SILVA PAES (São Paulo, SP)