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13/02/2009 - 02h30

Nota zero, Paraíba, Obama, traficantes

da Folha Online

Nota zero

"A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo deveria disponibilizar para os pais de alunos da rede estadual de ensino a lista de cerca de 1.500 professores que tiraram zero em uma prova de seleção e que, infelizmente, poderão lecionar devido a uma irracional medida jurídica da 13ª Vara da Fazenda Pública.
Tal liminar é um autêntico desrespeito aos bons professores, que são a maioria. E os alunos pobres da rede pública não podem se tornar reféns ou cobaias de um sindicalismo medieval que precisa aprender que os interesses da população são mais soberanos do que qualquer categoria."

PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

*

'Aparentemente consistente, o editorial '['Nota zero']':http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1102200901.htm ( Opinião, 11/2) é no mínimo simplista e tendencioso e revela o interesse do jornal sobre o tema educação. Falou-se muito da incapacidade do professor e da necessidade de avaliação, mas em nenhum dos equívocos da Secretaria do Estado de Educação, por exemplo, a respeito da prova: havia inclusive erros, além das suspeitas no processo de aplicação da mesma. No entanto, o jornal se esqueceu de dizer que grande parte desses professores foi, muito provavelmente, formada pelo próprio Estado. Justamente por isso a Folha mostra apenas um lado da questão e, portanto, é tendenciosa. Permanece na 'casca' do assunto porque uma análise digna de confiança teria de colocar o dedo na ferida, ou seja, as políticas educacionais de Paulo Renato Souza nas duas gestões FHC, enquanto outra parte do tucanato reinava (e ainda reina) no Estado de São Paulo. Se o jornal tem seus interesses, por favor, não menospreze a capacidade de seus leitores. Ao tocar no tema educação ou o faça com seriedade e rigor ou deveria se omitir, evitando incorrer em erros maiores.'

CLAUDEMIR D. DE ANDRADE (São Paulo, SP)

*

"Queria fazer uma breve consideração com relação à polêmica que se desenvolveu em razão da prova aplicada para fins de atribuição de aulas aos professores da rede pública de ensino do Estado de São Paulo.
Falta, por parte da imprensa em geral, a adoção de uma abordagem mais séria sobre o problema calamitoso que envolve a política educacional em nosso país e, mais especificamente, em nosso Estado. Ninguém, governo, sindicato ou imprensa, realmente se interessa ou ousa tocar nesta ferida; reportagens sensacionalistas só focalizam a precariedade dos alunos e professores, oscilando entre colocá-los em posição de vítimas ou algozes dentro desta situação.
Caberia questionar e desenvolver uma reflexão lúcida sobre a formação de profissionais da educação, sobre a proliferação desses centros educacionais, verdadeiras faculdades de beira de estrada com processo seletivo diário, que vendem diplomas a sujeitos despreparados e sem domínio básico de práticas letradas que os capacitem a desenvolver um trabalho pedagógico. Essas instituições consideradas de ensino, que usufruem de políticas fiscais benevolentes por serem classificadas como fundações com fins filantrópicos, demitem professores doutores após usá-los para aprovação de cursos pelo MEC e seguem funcionando sem cumprir nenhum compromisso com a pesquisa e sem prestar serviços significativos de extensão à comunidade.
Diante disso, onde ficam a eficiência e a seriedade dos órgãos fiscalizadores? Um governo que fecha os olhos a isso só pode ter um descaso muito grande pela educação popular. Por que ninguém questiona ou divulga onde e como se licenciaram esses professores nota zero e também em que condições aviltantes eles trabalham?"

ANA LÚCIA DE CAMPOS ALMEIDA, professora-doutora em linguística aplicada pela Unicamp (Rio Claro, SP)

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Paraíba

"Ao ler o artigo 'A soberania do voto popular' ('Tendências/Debates', 2/2), de autoria do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, tenho a dizer que conheço o governador há muitos anos, testemunho que se trata de uma grande liderança e que jamais precisou usar expedientes irregulares para ser eleito. Tenho acompanhado esse processo de cassação e os argumentos utilizados pelo governador neste texto condizem com a realidade que conhecemos. Concordo ainda que é preciso que sejam respeitadas as decisões populares também para que a democracia seja preservada. Tomo ainda a liberdade de acrescentar que não teria coragem de assumir o governo em tais condições, ou seja, tendo sido vencido nas urnas e assumindo sem ter sido escolhido pelo povo."

ARIANO SUASSUNA (Recife, PE)

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Barack Obama

"O presidente americano, Barack Obama, poderia mesmo ser confundido com um brasileiro, como ele próprio já declarou. Basta ver que, para tirar os Estados Unidos da crise, apresentou nada mais nada menos que um Proer e um PAC."

GUTTEMBERG GUARABYRA (São Paulo, SP)

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Traficantes

"Mais uma operação da Polícia Federal, desta vez contra traficantes, prende dezenas de jovens de classe média alta. A TV mostrou alguns, cobrindo a cara com as camisas, e nenhum nome foi divulgado.
Aposto que na próxima semana todos estarão soltos, com habeas corpus e outros 'jeitinhos' que advogados bem pagos sabem como utilizar. Nenhum será jamais encarcerado e no final de semana estarão em festinhas, de nariz empinado, se gabando que 'comigo ninguém pode'.
Até quando a polícia (e a população que a sustenta) será feita de idiota? Por que só ladrão de galinha fica preso neste país? Se a novela das oito que findou fosse realidade, logo, como disse Zé Simão, a Flora estaria na rua."

CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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Desejos

"Oportuno o alerta do jornalista e poeta Jorge da Cunha Lima em 'A substituição dos desejos' ('Tendências/Debates', 12/2). O diagnóstico dos fatos geradores dessa crise medonha e o que fazer para evitar o pior está na ordem do dia. Quem sabe o alerta do poeta não seja o início de uma discussão ausente na mídia."

ANTONIO POSSIDONIO SAMPAIO (São Paulo, SP)

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Marmelos

"Caçula de uma família de dez, tendo nascido no bairro do Marmeleiro (São Roque, SP), lembro-me do significado da vara de marmelo que existia como árvore no quintal e também como uma varinha na parede da sala, atrás de um quadro de fotografia da família. Ela representava o símbolo da obediência, do respeito e do não questionamento das ordens dos pais nos idos de 1945. Assim como o Cony, também fiquei de castigo no barracão, que era a adega para a fabricação artesanal de vinho, sempre que ultrapassava os limites impostos pelos pais. A vara de marmelo nos leva a um paralelo sobre educação e educação democrática. Infelizmente ainda falta muito para que as políticas públicas de educação desenvolvam as competências das novas gerações e formem realmente o cidadão. As poucas experiências democráticas de educação dos anos 60 foram devidamente extirpadas e consideradas subversivas, entre as quais o Serviço de Ensino Vocacional --órgão experimental da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo que foi um modelo de educação pública."

ANGELO SCHOENACKER (São Paulo, SP)

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Futebol

"A notícia publicada no 'Painel FC' (11/2) de que em breve a FPF reduzirá de 10% para 5% a carga mínima de ingressos aos times visitantes, é simplesmente ridícula. Realmente ficaria mais fácil a ação da Polícia Militar. Não sou corintiano, mas, se o mando de jogo dos clássicos é da FPF, caberia a ela determinar o número de ingressos para visitantes, e não o dono do estádio. Aproveitando o espaço, quero mostrar minha indignação com a realização de partidas às 22h, para atender determinada emissora de TV e punindo o torcedor que já não tem um transporte público dos melhores durante o dia; imagina após a meia-noite. O torcedor não sofre apenas com o transporte, mas também com a falta de segurança desde a saída do estádio até sua residência, o que pode demorar horas e longas caminhadas."

ANTONINHO GERALDO PIVOTTO (São Paulo, SP)

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Crucifixo

"Fiquei chocado com a decisão do excelentíssimo senhor presidente do Tribunal de Justiça do Rio, que retirou a imagem do crucifixo e transformou uma capela católica em uma ecumênica ( Brasil, 11/2).
Digo ao excelentíssimo senhor presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Zveiter, que todos nós sabemos que o Estado é laico, mas antes disso temos que entender que vossa excelência não respeitou a liberdade religiosa dos outros desembargadores. Independentemente de seu credo e do que professa, o Brasil é a maior nação católica. Não vivemos uma democracia? Então por que não colocar em votação se o crucifixo sai ou fica?
Pense bem excelência, pois um judeu chamado Gamaliel, no Livro dos Atos dos Apóstolos, coloca-se muito bem diante dessa situação. 'Não vos metais com esses homens, deixai-os. Com esse pois se esta obra é dos homens, esta obra acabara por si própria; mas, se vem de Deus, não conseguireis destruí-los. Portanto, tomai cuidado para não correrdes o risco de entrardes em guerra contra Deus' (Ato dos Apóstolos 5,38)."

CARLOS EDUARDO PEREIRA NASCIMENTO, pároco da Paróquia Santo Antonio de Pádua (Cosmorama, SP)

 
 

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