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02/09/2009 - 02h30

Judiciário, clima, pré-sal, bingo, hino nacional, Araguaia

da Folha Online

Judiciário

"Pesquisa da FGV revela que metade dos brasileiros tem uma má avaliação do Poder Judiciário. Temos uma Justiça cara, morosa, ineficiente e que não cumpre devidamente o seu papel, que é o de fazer justiça no caso concreto e de promover a ordem jurídica justa. Não surpreende que tantas pessoas não confiem na Justiça e se sintam desamparadas, sem acesso efetivo à Justiça. Precisamos urgentemente de uma ampla e radical transformação de todo o sistema judicial no Brasil para que tenhamos efetivamente uma Justiça próxima do povo, além de rápida, ágil, barata e eficiente."

RENATO KHAIR, defensor público (São Paulo, SP)

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Clima

"Deu no editorial da Folha de ontem que um grupo de 22 grandes empresas nacionais, da Andrade Gutierrez à Votorantim, cobram do governo uma posição mais arrojada do governo federal para a Conferência (sobre a Convenção do Clima) de Copenhague, em 15/12/2009. O Brasil poderia obter bons recursos no mercado mundial de carbono, mas o governo reluta, argumentando que isso poderia ser uma armadilha para acabar legitimando o direito de poluir dos países ricos. Primeiro: será que essas grandes empresas ficaram de pronto assim tão preocupadas com a saúde da Terra? Segundo: será que o governo não tem razão em desconfiar de uma armadilha? Terceiro: será que o CO2 é mesmo responsável pelo aquecimento global? Pois grande número de publicações científicas aponta para erros grotescos nas conclusões do tal IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change). Isso sem negar os evidentes perigos do desmatamento e da poluição e as benesses do reflorestamento e cuidados ecológicos de todo tipo."

JAIME FREJLICH, Instituto de Fisica da Unicamp (Campinas, SP)

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Pré-sal

"O senhor Lula da Silva conseguiu inventar mais uma estatal. Agora teremos a Petro-Sal, com isso, mais 'companheiros do PT' nessa boquinha, com salário de mercado de indústria do petróleo, que não é pouco. E, pela governabilidade, ele também vai arrumar alguns cargos para a família Sarney e seus agregados, e nós, os idiotas, achamos que esse pais é sério e que com o pré-sal vamos nos tornar um país de Primeiro Mundo."

SILVIO APARECIDO SANTOS (São Paulo, SP)

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Bingo

"Infelizmente, o Brasil continua o país da hipocrisia. Colocar o jogo na modalidade bingo próximo ao narcotráfico e à prostituição é coisa de quem não conhece do assunto. O jogo pode, sim, ser fiscalizado, pois, se o Brasil não tem condições de fiscalizar o bingo, então não tem condições de fiscalizar nenhuma modalidade de estabelecimento comercial ou empresas. Os bingos e os cassinos existem em todo mundo, menos em Cuba e no Brasil. Gostaria de saber a quem interessa o jogo ilegal? Será que interessa à polícia, ao juiz ou a algum político que ganha com isso? Ou será que interessa à imprensa para poder aumentar seu ibope? Chega a ser muito estranho o interesse da imprensa em ligar os bingos ao narcotráfico ou à prostituição."

REGINALDO FELIPE DOS SANTOS (São Paulo, SP)

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Hino

"Sem querer cometer nenhum sacrilégio, gostaria de sugerir uma pesquisa. Quantos brasileiros conhecem e entendem a letra do nosso hino nacional? Quando cantores famosos e experientes precisam de óculos e de uma estante para cantar o nosso hino e o 'executam' sumariamente, acredito que talvez tenha chegado a hora de escolhermos uma canção mais popular, curta e de fácil compreensão. Assim teríamos um hino nacional cantado e entendido por todos os brasileiros, com ou sem labirintite."

EDMUR HEBTER (São Paulo, SP)

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Araguaia

"A colocação do subtenente João Carlos Gonçalves Pereira ('Painel do Leitor', ontem) certamente corresponde à opinião da imensa maioria dos brasileiros honestos e trabalhadores. Impossível assumir a posição de guerrilheiro fazendo de conta que é brincadeira, que querer matar os outros não envolve riscos. Mas hoje sabemos que o único objetivo dos comunas era apoderar-se do poder e do erário."

HELIO FAUSTO DE CARVALHO LEISTNER, advogado (Leme, SP)

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"Meu apoio à manifestação do subtenente João Carlos Gonçalves Pereira. Realmente, jovens foram iludidos nos seus ideais, cujas siglas ou partidos, se vitoriosos, na posse do poder, praticariam barbaridades, ao arrepio das ações constitucionais embasadas no dever que cabia ao Exército Brasileiro."

EDSON FREIRE (São Paulo, SP)

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Lanche no avião

"O reportagem sobre a cobrança de lanche em voo (Cotidiano, ontem) causou-me espanto. Quero dar meu total apoio ao abaixo assinado a bordo, incentivado pela passageira Renê Patriota, pois essa medida da Gol é abusiva, deselegante, mesquinha, uma absoluta falta de respeito para com os passageiros."

EUGÊNIO BARROS (São Paulo, SP)

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Segurança

"Excelente a coluna de Marina Silva de segunda-feira ('Caminhos para a segurança', Opinião). A exclusão social é um dos fatores que afeta a população. Simplesmente pegar o delinquente e encarcerá-lo por longo período de tempo, sem que faça um trabalho para depois reintegrá-lo ao convívio social, é perda de tempo e de dinheiro, custa caro para a sociedade. Como diz a colunista: a sociedade deverá exigir do Estado políticas públicas fundadas em diagnósticos, não 'para a ocorrência'. Simplesmente disse tudo. O problema é que isso não dá votos, por isso fica de lado."

ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)

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Ambiente

"Acertou em cheio o editorial da Folha deste 1º/9. Realmente o meio ambiente da campanha presidencial de 2010 vai exigir da eventual candidata Marina Silva algo mais que o 'samba de uma nota só' apresentado pelo senador Cristovam Buarque em 2006. Provando que, por mais relevante que seja, um único tema não é suficiente para captar os milhões de votos necessários para governar o país. Marina deverá demonstrar que suas propostas para o Brasil abrangem todos os legítimos anseios e necessidades do povo brasileiro. Outro perigo será a candidata ceder à tentação de imitar Heloísa Helena naquele discurso revanchista que poucos conseguiam entender. Marina para presidente será um bom desafio ao marketing político."

ROBERTO JANUÁRIO (Campo Limpo Paulista, SP)

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Educação

"Não nos causou surpresa o artigo 'Acesso a um ensino superior de qualidade', assinado por Eduardo Wurzmann, publicado na coluna 'Tendências/Debates' desta Folha em 31 de agosto de 2009. Afinal, há mesmo muito a ser feito para melhorar as condições e o acesso ao ensino superior no país. Entretanto, ao contrário do afirmado, discordamos integralmente da solução apresentada pelo autor, uma vez que temos convicção de que o caminho para a transformação da educação no Brasil passa pela ampliação do investimento público na educação pública. Após a expansão descontrolada do ensino superior privado nos anos 90, quando proliferaram instituições sem nenhuma qualidade, que apenas contribuíram para multiplicar a quantidade de jovens iludidos, com a promessa de ascensão social graças à obtenção de um diploma de graduação, e para a precarização das condições de trabalho de professores e funcionários desses estabelecimentos, finalmente o governo brasileiro começou a tomar medidas para estancar tal processo e exigir garantia de qualidade nos cursos oferecidos pelas IES privadas.
O que o senhor Eduardo Wurzmann chama de 'legislação punitiva', adotada pelo Ministério da Educação (MEC), que constrange o crescimento do setor privado, a Contee chama de mecanismos mínimos de regulamentação da exploração privada da educação - um direito de todos os cidadãos brasileiros e um bem público. Regulamentação essa que ainda precisa avançar muito para que de fato seja capaz de garantir a qualidade esperada de uma boa formação em nível superior. A proposta do uso do FGTS como colateral para o financiamento do ensino superior privado é uma alternativa que só beneficia aos empresários do setor, que procuram mais uma vez obter vantagens e financiamento público para suas instituições - na maioria das vezes totalmente voltadas para a exploração mercantil do ensino, sem nenhum compromisso com a qualidade da educação ou com o desenvolvimento do país.
A Contee acredita que somente através do investimento e do fortalecimento da educação pública de qualidade e socialmente referenciada será possível garantir o acesso dos jovens brasileiros a um ensino superior de qualidade."

MADALENA GUASCO PEIXOTO, professora, coordenadora geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino - Contee (São Paulo, SP)

 
 

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