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17/11/2009 - 02h30

Rodoanel, obras públicas, igreja, 2010, bancos

da Folha Online

Rodoanel

"A queda do viaduto em construção no Rodoanel sobre a rodovia Régis Bittencourt é um fato gravíssimo e preocupante.
Antes de tudo, deveria ser feita uma criteriosa perícia e análise dos materiais usados na obra, preferencialmente por peritos e técnicos estrangeiros, sem vínculo com governos e/ou empreiteiras brasileiras.
Além disso, cabe uma profunda investigação para apurar se houve ou não interferência por parte do governo quanto ao ritmo da obra."

LOTARIO WESSLING, caminhoneiro (Venâncio Aires, RS)

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Obras públicas

"Acompanhando os últimos acontecimentos relativos a desmoronamentos ocorridos em obras públicas, tais como Rodoanel, Fura-fila, metrô etc., gostaria de acrescentar um aspecto que não tem sido abordado pelas matérias jornalísticas. Trata-se do processo de contratação de obras públicas a partir do que nós, técnicos do ramo, chamamos de 'projeto básico'.
Acredito que seria necessário refletirmos sobre o que vem a ser 'projeto básico'. Na área da arquitetura, é compreendido como uma das primeiras etapas do projeto, sendo elaborado somente quando se trata de obra pública, posto que no Brasil contratam-se obras públicas a partir de 'estimativa de custo e prazo de execução' (vide manual da ASBEA). É um projeto incompleto que deveria ser sucedido por um projeto executivo, contendo todo o detalhamento necessário para a boa execução das obras. Infelizmente, essa complementação fica sob responsabilidade da empresa contratada para sua execução.
O processo de contratação de obras a partir do 'projeto básico' é, de fato, a causa destes desvios ocorridos em obras públicas. É interessante notar que o capital privado jamais contrata a partir do 'projeto básico'; não porque a gestão privada seja melhor que a gestão pública mas, sim, porque a gestão pública depende de legislação antiquada e muito conveniente aos empreiteiros."

FRANCISCO SEGNINI JUNIOR, professor-doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

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Igreja

"O leitor José Galinaza ('Semana do Leitor', 15/11) responsabiliza a Inquisição e as lembranças medievais pela rejeição moderna ao catolicismo; talvez tenha razão.
Se somarmos à história os princípios atuais da Igreja Católica, que excomunga os divorciados, repele os meios anticoncepcionais, o sexo fora do casamento entre maiores, tem absurdo horror ao homossexualismo (isto é possível de se entender, considerando-se o que ocorre nos seminários) e condena, entre outras coisas, a masturbação, veremos que a vontade de queimar hereges não passou; o que passou foi a possibilidade de pôr em prática as perseguições físicas que vigiam na Idade Média. Ou alguém imagina que um país dominado por uma teocracia católica seria melhor, por exemplo, do que o Irã?
Tirem os crucifixos dos lugares públicos! As superstições ofendem o ensino, atacam a diversidade e turvam os olhos da Justiça. Além disso, o crucifixo é de péssimo gosto (relembra uma tortura hedionda do Império Romano) e fica ainda pior se tiver um homem seminu pregado a ele. Simboliza, outrossim, um absurdo teológico: sacrificar um Deus para remir pecados dos homens."

CARLOS ANTONIO ANSELMO GUIMARÃES (Curitiba, PR)

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2010

"Não sou político, mas fico envergonhado com a atitude do PMDB. Agora, diz querer lançar candidato próprio à Presidência da República, com intuito evidente de arrancar mais favores de Lula. A desculpa é que o partido teria sido acusado pelo PT de causar o apagão e, por isso, ficado magoado.
Ora, todo mundo sabe que o setor elétrico é comandado por Sarney (PMDB-AP), e um pouco de vergonha na cara não lhes cairia mal. Além disso, indicarão quem à Presidência? Michel Temer, o engavetador de projetos da Câmara?"

ANTONIO DO VALE (São Paulo, SP)

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Bancos

"O presidente Lula afirmou, em Roma, que com o dinheiro gasto pelos governos (leia-se EUA, em 1º lugar) para salvar bancos falidos, seria possível erradicar a fome no mundo. Isso o presidente diz lá fora, porque, aqui no Brasil, os bancos 'deitam e rolam' a seu bel-prazer sem que ele busque coibir, ao menos um pouco, os lucros mastodônticos dos banqueiros."

CONRADO DE PAULO (Bragança Paulista, SP)

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Arte

"A análise de Fabio Cypriano ('Dupla cria 'cosmética da pobreza'', Ilustrada, 16/11) sobre a exposição 'Vertigem', da dupla Osgêmeos, se apega a um aspecto secundário da obra para tecer críticas ao trabalho dos irmãos Pandolfo.
Como o próprio jornalista lembra no início do texto, a discussão sobre o fato de a arte de rua 'invadir' os museus ocorre desde a década de 70 e, em 2009, considerando a própria 'Vertigem' e as demais mostras que abrem espaço para este tipo de manifestação, parece ser uma coisa superada.
A impressão que se tem é que aqueles que fazem parte do circuito mais 'conservador' de arte veem este tipo de apropriação como um insulto à tradição burocrática e pomposa de certas exposições.
A obra d'Osgêmeos e de outros já transcendeu a questão levantada no início e é a consolidação das transformações pelas quais a arte sempre passou; só que esta representa a época em que ela está sendo criada.
Independentemente do gosto pessoal, o maior erro do jornalista, ao reduzir as obras à 'cosmética da pobreza' --ignorando um fato que ele mesmo cita no texto, o universo onírico criado pelos irmãos--, é deixar de analisar o que está exposto e simplesmente repetir um discurso que se arrasta desde os anos 70."

CESAR DE OLIVEIRA (Mogi das Cruzes, SP)

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Cuba

"Fiquei chocado ao ler na revista 'Veja' de 18/11 a reportagem 'Eu achei que não sairia viva', relatando o ocorrido com a cubana Yoani Sánchez.
Segundo a revista, a blogueira era conhecida por driblar a censura, e relata que 'Yoani caminhava pela av. dos Presidentes, em Havana, quando foi atacada por agentes da polícia política, sendo surrada dentro de um carro por três brutamontes. Diz ainda que pessoas que observaram a cena foram impedidas de prestar ajuda, com uma frase que resumia todo o pano de fundo ideológico da cena: 'Não se metam. Eles são contrarrevolucionários'.
A revista publicou o retrato de Yoani de muletas. Meu Deus, que atitude terrível e de extrema violência! É este o regime que impera em Cuba? Cadê o respeito aos direitos humanos?
Acho que nós, amantes da paz, devemos repudiar todo ato de violência e virar as costas para acusados de serem caudilhos, que tentam permanecer no poder pela força, seja quem for, além de reprovar quem os defende. Terrorismo jamais!"

NEY MACIEL BRABO (Santos, SP)

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Shimon Peres

"Impune e absolvido pela grande imprensa, circula pelo país o arquiteto de um dos mais repulsivos crimes perpetrados no Líbano, o massacre de Qana, durante a Operação Vinhas da Ira, em abril de 1996.
Convém lembrar que o sr. Shimon Peres preside uma nação que há mais de 60 anos põe em prática um hediondo genocídio contra o povo palestino, onde a segregação, o racismo, o terror, a usurpação, a dominação colonial e a mentira fazem parte do receituário sionista para a paz."

SAMYR AUAD (São Paulo, SP)

 
 

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