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19/01/2010 - 02h30

Haiti, direitos humanos, farra do boi, cerveja

da Folha Online

Haiti

"É muito triste ver a tragédia no Haiti. O terremoto não abalou apenas a infraestrutura do país, ceifou milhares de vidas e as esperanças do povo haitiano, que se estruturava após sucessivas ondas de crimes.
Neste momento de desolação, cabe aos órgãos internacionais amparar a população do país caribenho, papel que os militares brasileiros cumprem com destreza e solidariedade."

GUILHERME BURATTO DE LIMA (São Paulo, SP)

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"Quem é ou já foi pobre sabe que na hora do aperto é o vizinho ou amigo, também pobre, quem mais se dispõe a ajudar. Não sou petista, nem simpatizante, mas quero parabenizar o presidente Lula pela sua postura humanitária em relação ao sofrido e necessitado povo do Haiti."

HAROLDO LOPES (São Paulo, SP)

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"O artigo 'Haiti, que ajuda?' ( Mundo, 18/1), de Osmar Ribeiro Thomaz e Otávio Calegari Jorge, é o mais lúcido divulgado pela imprensa brasileira até agora. Conhecer a cultura de um povo não é para qualquer um. E, principalmente, reconhecer que em todos os lugares existe gente boa e interessada pelos destinos de seu país."

LUIZ ANTÔNIO ALVES (Caxias do Sul, RS)

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Direitos humanos

"O PNDH incluiu acertadamente entre as propostas a questão da descriminalização do aborto como parte da agenda nacional de direitos humanos, que servirá de diretriz para a elaboração de leis e políticas públicas.
Tal proposta é uma vitória para as mulheres brasileiras, pois é fruto de mobilização de setores da sociedade civil que participaram de diversas conferências municipais e estaduais até a Conferência Nacional de Direitos Humanos, que aconteceu em 2008. A proposta também está em consonância com as recomendações anteriores dos órgãos internacionais de proteção dos direitos humanos, como o Comitê de Direitos Econômicos Sociais e Culturais e o Comitê de Eliminação de Descriminação da Mulher.
Essa é uma questão de direitos humanos e de saúde pública. Sempre que houver uma situação de ameaça a direitos humanos o Estado deve se posicionar de forma a prevenir, proteger e cumprir com o acordado nos tratados internacionais dos quais é signatário. No caso do Brasil, o governo acertou ao propor a descriminalização do aborto, pois o Estado deve legislar a respeito e reformular a legislação vigente, que, além de arcaica --data de 1940-- não vem prevenindo a ocorrência de abortos inseguros no país, que gira em torno de um milhão por ano."

BEATRIZ GALLI, advogada de Ipas Brasil e membro do Cladem Brasil (São Paulo, SP)

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"Não entendo como se fala em direitos humanos com tanta hipocrisia. Enquanto se quer punir militares, temos um Senado que suga milhões do dinheiro de nossos impostos, que deveriam retornar ao povo mais carente e minimizar seu sofrimento, com escolas, hospitais, saneamento básico, entre tantas carências.
O presidente do Senado, José Sarney, terminou 2009 rindo do povo e deixando os Estados por onde fez sua carreira na penúria. Quando políticos são pegos cometendo crimes, os nossos juízes não vêm provas suficientes para puni-los. Mas se um pobre coitado pega uma margarina no supermercado, amarga anos de cadeia.
De qual direitos humanos este governo se refere, do revanchismo de uma minoria que se armou e também cometeu crimes? E a grande maioria, que nem se deu conta se havia ou não ditadura e trabalhou muito a recompensa, é um crediário de longo prazo para comprar um fogão para o barraco na favela, ou apenas um lugar embaixo da ponte."

FRANCISCO XAVIER FERNANDEZ (São Paulo, SP)

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"Que moral tem o sr. Paulo Vannuchi (ministro dos Direitos Humanos) para falar sobre direitos humanos se ele acha que pode matar uma inocente criança que está no ventre da mãe?
Que moral tem ainda para falar em punição dos militares que cometeram crime de tortura durante a ditadura se ele e sua turma foram, na época, terroristas dispostos a praticar crimes piores que os militares?
Viva os militares daquela época, que nos livraram de um regime sangrento como o de Fidel Castro."

SYLVÉRIO DEL GROSSI (Fernandópolis, SP)

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Farra do boi

"Como presidente da ONG Oipa Italia (Organizzazione Internazionale Protezione Animale), filiada à ONU, não posso deixar de registrar minha decepção e revolta com a atuação da Polícia Militar em atender recentemente uma ocorrência da farra do boi em Florianópolis, cidade cujas belezas naturais ficaram manchadas de sangue pelas mãos de quem deveria proteger a vítima, e não matá-la.
É chocante o despreparo de uma instituição --a polícia-- que há anos vem sendo chamada para coibir tal prática, mas age com total amadorismo, como se fosse a primeira vez. Será que nunca ouviram falar de rifles com dardos tranquilizantes?
Pelas fotos divulgadas na imprensa brasileira, percebe-se nitidamente os farristas assistindo à cena fatídica, e estranhamente nenhum deles foi preso. Por que não investigam quem são todos aqueles rostos, não os indiciam e o façam pagar pelo crime da prática infame, covarde e cruel que é a farra do boi? Por que será que todos os anos acontece a mesma coisa, ou seja, ninguém é preso em flagrante, quando os próprios farristas permanecem na cena do crime? Despreparo ou negligência pura da polícia? Para mim, é uma absoluta vergonha."

MASSIMO COMPAROTTO, presidente da OIPA Italia Onlus (Milão, Itália)

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Cerveja

"Recebi, via e-mail, o texto do sr. Rogério Cezar de Cerqueira Leite e, após lê-lo, fui buscar nas publicações anteriores (18/12 e 30/12) o entendimento de sua crítica.
Assim como o sr. Reichert, também sou formado em tecnologia cervejeira na Alemanha. Trabalhei por muitos anos na antiga Brahma e hoje tenho muito orgulho de ser microcervejeiro. Gostaria de participar desta discussão como o 'advogado do diabo' defendendo a cerveja brasileira.
Em primeiro lugar, quero esclarecer aos consumidores deste precioso líquido que a indústria brasileira de cervejas, seja ela multinacional ou artesanal, está entre as mais conceituadas do mundo. Salvo raríssimas exceções, são de altíssima qualidade.
É importante lembrar e fazer saber que o fato de uma cerveja ser extremamente suave, como dizem que o brasileiro gosta, não significa que ela não tenha qualidade. Como consumidor e apaixonado por cerveja, também sinto falta de cervejas com mais expressão e identidade, como tínhamos antigamente. Eram fantásticas.
A cerveja moderna é de massa, dever ter um custo adequado e uma rejeição baixíssima. É claro que não se trata de uma cerveja Pilsen tcheca ou uma bela Porter inglesa. A globalização também chegou à indústria cervejeira e a brasileira especialmente, atestando o que disse linhas acima, saiu na frente e deu um banho nas europeias e americanas. Isso é mérito e competência. É a velha lei da selva: 'Se eu não te comer, você me come' (vale lembrar que não fomos comidos!).
Quanto aos 'conservantes', quero lembrar que antioxidante e estabilizante não tem nada a ver com os conservantes (sorbatos e benzoatos) utilizados nos refrigerantes e sucos. Para aqueles que sentem falta de cervejas especiais, com suas características primitivas originais, restam as microcervejarias, que justamente estão se dedicando a este consumidor que ficou órfão.
A lupulagem de uma cerveja está diretamente ligada ao tipo de produto. O que determina seu valor é a quantidade de ácido alfa (potencial de amargor) e a fineza do seu aroma (óleos essenciais). Dizer que a cerveja nacional usa lúpulo de baixa qualidade está errado. Ela pode usar mais ou menos lúpulo, conforme sua conveniência. Quanto aos adjuntos, quero lembrar que na Bélgica, por exemplo, onde a lei de pureza alemã não vigora, encontramos excelentes cervejas produzidas com outros cereais, inclusive com polpas de frutas e especiarias, o que não tira seu brilho e qualidade!
Concluindo, acho apenas que a pequena indústria, aquela que hoje se preocupa com o consumidor diferenciado, que espera algo mais do que uma cerveja popular, seja prestigiada pelos governos estaduais e federais quanto a sua tributação, seguindo o belo exemplo do Estado de Santa Catarina."

REYNALDO FOGAGNOLLI, tecnólogo em cerveja e malte (Munique, Alemanha)

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Inspeção veicular

"Tenho um carro com placa de São Paulo que está com um filho em Brasília, sendo que não fizemos a inspeção veicular em 2009 porque o Distrito Federal não dispõe desse serviço. A informação que temos é trazer o carro para revisão, pois se isto não acontecer o mesmo não poderá ser licenciado em 2010. Por que não fazer um sistema itinerante? Dizem que são mais de 300 mil veículos que não fizeram suas respectivas revisões. É mais dinheiro para quem?"

WAGNER MILANELLO (São Paulo, SP)

*

"Achei muito interessante o artigo do sr. Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo ('Tendências/Debates', 18/1).
Porém, discordo quando ele diz que não é mais possível e principalmente desnecessário o reembolso da tarifa paga para a inspeção veicular. Já pagamos uma taxa absurda de impostos e estamos sobrecarregados, exauridos, além do limite. Não temos retorno algum por parte de nossos governantes, pagamos impostos e, ainda assim, temos que pagar planos de saúde, seguro do veículo, educação particular, transporte, inspeção veicular etc.
Chega de bancar dois Brasis, um funcional e outro feudal!"

MAURI ZANINI (São Paulo, SP)

 
 

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