Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
20/01/2010 - 02h30

Haiti, Brasil, aposentados, PSDB, Defensoria

da Folha Online

Haiti

"Apesar da tragédia humana, se existiu alguma coisa útil no terremoto do Haiti foi mostrar ao mundo que é a própria humanidade que está em ruínas. Enquanto as ditas potências mundiais brigam entre si para mostrar quem é o mais 'bonzinho', a população de Porto Príncipe continua passando fome. Poderíamos até dizer que é uma coisa típica de Terceiro Mundo se não tivesse ocorrido algo semelhante em Nova Orleans, após o furacão Katrina. Poderia ser porque ambas as cidades têm maioria negra, porque não são cidades do Oriente Médio e não têm petróleo, ou simplesmente porque a incompetência dos políticos do mundo todo é diretamente proporcional à propaganda que fazem de si próprios. O verdadeiro motivo não importa. O que importa é que, apesar de toda a tecnologia que nos rodeia, as nossas perspectivas de vida estão cada vez piores.
O terremoto do Haiti já provou a nossa incompetência para tratar de desastres naturais. Imaginemos, então, o que ocorrerá à humanidade se começarmos a enfrentar todos os problemas ambientais que os cientistas vêm nos alertando há anos e para os quais continuamos a dar de ombros.
Talvez os maias estejam certos e o mundo acabe mesmo em 2012. Mas não será por obra de tsunamis ou terremotos, mas por nossas próprias mãos."

LAURO NEY BATISTA (São José dos Campos, SP)

*

"Se fizermos uma retrospectiva da atuação dos governantes que dirigiram o Haiti nas últimas décadas, ficará evidente que é imprescindível uma fiscalização rigorosa em relação à dinheirama enviada por governos do mundo inteiro. Caso contrário, veremos, daqui há alguns anos, ex-presidentes do Haiti morando na Riviera Francesa ou nos Alpes suíços."

JOSÉ ROBERTO CASSIANO (São Paulo, SP)

*

"Pela foto da capa da Folha de S.Paulo de 19/1, onde estão 200 haitianos num avião americano rumo a Orlando, Flórida, dá para se notar que os acudidos foram escolhidos a dedo.
Muito bom, mas aparentemente os esfarrapados não foram privilegiados."

PEDRO FRANCISCO ESCAMES (Sorocaba, SP)

*

"O papel da ONU precisa ser revisto com urgência. Depois de dar ordens para que feridos fossem deixados à própria sorte, durante a noite, retirando os médicos que os atendiam na rua --se não fosse um médico americano ter se recusado a partir os teria condenado à morte--, a ONU novamente atenta contra os reais direitos humanos, retirando à força os bombeiros espanhóis que faziam o resgate de uma adolescente, alegando 'razões de segurança'. Pior ainda foi ter impedido que os bombeiros retornassem à área para tentar completar o resgate.
Alguém acredita que os haitianos atacariam bombeiros que faziam um salvamento? Com quem a ONU pensa estar lidando?"

MARIA CRISTINA DA ROCHA AZEVEDO (Florianópolis, SC)

-

Brasil e Haiti

"O jornalista Fernando de Barros e Silva ('No coração das trevas' fz1901201003.htm, Opinião, 19/1) colocou o dedo no tumor quando disse que 'bilhões de dólares transferidos ao Haiti nos anos 90 acabaram consumidos pela estrutura de ONGs'. Não tem sido diferente no Brasil. Nisso o PT e o PSDB são gêmeos: um com sindicatos e associações e o outro com organizações sociais e parcerias. Quem consegue mexer nisso?"

LUIZ GORNSTEIN (São Paulo, SP)

-

Aposentados do Banespa

"Queremos que todo mundo saiba! Somos quase 14 mil aposentados e pensionistas de um banco público do Brasil, que caiu nas mãos do grupo espanhol Santander. Nós, que temos direitos assegurados por leis de nosso país, estamos há cinco anos sem reajustes inflacionários em nossas aposentadorias e pensões, apesar do governo federal ter entregue ao Santander R$ 4 bilhões, ou seja, US$ 1,75 bilhões em Títulos Públicos do Tesouro Nacional, resultado de estudos atuariais para fazer face ao passivo trabalhista do qual fazemos parte. O Santander vem se apropriando indevidamente dos rendimentos desses títulos, na base do indexador inflacionário oficial mais 12% a.a, destinados aos reajustes dos idosos e viúvas e recomposição do fundo, respectivamente, chegando a acumular o montante atual de R$ 8 bilhões, originários de dinheiro público em seus cofres. Vítimas desse grupo desumano e cruel, mais de 500 colegas faleceram, amargurados pela injustiça sofrida e por saberem que deixariam, como herança, a insegurança e o sofrimento aos seus familiares. Portanto, indignados com o comportamento desses banqueiros inescrupulosos, vimos denunciar a toda comunidade internacional o que está acontecendo aqui no Brasil, onde, ao apoderar-se de parte de nossos salários, que poderiam ser gastos aqui no mercado interno, invariavelmente, enviam este montante desviado junto com seus fabulosos lucros para a Espanha."

SIDINEO CANTAZINI (Itápolis, SP)

-

PSDB

"Não estou entendendo! A oposição, o PSDB, quer a Presidência da República cobrando vários pedágios em São Paulo? Além de várias privatizações, sem limites. Que democracia é essa?
A população eleitoral deverá ficar atenta nas eleições 2010."

ANTONIO DE SOUZA D'AGRELLA (São Paulo, SP)

*

"Tem razão o leitor Alberto Haddad ('Painel do Leitor',18/1). São Paulo perdeu o Banespa, a Nossa Caixa, a Eletropaulo, a Cesp, a CPFL, a Fepasa e a Comgás.
Covas privatizou e aumentou pavorosamente as tarifas dos pedágios, entregou a segurança pública aos bandidos e destruiu a educação, pagando salários de fome aos professores, sem falar na tal 'progressão continuada' disfarçada de aprovação automática.
Esses tucanos..."

MARCELO CIOTI (Atibaia, SP)

-

Defensoria

"No artigo 'Defensoria Pública em SP: avanços e desafios' ('Tendências/Debates', 19/1), os defensores que o escrevem deixam de citar o trabalho realizado pela OAB/SP, que, através do convênio com a Defensoria, disponibiliza milhares de advogados para o atendimento da população carente.
Em Fernandópolis, o assistido é atendido na hora pela OAB e, em seguida, já tem o nome do advogado que vai lhe assistir. Portanto, o número de 'por habitante' da reportagem está bem defasado, pois eles não relacionaram os advogados conveniados de todo o Estado."

AER GOMES TRINDADE, advogado militante (Fernandópolis, SP)

-

Medicamentos

"Parabenizo a Folha de S.Paulo, os jornalistas Marcio Aith e Mariana Barbosa, Ana Paula Martinez, da SDE (Secretaria de Direito Econômico), e a juíza federal Marcia Maria Nunes. Orgulha-me ver brasileiros lutando e defendendo o fundamental direito de acesso aos medicamentos ('Governo quer barrar extensão de patente de medicamentos', Dinheiro, 17/1).
A reportagem retrata apenas a ponta do 'iceberg'. Devem esses agentes saberem mais das ações dessas empresas. Conhecendo o que as várias CPIs sobre medicamentos e indústria farmacêutica, realizadas no Congresso Nacional, relataram sobre suas práticas em nosso país. Como exemplo, posso citar a tentativa de aprovar o projeto de lei federal sobre 'patentes de segundo uso', um verdadeiro escárnio e desrespeito em relação à saúde pública brasileira.
Poderiam os notáveis jornalistas aprofundarem as investigações e informarem ao povo brasileiro os astronômicos lucros auferidos por estas empresas, desde o lançamento de um medicamento no mercado até a expiração da sua patente, pois o grande argumento para a defesa do direito de patente é o alto gasto com a pesquisa e o desenvolvimento de uma nova droga, hoje algo entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão.
Segundo a própria Folha, se o Lípitor faturou somente em 2008 US$ 12,7 bilhões, quanto a detentora da patente não faturou desde o seu lançamento no mercado mundial? Será que existe algo mais rentável do que isto? Esta é uma caixa-preta (quanto gastam e quanto faturam de fato) que ninguém ainda teve acesso, e que no dia que for aberta saberemos como nossos 'parceiros' comerciais são bonzinhos conosco, os brasileiros.
Parabéns Folha. Continuem nessa linha de investigação e informação. Os 'sem acesso a medicamentos', os aposentados e os portadores de doenças crônico-degenerativas agradecem."

JULIO CESAR GOMES DE OLIVEIRA, diretor da Fenafar --Federação Nacional dos Farmacêuticos e ALBA LYGIA BRINDEIRO, ex- presidente do Conselho Federal de Farmácia (João Pessoa, PB)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página