Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
29/03/2010 - 02h30

USP, Justiça, educação, DF, igreja, Pimenta Neves

da Folha Online

USP

"Pagante do ICMS, quero que o reitor da USP, doutor João Grandino Rodas, desembargador federal aposentado, em vez de nos formular perguntas ('Tendências/Debates', ontem), tome todas as providências cabíveis contra invasores, baderneiros e depredadores dos bens públicos."

ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP)

-

Justiça

"Li ontem que o presidente do STF, Gilmar Mendes, festeja a eliminação do estoque de processos graças à já célebre meta 2 --julgar até o final de 2009 todos os processos protocolados antes de 2006.
Sim, sim. Maravilha.
Em 1996, fiz o pedido de revisão do valor de minha aposentadoria. Em 2001, o processo foi para o Tribunal Regional Federal, em São Paulo. Hoje, 14 anos depois, o processo repousa placidamente com suas páginas amarelecidas e enrugadas sob os cuidados do juiz convocado Leonel Ferreira, da terceira turma. Já passou por vários relatores lá mesmo.
Daqui a dez anos, quando Gilmar Mendes continuar dizendo que a justiça (com minúscula inicial) vai bem, estarei no céu cantando hinos de louvor ao bom Deus por nos ter brindado com juízes capazes de afirmar coisas tão graciosas sem que ninguém lhes cobre eficiência, produção e produtividade."

JOSUÉ RODRIGUES SILVA MACHADO (São Paulo, SP)

*

"Em artigo publicado ontem, o ministro Gilmar Mendes exalta um 'futuro' Judiciário menos moroso e mais eficiente. Para que isso realmente aconteça é preciso que o ministro, como presidente do STF e do CNJ, volte seus olhos mais atentamente para o Poder Judiciário de São Paulo. Além de não cumprir a Meta 2, com menos de 45% dos processos julgados, o Judiciário paulista é, de longe, o mais moroso e mais resistente às mudanças necessárias. Há tempos abandonou sua força de trabalho à sua própria sorte, com mais de uma década, sem reajustes salariais. Abandonou também o plano de carreira dos servidores. Mas nada falta para juízes e desembargadores, que dobraram seus subsídios em 2008, além de carros, notebooks, auxílio-voto, auxílio-moradia etc. O TJ-SP não atende às requisições do Conselho Nacional de Justiça, simplesmente ignorando aquele recém-criado instrumento de controle do Judiciário. Ao passo que o CNJ age com firmeza contra outros tribunais, em SP parece ser condescendente, aceitando as negativas do tribunal em atender suas requisições. Haja vista o auxílio-moradia de juízes, que foi coibido pelo CNJ em Estados como Mato Grosso do Sul, mas corre solto em São Paulo, com denúncias e procedimentos administrativos no CNJ sendo empurrados com a barriga. Dois pesos e duas medidas?"

FÁBIO C. SERETTE, oficial de Justiça (Campinas, SP)

*

"Já que a Folha vem se dedicando a dizer que os juízes são 'privilegiados' por terem 60 dias de férias por ano, gostaria de esclarecer que o juiz Mauricio Fossen, responsável pela condução de todo o caso Nardoni, trabalhou na semana passada de segunda à quinta, das 9h às 21h (ou mais) e na sexta-feira até 1h sem receber um centavo por horas extras. E, além de tudo isso, recebeu normalmente todos os processos em trâmite na Vara do Júri, processos urgentes, prisões em flagrante e os analisou durante e fora do seu horário de expediente.
Posso afirmar com absoluta segurança que as férias dos magistrados não são um privilégio, e sim uma necessidade."

LUIZ ROGÉRIO M. DE OLIVEIRA, juiz (São Paulo, SP)

-

Educação

"O governo de São Paulo insiste em afirmar que a greve dos professores é um ato político, como se isso fosse desqualificar a ação de milhares de profissionais cansados da desvalorização sofrida ano após ano. Sim, a greve é política, feita por professores que votam em políticos de diversos partidos, inclusive do PSDB. Se não for um ato político, contra o descaso do governo do PSDB com a educação, contra os míseros R$ 4,00 de vale refeição, contra a falta de uma política educacional séria, contra o desrespeito a um dissídio anual, então é o quê? Um ato religioso? Que Deus então proteja nossos jovens e lhes prepare um futuro melhor, pois nós, professores, nada mais podemos fazer! Estamos jogando a toalha! O sucesso é todo do governador, e o fracasso é todo nosso."

FLÁVIA REGINA DO NASCIMENTO (Guarulhos, SP)

-

DF

"A política no Distrito Federal está totalmente contaminada. A cidade só vai recuperar a paz, o equilíbrio e a credibilidade quando for renovado o plantel dos eleitos. Apesar de contrariar muitos interesses particulares, só existe um meio de devolver a maturidade aos 50 anos de Brasília neste dia 21 de abril: com a honesta intervenção federal. É o presente que os pioneiros e os candangos merecem no seu aniversário. Serviria como mecanismo preventivo contra a corrupção e os conchavos políticos para acobertar interesses escusos e desejos pessoais inconfessáveis contra o erário."

JOÃO COELHO VÍTOLA (Brasília, DF)

-

Igreja

"O senhor João Pereira Coutinho se engana em sua defesa da igreja (Ilustrada, 23/3). A igreja como instituição deve ser acusada nos incontáveis casos de pedofilia de seus sacerdotes não porque haja ou não mais pedófilos entre os padres do que entre a população geral ou porque isso tenha a ver ou não com o celibato, mas sim porque o acobertamento, a proteção e o deslocamento dos acusados foi uma norma geral, adotada e repetida nos mais variados países ao longo de décadas, tratando-se, portanto, não de uma conduta individual de um eventual responsável, mas da instituição. E porque se trata de um comportamento inquestionavelmente criminoso, caracterizado pela cumplicidade com os perpetradores e pela obstrução da justiça."

LUIS DOLHNIKOFF (Florianópolis, SC)

-

Pimenta Neves

"Encerrado o midiático julgamento do caso Nardoni, a Justiça também poderia demonstrar a mesma eficiência e celeridade com o caso Pimenta Neves. Ao contrário do casal recém-julgado, trata-se de assassino confesso, que há dez anos fulminou, de forma covarde e sem permitir a mínima oportunidade de defesa, com um tiro na cabeça e outro nas costas, sua jovem namorada. No entanto, aguarda em liberdade até que se esgotem todos os recursos protelatórios, apenas porque não representaria perigo para a sociedade. Portanto, igualmente, trata-se de caso repugnante, que deveria merecer o mesmo tratamento dado ao caso Nardoni, evitando-se, assim, a criação de artifícios que levem à impunidade."

JANAINA YARA DE SOUZA M. GONÇALVES (Osasco, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página