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16/08/2010 - 02h30

Eleições, armas, televisão, Justiça

DE SÃO PAULO

Eleições

É lamentável que a eleição para o governo de São Paulo seja tratada como definida, impedindo o debate mais aprofundado de inúmeros pontos fracos no histórico do partido que tem governado São Paulo há duas décadas, muitas vezes com letargia e projetos assombrosos de tão amadores, como o que pretende pagar R$ 50 aos alunos com piores notas para ir às aulas de recuperação.
Mais grave é observar, nos fóruns de discussão na internet, que o que move os apoiadores da campanha do PSDB seja o preconceito e ideias como a superioridade dos paulistas em relação ao resto dos brasileiros. Esse "ethos" paulista foi retratado em textos como "Moradores de Higienópolis se mobilizam contra estação de metrô".

ALEX SANDRO REIS (São Paulo, SP)

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O foco na pessoalidade dos candidatos, descrito no artigo de Fernanda Torres, realmente pode induzir à escolha pelo "Uni, Duni, Tê". A perspectiva estrutural, com foco nas instituições, ajuda a decisão. Uma nação se move pela vontade de sua sociedade. Algumas vezes com mais rapidez, outras com mais acomodamento. Aos governantes cabe compreender estes anseios e dar-lhes encaminhamento sustentado. Devem fazer o melhor nas circunstâncias que os cercam. Exemplos claros foram o Plano Real, as privatizações, o Proer, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o lançamento dos programas sociais. Mudaram o rumo do país. O governo do presidente Lula teve a oportunidade ímpar, com o amplo apoio de que dispunha, de promover outra ações necessárias e difíceis, como as reformas educacional, política, eleitoral e tributária. Mas ela foi perdida, trocada por um projeto de continuidade no poder baseado em popularidade.

MARCO ANTONIO BANDEIRA (São Paulo, SP)

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Armas

Há tempos esperava por uma posição como a do secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança, Renato Sérgio de Lima ("Onze da noite é a hora da morte em SP", Cotidiano, 15/8), sobre o desarmamento da população como forma de reduzir o alto índice de violência por armas de fogo. Os índices de violência são infinitamente inferiores nos países com pouco trânsito de armas na população. O atual governo falhou vergonhosamente na campanha do desarmamento. Fez um plebiscito confuso, aceitou a pressão dos lobbies e ainda posa como quem fez alguma coisa.

FRANCISCO SPADONI (São Paulo, SP)

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Televisão

Parabéns pela reportagem "Pausa para o Grito".
É preciso dar um basta ao cinismo de publicitários e dos departamentos comerciais e operacionais de emissoras de TV em relação a suas antiquadas estratégias de persuasão. Impossível acompanhar a programação de um canal como Disney Channel ou Cartoon Network sem sobressaltos nos intervalos comerciais. Injusto com as crianças, inadequado bombardeamento sonoro com fins de propaganda.
Como negar algo amplamente percebido pelo público a ponto de tornar-se senso comum, piada? Felizmente, há aqueles que, com o apoio de metodologias científicas, combatem a poluição sonora em nossas mídias.

ROBERTO D'UGO JR. (São Paulo, SP)

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Justiça

É assustador o depoimento "Culpado por suspeita". A possibilidade de ter privado o direito mais essencial, a liberdade, por desvio ético de representantes da lei é pavorosa. A Constituição Federal, símbolo de um Estado democrático de Direito, sucumbe em sua aplicabilidade. Algumas autoridades públicas se sentem "donos do poder" violando direitos individuais e praticando crimes. Tudo isso toma proporções catastróficas quando uma mídia sensacionalista toma partido da notícia mais vendável ou se acovarda em enfrentar o submundo do poder da polícia, que parece contaminada ainda pelas práticas da ditadura.

EDUARDO ANDRADE (Belo Horizonte, MG)

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Educação

Prezado leitor Rodolpho P. Lima, concordo com suas observações sobre o nosso sistema educacional e a decadência do ensino público.
Só uma ressalva: o tal exame de admissão me traumatizou até hoje.
Junto com o último ano do primário, fiz o curso de admissão (pago com muito sacrifício por meu pai). Fiquei reprovada na fase oral do dito exame por 0,25 em história. Meu pai fez até promessa para Nossa Senhora da Penha, para a escola rever o meu caso.
Como havia sido reprovada (uma criança!) por menos de 0,5 no exame oral, me chamaram.
Entrei na sonhada escola publica (tive um ensino excelente até o antigo clássico).
Depois de passar no segundo vestibular, entrei na UFRJ.
E meu pai? Cardíaco, subiu os 365 degraus da igreja da Penha, acompanhado por mim.
Tudo passou, menos o trauma de ter sido rejeitada.

DULCE DE CASTRO MENEZES COSTA (São José dos Campos, SP)

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Futebol

Será que Kaká se acha herói, confessando tardiamente que jogou a Copa-2010 sem plena condição física? Ronaldo (fenômeno) também jogou a final de 1998 e a Copa-2006 sem condições. A irresponsabilidade é de todos: marqueteiros (que pressionam), técnicos (que não têm personalidade) e dos próprios jogadores (irresponsáveis). Ao fritar dos ovos, ficamos com as derrotas e os vexames, eles com o vil metal.'

VASCO PEREIRA DE OLIVEIRA (Sertãozinho, SP)

 
 

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