Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
18/08/2010 - 02h30

Eleições, diferenciada, educação, vacinas, crescimento

DA FOLHA.COM

Eleições

Como complemento ao artigo de Vladimir Safatle, parece que o temor político só vem se aliar ao descomprometimento e à volatilidade das propostas dos candidatos pífios que temos à disposição.

KAYRON BEVILÁQUA (Florianópolis, SC)

*

Além do presidente da República, todo governo federal está mobilizado para vigiar o candidato tucano à Presidência, José Serra, e pouco importa se mensagens ou notas oficiais contenham mentiras pequenas ou grandes. Também não importa se omitem dados negativos para o governo Lula --como a CEF sobre casas populares.
Por qual motivo o tucano está incomodando tanto os petistas e seus aliados?

JOSÉ CARLOS CRUZ (Osasco, SP)

-

Diferenciada

Como assídua leitora da Folha desde a minha juventude, deparei-me com a reportagem de James Cimino de 13/8. No texto, a psicóloga Guiomar Ferreira é entrevistada sobre o projeto de uma linha de metrô no nobre bairro de Higienópolis, onde mora. Ela é contra, mas fiquei pasma com sua justificativa de não querer que o seu bairro seja maculado com a presença de drogados e mendigos, essa gente diferenciada --como ela diz-- no entorno de uma estação de metrô.
A meu ver, ela, sendo uma psicóloga (não sei se exerce a profissão), os primeiros seriam seus pacientes em potencial, pois são pessoas necessitadas de apoio psicológico. Em relação aos mendigos, esses não se sabe por quais circunstâncias assim se tornaram.
Quanto à expressão "uma gente diferenciada", gostaria que a psicóloga definisse o que significa. Seria a origem, a cor, a profissão, a classe social ou o quê?
Para mim, essa forma de se expressar revela um enorme preconceito, o que não é próprio para uma profissional que trata justamente dos desajustamentos provocados pelo ambiente social tão conturbado em que vivemos.

ROZA MARIA MOURA SOARES, professora aposentada (Santo André, SP)

-

Educação

Mais uma vez a polarização de ideias empobrece o debate sobre a educação. A intenção de promover reflexão e debate sobre temas educacionais está posto como fundamental e não requer justificativas. A forma como isso se dá na reportagem "Guerras matemáticas" é que causa surpresa e contribui muito pouco para a ampliação do tema.
A importância do ensino da tabuada é consenso entre os professores da maioria das escolas, sejam elas tradicionais ou construtivistas. Essa polarização simplifica o problema e, além de desatualizada, não condiz com as preocupações dos educadores na maioria das escolas.
As questões que se colocam, e isso sim, caracteriza o ensino em escolas com diferentes abordagens educativas: qual a melhor forma para que os alunos aprendam tabuada? Quais são os conhecimentos que estão em jogo quando se trabalha a tabuada em sala de aula? Quais as questões conceituais envolvidas e qual a melhor maneira de favorecer essas aprendizagens? Em que momento o foco do ensino se coloca na compreensão de conceitos? Em que momento o foco está na memorização?
Sugerimos à Folha que aprofunde o tema, vá além do debate entre os acadêmicos e busque informações sobre o que acontece em diferentes escolas, publicando, assim, com propriedade, questões que se colocam no ensino atualmente.

LILIAN CEILE MARCIANO, coordenadora do núcleo de ensino de matemática da Escola da Vila (São Paulo, SP)

*

Lúcido e coerente o artigo "Insustentável leveza", de Laura Capriglione, ao criticar de forma contundente o chamado "vale-presente", isto é, R$ 50 a alunos que, em dificuldades com matemática, não faltassem a aulas de reforço.
Uma medida altamente eleitoreira --bem ao estilo tucano de governar-- e nos mesmos moldes da criação da escola de período integral às vésperas das eleições de 2006, que redundou num tremendo fracasso no Estado de São Paulo.
Tudo isso tem a ver com a "mesmice paulista", tema de editorial da Folha na mesma página. Que tédio!

GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

*

Infelizmente, tenho que concordar plenamente com o artigo de ontem de Laura Capriglione ("Insustentável leveza", Opinião, pág. A2). E acrescentar que vivemos uma realidade desumana de cárcere em ambientes de pouca produtividade. Voltamos à cartilha e sufocamos os grandes mestres e educadores.
Se a situação está ruim em matemática, a realidade em português no ensino médio é de alunos mal alfabetizados e poucos leitores fluentes; os professores estão cansados e doentes do espírito, sem alegria e sem forças para a coletividade.
Soma-se a desconstrução do Centro Educacional Unificado (CEU), do qual participei, como arte educador, de projetos multiplicadores em 2003, com iniciação a crianças de 6 a 14 anos, projetos somente neste ano retomados. Educação é muito mais do que números e planilhas.

FÁBIO FRANCÉ, professor da rede pública estadual desde 1993 (São Paulo, SP)

-

Vacinas

No dia 15/8 a Folha publicou a reportagem "Vacinas infantis precisam de incentivos", na qual Jimmy Carter e Kofi Annan, sem dúvida dotados de expressiva notoriedade, destacam a importância desses imunobiológicos, focalizam especialmente os benefícios para crianças e pedem que recursos públicos e privados não faltem.
Para mim foi divulgação elogiável, que permite salientar que o emprego de vacinas bem respaldadas cientificamente vem merecendo utilização destacada no Brasil, em virtude de louvável compreensão governamental, através do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e prontas ações por meio de campanhas, havendo ajuda dos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais e de suplementares serviços privados.
No item referente à prevenção de doenças, as vacinas ocupam o primeiro posto, a propósito da efetividade. As providências sensatamente dependem de avaliações epidemiológicas e disponibilidade de verbas. O PNI tem crescido destacadamente e o custeio é cada vez maior. Contribuem para o progresso assessorias dedicadas e competentes, como a específica do Comitê (PNI) e as das Sociedades Brasileiras de Imunizações e Pediatria. Neste campo por aqui estamos agindo de forma elogiável.
Por falar em campanhas, orgulho-me de saber que o Brasil é campeão mundial no que concerne à influenza. O vírus H1N1 encontrou adversário pujante.

VICENTE AMATO NETO, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (São Paulo, SP)

-

Crescimento

Leio e aprecio muito o que escreve o dr. Ives Gandra da Silva Martins. Mas, a meu ver, ele fez uma análise equivocada no artigo "2,92% x 2,9% do PIB mundial" .
A previsão pode estar correta, mas não se pode esquecer que o dr. Fernando Henrique Cardoso assumiu a Presidência com o Brasil sendo a 8ª economia mundial, e o entregou ao sucessor na 15ª posição. Lula não só recuperou a posição perdida pelo antecessor como está facilitando as coisas para que o seu sucessor --seja quem for-- possa avançar ainda mais na economia mundial.

TIAGO ANTUNES (São José do Rio Preto, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página