Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
12/10/2010 - 02h30

Eleições, religião, vôlei, Nobel

DE SÃO PAULO

Eleições

Dilma acusa Serra da boataria que circula na internet sobre as suas preferências sexuais. Não acredito nem que Serra lançou tal boato nem que Dilma mandou seus companheiros de partido quebrar o sigilo fiscal dos parentes de seu adversário.
A política brasileira, principalmente em véspera de eleição, sempre foi um jogo sujo de acusações e difamações pessoais. Os programas de governo e as inúmeras promessas vinculadas nos horários eleitorais soam tão falsos, são tão hipócritas e tão semelhantes que os partidários dos candidatos, procurando diferenciá-los, acabam partindo para os golpes baixos que sempre nos acostumamos a acompanhar.

VICTOR GERMANO PEREIRA (São Paulo, SP)

*

Desqualificar o outro é uma forma perversa de agressão. E assim agiu a campanha do candidato Serra, colocando uma mulher com jeito professoral dando um "pito" na candidata Dilma. Talvez isso fosse compreensível até numa relação filial. Mas como se trata de propaganda de uma plataforma de governo, podemos imaginar como nós mulheres seremos tratadas por esse candidato, caso ganhe o pleito. Registro meu repúdio.

ADRIANA GRAGNANI (São Paulo, SP)

*

A candidata Dilma diz que não é favorável à descriminalização do aborto, mas que quer tratar do aborto com assunto de saúde pública, não de polícia. Ótimo. É como se trata o alcoolismo e o tabagismo, como questões de saúde pública, não de polícia, uma vez que seu consumo não é crime. O crack é tratado como questão de saúde públicas e de polícia, uma vez que seu uso e vendas estão contidos no Código Penal. É a posição oficial da candidata. Mesmo perdendo votos entre extremistas religiosos ela não quer que o aborto seja tratado como crime. É bom saber.

CARLOS ANTONIO ANSELMO GUIMARÃES (Curitiba, PR)

*

A grande discussão entre os dois candidatos à Presidência da República é em torno da religião: quem é a favor ou contra o aborto. A situação é grave e, enquanto se discute isso, milhares de brasileiros estão desempregados, não por falta de empregos, mas de qualificação.
Os candidatos deveriam pensar em como proporcionar melhor educação e cultura aos nossos jovens, criando condições para boas escolas e bons professores, remunerados dignamente.
A riqueza e o progresso de um país dependem muito da sua força de trabalho, e o povo não poderá viver eternamente de esmolas. Se continuar essa onda assistencialista, metade da população que trabalha sustentará a outra metade que nada faz. Até quando?

ODILÉA MIGNON (Rio de Janeiro, RJ)

-

Religião

Temos visto de tudo nas eleições brasileiras, mas, para mim, é triste assistir ao PSDB de Mário Covas dar uma guinada ao que o professor Vladimir Safatle chama com muita propriedade de "República Fundamentalista Cristã".
Será que os eleitores do PSDB, aqueles defensores da modernidade até tempos atrás, estão satisfeitos com a campanha de seu candidato? Eu não.

VITOR MÁXIMO (São Paulo, SP)

*

Fiquei indignado com uma pessoa instruída como o Frei Betto escrever tamanha besteira preconceituosa.
Sou ateu, vegetariano e nunca fiz mal a ninguém. Por que essa mania das pessoas que dizem ter "Jesus no coração", de ficar tachando os ateus como pessoas ruins? Considero isso uma perseguição religiosa, digna de um processo judicial.

NEWTON CESAR MACEDO GUIMARÃES (Rio de Janeiro, RJ)

-

Vôlei

Quando Telê Santana não jogou com o regulamento embaixo do braço em 1982, quando só bastaria um empate para passar à outra fase, foi muito criticado por haver jogado no ataque. Quando a Ferrari faz jogo de equipe, sempre com a conivência de seus pilotos brasileiros, pouco leio de críticas mais contundentes lá da Itália, pois estão fazendo tudo dentro das regras e a plateia logo esquece na próxima corrida.
O que a seleção de vôlei, tricampeã mundial, fez foi jogar com o regulamento e ponto final.

AVELINO IGNACIO BUDU GARCIA (Jundiaí, SP)

-

Nobel

Felicitações pela relevante crítica do editorial "A pressão do Nobel". "Projetado" como um instrumento de ataque político, em defesa da democracia, a priori, o prêmio Nobel da paz deste ano para o chinês Liu Xiaobo, no país onde o capitalismo transnacional é selvagem, onde discordar do sistema é um ato intolerável, onde a liberdade de expressão é reprimida e onde estão confinados dezenas de milhares de presos políticos, contribui de maneira comovente, com o peso global atribuído à premiação, a renovarem-se as promissoras pressões das forças posicionadas contra as desigualdades, em promover o mínimo avanço que seja, mas contínuo com o objetivo de dilatar o suporte da democracia na China e no mundo.

RICARDO MONIZ BARRETO DE ARAGÃO (Rio de Janeiro, RJ)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página