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29/10/2010 - 02h30

Ficha Limpa, eleições, Casa Civil, Kirchner

DE SÃO PAULO

Ficha Limpa

O último julgamento pelo STF sobre os recursos contra a Lei da Ficha Limpa, terminando em empate, demonstra o quanto o STF é dividido. Portanto, extremamente dúbio em suas decisões.
Aqui no Brasil, além das contradições decorrentes das próprias leis, na maioria "garantistas" apenas para criminosos e não para a sociedade, o sistema de indicação dos ministros do STF e de outros órgãos superiores judiciários tornaram-se um grande erro. A começar pela escolha dos ministros do STF, que são meras indicações políticas, na maioria advogados amigos ou antigos defensores de criminosos de colarinho branco, aqueles que nem sequer são juízes de carreira.
Nesse último julgamento, o adágio "quem fala mais alto nem sempre tem a razão", se fez presente quando a tese do ministro Gilmar Mendes, em apaixonado e exaltado discurso, em poucas palavras foi derrubada pela manifestação do ministro Ayres Britto, ao dizer que "vida pregressa é vida passada; portanto, a Lei da Ficha Limpa era retroativa sim".

EDENILSON MEIRA (Itapetininga, SP)

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Eleições

A campanha eleitoral trouxe à baila questões dogmáticas, antigas e inéditas na era pós-ditadura: os preconceitos de classe --gente que não vota em quem investe em pobre--, as falsas dicotomias religiosas --a confundir Estado com Igreja-- etc.
Mas o que mais me choca é o preconceito sexista, e a Folha, lamentavelmente, joga lenha na fogueira dessa nova inquisição ao fazer a infeliz citação, em destaque, do desconhecido escritor Marcelo Mirisola, que caluniosamente insinua relação amorosa entre Dilma e Erenice (Eleições 2010, "corrida eleitoral", 25/10).
Lembro que nas eleições municipais de 2008 a Folha e articulistas desfraldaram a bandeira da ética ao reprimir supostas insinuações do QG de Marta Suplicy em relação ao candidato Kassab. São dois pesos de acordo com os interesses do jornal.
Agora, a Folha prepara a divulgação do processo da prisão de Dilma; antes das eleições, é claro! Ela, que foi julgada, presa e pagou pena ao Judiciário, poderá ser novamente oferecida aos leões pelo tribunal do terceiro poder: a imprensa, que se diz não ter lado.

WILLIAM THOMAZ WENDLING (Curitiba, PR)

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Escreveu pouco, mas escreveu o suficiente o último gênio brasileiro vivo, Oscar Niemeyer . Sintetizou o que vai pela cabeça do brasileiro simples, dentre outros temas: o medo de que retorne um governo distante do povo, sem qualquer viés de nacionalismo, por mais anacrônico que pareça o termo à pretensa elite PSDB/DEM.

SÉRGIO FERREIRA (Sete Lagoas, MG)

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Casa Civil

Tenho acompanhado, pela imprensa, os acontecimentos na Casa Civil da Presidência da República desde os primeiros tempos de Lula. A impressão que fica é a de que Zé Dirceu, Dilma e Erenice não participaram de um concurso de delinquência, mas que os três se portaram como soldados diante de uma missão estratégica determinada pelo comando geral.
Por isso, ao que parece, quem quer que seja designado, se for um companheiro fiel, leal e competente, agirá, sempre, da mesma forma.

DECIO ANTONIO DE GOUVÊA PEDROSO (Mauá, SP)

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Kirchner

A Folha retorna a seu melhor jornalismo com os artigos de Janio de Freitas e Clóvis Rossi sobre a morte do ex-presidente Néstor Kirchner e a situação na Argentina, que vinha sendo enfocada de forma por demais tendenciosa em reportagens anteriores.
A novíssima geração de jornalistas da Folha teria muito a aprender com eles, se não se alinhasse automaticamente a uma das posições em disputa na Argentina e ouvisse outros pontos de vista, como se observa na entrevista com o jornalista e escritor Horacio Verbitsky .

DANIEL REVAH (São Paulo, SP)

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Saúde

A morte do sr. Vilmar Camargo dos Santos em frente ao PS da Barra Funda escancara a profunda falta de respeito dos governantes deste país aos valores básicos da vida e a falta de humanidade com que este país é regido.
É revoltante ver um caso desse ocorrer na nossa frente, enquanto candidatos a Presidência, seus assessores e o presidente do Brasil ficam trocando agressões e baixarias na luta desenfreada por poder.
Infelizmente está cada vez mais frustrante ser brasileiro.

DANIEL VON SIMSON (São Paulo, SP)

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Genéricos

Sobre o artigo "Genéricos e outros mistérios" , parabenizamos o eminente físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite pela importante contribuição no esclarecimento acerca dos "bastidores" da implantação da política de medicamentos genéricos no Brasil, diante de tanta falácia apregoada pelo candidato tucano à Presidência da República, que intitula-se indevidamente "Pai do Genérico".

RILKE NOVATO PÚBLIO, vice-presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e diretor do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais --Sinfarmig (Belo Horizonte, MG)

*

É patética a jactância do sr. Rogério Cezar de Cerqueira Leite em seu artigo sobre genéricos. Numa posição messiânica, considera o projeto de genéricos como sendo da sua inventiva lavra e fala de coisas que ignora, tratando assim os seus leitores.
O programa brasileiro de Aids não é e nunca foi o "mais completo e dispendioso programa de apoio aos doentes de todo o planeta". E lança discussões levianas como se os recursos usados nesse programa tivessem sido desviados do saneamento básico pelo então ministro José Serra, como se saneamento básico estivesse ligado ao Ministério da Saúde!
O então Programa Nacional de DST e Aids do MS salvou a vida de milhares de brasileiros e permitiu a continuidade do acompanhamento e tratamento, não mais caro que o custo de cirurgias cardiovasculares, hemodiálise ou quimioterapia oncológica; todos absolutamente necessários.
Se o presidente Sarney (que criou o programa de Aids) não tivesse tomado essa decisão nos anos 80 e seguido por Itamar, FHC e Lula, teríamos hoje na quase totalidade dos leitos hospitalares ocupados por pacientes com Aids e uma população soropositiva tão grande quanto de países africanos. Não é assim porque cuidamos disso no passado e o custo de manutenção do programa é muitíssimo mais barato que deixar o país se transformar numa imensa enfermaria de vítimas do HIV.

HERCULANO KELLES, médico (Belo Horizonte, MG)

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Rodeio de gordas

Ao ler a notícia sobre a "brincadeira" criada por alunos que estavam participando dos Jogos InterUnesp 2010 em Araraquara, denominado por eles de "rodeio de gordas", no qual simulavam uma situação de rodeio com alunas consideradas gordas, fiquei chocado. Mesmo considerando que o evento tenha reunido cerca de 15 mil universitários e o fato ocorrido tenha envolvido um número menor de "universitários", não pude deixar de lembrar do período que vivenciei a vida unespiana como estudante de ciências sociais do campus de Marília, inclusive participando de um torneio esportivo entre estudantes de todos os campi da Unesp. Neste período (anos 1980) realizávamos uma série de eventos, porém sempre pautados por um forte sentimento de solidariedade.
Como professor há mais de 20 anos, tenho percebido in loco as mudanças nos padrões de comportamento social. Infelizmente, fatos como este retratam uma sociedade cada vez mais individualizada, na qual a família vem deixando de cumprir seu papel de ajudar a criar seus filhos para a vida em coletividade.
Finalizando, pergunto como ex-dirigente estudantil, o que as entidades estão fazendo para coibir esse tipo de evento?

ERNESTO KENSHI CARVALHO MAEDA (Sorocaba, SP)

 
 

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