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04/01/2011 - 02h30

Dilma, Erenice, Código Florestal, Hamas, Battisti

DE SÃO PAULO

Dilma

Gostei muito do discurso de posse de Dilma Rousseff, mas o que mais me comoveu foi ela dizer que se preocupará em valorizar os professores, nossas crianças e jovens. Bons professores formam bons alunos. O que, consequentemente, melhora o nível do país no presente e no futuro. Esse é o caminho!

FERNANDA SFORCIN (São Paulo, SP)

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A posse da presidente Dilma motivou as comemorações por parte de seus correligionários e as observações de alguns adversários, levando em consideração o papel que o presidente que deixou o cargo vai exercer no futuro governo. São comentários que omitem o fato de que ele integra um esquema que está no poder há oito anos, e sua interferência por certo vai ser a de um militante desse esquema, que há vários anos estava articulado para ocupar o comando do país. Isso leva a algumas considerações.
Em primeiro lugar, quem apoia o governo tem de estar mobilizado não para aceitar imposições, mas para cobrar a implementação das propostas coletivas e não pessoais ou corporativas.
Quem é contrário tem de apresentar argumentos que justifiquem os seus pontos de vista. Isso é fazer política em alto nível e proporcionar debates e discussões que evoluam para a elevação do conceito do Brasil no campo internacional. Não podemos ficar sujeitos a ações isoladas e que diminuem o nosso conceito, inclusive num cenário mais amplo. É uma questão que atinge todos os segmentos sociais.

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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Quero apelar aos meios de comunicação em geral e aos formadores de opinião em particular para que deem um voto de confiança à presidente Dilma. Minha opinião é que ela, em sua histórica posse, demonstrou inteligência, coragem e sensibilidade, com personalidade forte e independente.
Vários fatos comprovam isso. Manteve sempre a simplicidade e a clareza de comunicação, sem tergiversar ou apelar para a demagogia ou populismo. Respeitou o protocolo de forma justa e despretensiosa, dignificando o cargo que assumiu. Não teve medo de abordar assuntos delicados, como sua participação na Revolução de 64. Colocou em pauta reformas importantes, mas não mencionou o faraônico projeto do trem-bala. Foi corajosa ao revelar seu amor à pátria, beijando a bandeira nacional. Teve sensibilidade ao reverenciar os que tombaram na defesa da liberdade e dizer que não guarda mágoas ou rancores daquele triste período.
Disseram na Rede Globo que ela iria trocar o vestido branco por um vermelho. Não o fez, demonstrando querer evitar o sectarismo partidário e buscar a união. Foi muito clara ao oferecer a mão a todos, inclusive à oposição, pedindo apoio por um Brasil melhor.
Por tudo isso, peço uma trégua e um voto de confiança. Acho que Dilma Rousseff iniciou bem seu mandato, dando uma mensagem de alto nível com propostas e desejos de que o Brasil precisa. Creio que, enquanto mantiver essa linha, ela merece nosso apoio.

SILVANO CORRÊA (São Paulo, SP)

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A presidente Dilma Rousseff promete governar para todos e proteger os mais fracos. A promessa não traz nada de extraordinário, mas ganha repercussão porque, infelizmente, tem sido comum governantes realizarem administrações voltadas aos seus seguidores e apaniguados, deixando a população à margem do processo.
Dilma, pelo seu passado, por certo não quer perder a grande oportunidade que a vida lhe dá para promover as mudanças de que o país necessita ou, pelo menos, as que estejam na sua cabeça. E todos os que tentarem impedi-la merecerão a mais severa censura popular.
Cabe à oposição, integrada pelos que perderam a eleição majoritária, fiscalizar os atos do Executivo através dos senadores, deputados (federais e estaduais) e vereadores. Mas deve ser uma oposição justa e conscientes, cônscia de que, além do adversário político hoje no governo, há toda uma população à espera de governos e serviços públicos. Inviabilizar o governo é fazer o povo sofrer.

DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, dirigente da Aspomil --Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo (São Paulo, SP)

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Erenice

Com a presença da sra. Erenice Guerra entre os convidados especiais na posse da presidente Dilma Rousseff, e fazendo questão de cumprimentar a nova chefe de governo para que ficasse registrada sua presença, fica uma dúvida no ar: será que a nova presidente, contradizendo o seu discurso de que em seu governo "não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito", continuará passando a mão na cabeça de companheiros flagrados em corrupção, como sempre fez seu antecessor?

ANTONIO AUGUSTO DE CASTRO OLIVEIRA (Osasco, SP)

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Código Florestal

Interessante o artigo "Proteção florestal entre passado e futuro", de Ana Maria de Oliveira Nusdeo, pois aponta uma questão que considero vital na regulamentação do Código Florestal, as chamadas Áreas de Preservação Permanentes (APPs): rios, relevo, tipo de solo, histórico de ocupação, biomas, processos ecológicos, paisagens. Tudo é muito diverso nesse país-continente, e parece que já há consenso nos meios acadêmicos de que leis de proteção florestal devam levar essa diversidade em conta, para que sejam ambientalmente efetivas, economicamente justas e de aplicação viável.
Com relação ao Código Florestal, a opção de uniformizar APPs não funcionou, o que na prática a torna uma lei inócua, e, quando se tentou torná-la efetiva, vimos a reação de ampla parcela de produtores rurais em movimento de contestação que resultou no parecer do deputado Aldo Rabelo.
A opção mais evidente, de facultar aos Estados a regulamentação das APPs de acordo com suas características ambientais, sociais e econômicas, não prospera pelo temor --fundamentado-- de que Estados sucumbam a interesses econômicos em detrimento da conservação florestal.
Outra opção seria o poder federal regular, discricionariamente, as diferentes situações de APPs em cada Estado, ou em cada região do país, cenário difícil de concretizar, uma vez que parecem faltar os recursos humanos e operacionais necessários na esfera federal para um trabalho dessa magnitude.
Então talvez pudéssemos adotar outro procedimento, solicitando aos Estados essa tarefa, cabendo à União definir a metodologia de trabalho e aprovar o produto final. Caso os Estados abdicassem dessa tarefa, ou não a realizassem no prazo arbitrado, vigoraria a regra atual.

LUIZ ROBERTO NUMA DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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Hamas

Parabéns à Folha por mostrar a verdadeira face do Hamas . A paz na região tem no grupo terrorista apoiado pelo Irã o maior entrave. O novo Itamaraty tem a chance de verdadeiramente ajudar Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, a combater o radicalismo desse grupo que, em seu estatuto, prega a destruição de Israel e a criação de um califado internacional.

PAULO DE TARSO GUIMARÃES (São Paulo, SP)

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Battisti

Salvatore Cacciola não é um terrorista. Ao que consta é apenas um criminoso comum de dupla nacionalidade. Mas os tratados de extradição entre países valem também, e sobretudo, para criminosos comuns. Então uma pergunta: por qual motivo o governo italiano de Silvio Berlusconi ignorou por sete anos seguidos o pedido do governo brasileiro de extraditar Cacciola? Se não tivesse cometido o erro de botar o nariz fora da Itália para passar um final de semana em Montecarlo, Cacciola jamais teria sido entregue à Justiça brasileira. O caso Battisti não terá sido, portanto, uma represália brasileira à indiferença italiana?

FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)

 
 

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