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12/04/2011 - 02h30

Massacre no Rio, mulheres árabes, ciência, orquestra, Líbia, política

DE SÃO PAULO

Massacre no Rio

Até quando a imprensa vai continuar divulgando o nome e a foto do assassino da escola do Rio de Janeiro? Algumas reflexões e ações devem ser imediatamente colocadas em prática no lamentável e triste episódio. É preciso pensar que há muitas pessoas doentes e violentas que querem ver seus nomes estampados nos jornais e TVs do país e do mundo. O assassino de Realengo conseguiu a notoriedade. Seu nome e sua foto estão em todos os veículos de comunicação. Outros podem querer o mesmo. Sugiro que, em casos como esse, a imprensa não divulgue os dados desses marginais. Não ofereçam a eles a sensação de que serão vistos e comentados e, pior, lembrados no futuro.

MARCELO SMANIOTTO (Curitiba, PR)

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Diferentes tipos de homenagens --flores, cartazes, nomes de vítimas e outras manifestações-- apenas nos deixam muito tristes e ainda mais medrosos. A sociedade deverá mudar o foco, pressionando e exigindo do governo leis duras e que sejam aplicadas com rapidez. Diminuir privilégios de bandidos, processos e condenações com maior rapidez e que todos os criminosos sejam punidos de forma exemplar.
Será que, com leis mais rígidas e condenações rápidas, as mentes de psicopatas não seriam alertadas, evitando-se tragédias como a do Rio?

CARLOS GUSTAVO FIORINI (Santa Cruz das Palmeiras, SP)

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Mulheres árabes

Li o artigo "A primavera também é das mulheres árabes" ("Tendências/Debates", 11/4) e fiquei estarrecida. Qual seria o seu objetivo? De onde as autoras deduziram que as mulheres árabes também fizeram a tal primavera e obtiveram sucesso? Como concluíram que nem todas as mulheres árabes não são obrigadas a usar véus e cobrir os cabelos?
Não obstante os costumes tribais ainda imperarem, e o proselitismo também, não adianta escrever artigos tentando fingir que houve agora uma "primavera" e que o islã modernizou-se como que por milagre.

DENISE S. FERREIRA (São Paulo, SP)

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Ciência e religião

Discordo da opinião do leitor Alan Pires Ferreira ("Painel do Leitor", 11/4) sobre artigo de Marcelo Gleiser ("Contra as formas de dogmatismo", Ciência, 10/4). Gleiser apenas reconheceu que tanto a ciência quanto a religião tentam dar respostas às perguntas sobre o que nos cerca e o seu funcionamento. Entretanto as respostas da ciência são sempre provisórias porque é assim que o conhecimento científico avança. Já as respostas da religião são dogmáticas, pretendem ser respostas válidas para todos os tempos e lugares, e a crença nelas não depende do uso da razão.
Fé e razão não podem conversar, porque organizam-se sobre fundamentos epistemológicos muito diferentes. O leitor exagera, e muito, ao chamar Marcelo Gleiser de "fundamentalista bíblico"! No mais, a fé nos deu quase toda a arte ocidental, na pintura e na música principalmente, mas também a Inquisição, o domínio sobre corpos e mentes, o antissemitismo, a aliança entre a Igreja Católica e o poder...

HERBERT LUIZ BRAGA FERREIRA (Manaus, AM)

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Concordo com o leitor Alan Pires Ferreira ("Painel do Leitor", 11/4) em suas considerações sobre artigo de Marcelo Gleiser ("Contra as formas de dogmatismo", Ciência, 10/4). Mas não diria que ele é "fundamentalista bíblico".
A julgar pelas suas últimas colunas, no entanto, Gleiser está a um passo da conversão religiosa. É lamentável que um cientista equipare misticismo com ciência. Tudo indica que, em seus próximos textos, o iminente ex-agnóstico passará a afirmar a existência de Deus.

MARCO ANTONIO SALLES (Mauá, SP)

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Orquestra

Gostaria de dizer ao maestro Roberto Minczuk que ele não está sozinho ("O solo do maestro", Ilustríssima, 10/4). A crise que a OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira) passa deve-se a nada menos que o ataque de estrelismo de seus músicos, mais preocupados em se hospedar em hotéis cinco estrelas do que com a perfeição técnica. É necessário testar os músicos, romper com o comodismo e buscar a excelência, tal como fazem orquestras de nível internacional, como a Filarmônica de Berlim. Se nossa orquestra fosse cinco estrelas, estaria brilhando entre as dez melhores do mundo.

OLGA SCHERER (Uberaba, MG)

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Líbia

O artigo de Luiz Carlos Bresser-Pereira "Vamos fazer guerra a todos eles?" (Mundo, 10/4) é muito objetivo e esclarecedor. É rara tal lucidez na imprensa a respeito da guerra na Líbia. Bresser-Pereira define com precisão o neocolonialismo.
Além disso, é coerente quando aponta a seletividade exercida pelas grandes potências em suas relações com ditadores: omissão e apoio aos ditadores "amigos", e bombas e mísseis sobre ditadores nacionalistas.
O argumento de "proteção à população civil", conforme conclui o autor, é apenas uma cortina de fumaça para encobrir os interesses econômicos ameaçados. Nesse cenário, o Brasil fez muito bem ao se abster na votação da ONU que deu permissão ao ataque à Líbia.

DAGMAR ZIBAS (São Paulo, SP)

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Política

O "possível" na política é a mãe de toda balburdia que acontece no Brasil. Leis injustas, impraticáveis, ditadas pelos políticos de plantão para servirem a eles mesmos, mas que não sobrevivem por muito tempo. Lei boa é a lei que se perpetua. A reforma política está fadada a ser mais uma balburdia do que uma lei para ficar na história.

FRANZ JOSEF HILDINGER (Praia Grande, SP)

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