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27/04/2011 - 02h30

Senado, sacola plástica, Itaipu, WikiLeaks, véus

DE SÃO PAULO

Senado

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) só faltou dar uma porrada num repórter da rádio Bandeirantes quando perguntado se ele abriria mão de sua aposentadoria como ex-governador, aposentadoria que recebia e que foi revogada pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Tomou o gravador do repórter e, depois de deletar a entrevista, o devolveu sem o cartão de memória. O jornalista tentou dar queixa na Polícia Legislativa, que se recusou a fazer registro da ocorrência (Poder, 26/4).
Certamente o povo brasileiro gostaria de saber o que levou o senador a ficar com o cartão de memória. Um desvio de conduta inaceitável para qualquer parlamentar, principalmente para aquele que, como o sr. Requião, vive do poder há mais de três décadas.

LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

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Sacola plástica

Discordo da opinião do leitor Jaime Manuel da Costa Ferreira ("Painel do Leitor", 26/4). Se os supermercados pararem de fornecer sacolas plásticas, compre mais sacos de lixo para colocar os dejetos dos animais de estimação.
Além de possuir vários tamanhos e terem preços acessíveis, os sacos de lixo são próprios para sustentar a ação de chuvas ou outros incovenientes. E, de mais a mais, eu, que não possuo animal de estimação, não posso consentir que o ambiente sofra agressões por causa disso.

FABRICIO HARKET (São Carlos, SP)

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Itaipu

A senadora Gleisi Hoffmann equivoca-se ao afirmar que "o Brasil está pagando preço abaixo da média de mercado pela energia paraguaia, mesmo com o reajuste" ("Tendências/Debates", 26/4). O Tratado de Itaipu foi negociado entre os Congressos do Brasil e do Paraguai para chegar a um arranjo justo e factível.
Não faz sentido falar em "preço de mercado" porque a tarifa de Itaipu foi modelada para cobrir os custos do financiamento para sua construção. Aliás, nem havia "mercado" nos idos de 1970/80, época em que os brasileiros assumiram nas suas contas de luz os altos custos da construção da usina sem que o Paraguai reivindicasse "preços de mercado".
O reajuste que a senadora defende não se refere ao preço da energia de Itaipu, mas a uma fonte extra de recursos para o Paraguai, a chamada "remuneração por cessão de energia". Trata-se, sim, de caridade injustificável com o Paraguai e de muita falta de inteligência brasileira.

CLAUDIO J.D. SALES, diretor-presidente do Instituto Acende Brasil (São Paulo, SP)

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O texto escrito pela senadora Gleisi Hoffmann ("Tendências/Debates", 26/4) ignora alguns aspectos importantes na relaçao Brasil-Paraguai que ela, como senadora do Paraná, não poderia se esquecer.
O gargalo comercial existente na fronteira de Foz do Iguaçu com Ciudad del Este é extremamente prejudicial ao Brasil. Em que pese a fiscalizaçao da Receita Federal e da Polícia Federal, todos os dias milhares de produtos ingressam em nosso país sem o devido recolhimento do imposto de importação, alimentando, entre outros, o setor de tecnologia e informática. O governo paraguaio sempre foi omisso, e incentiva a entrada de brasileiros no país vizinho. Mesmo antes do Mercosul, os brasileiros circulavam naquela região sem nenhum tipo de exigência.
As alegações da senadora são pautadas em ilações não baseadas em fatos concretos. Antes de distribuir recursos pensando no aspecto social de nossos vizinhos, o Brasil deveria pensar em uma forma de fornecer, ao menos, um serviço de saúde digno [aos seus cidadãos]. Assim, não posso concordar com revisões abruptas de contratos com um país pouco representativo em nossa balança comercial e que ainda gera milhões de reais em prejuízo fazendo vista grossa ao comércio realizado em sua fronteira com o Brasil.

RODRIGO NEGRÃO PONTARA (Indaiatuba, SP)

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WikiLeaks

Em relação ao artigo bastante oportuno de Joaquim Falcão "Estados Unidos versus WikiLeaks" ("Tendências/Debates", 25/4), fica a reflexão: se algo deve ser escondido, ou seja, se o segredo é necessário, é porque alguém precisa ser enganado.
O caso WikiLeaks revela a base da diplomacia mundial reinante até hoje: a enganação. Os enganados somos todos nós, a população mundial. É preciso construir novas bases para uma nova diplomacia.

CRISTINA DUARTE MURTA (Belo Horizonte, MG)

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Véus

A proibição do uso da burca e do niqab na França tem gerando inúmeras polêmicas ("A burca", Ilustrada, 25/4). Os argumentos dos franceses são absurdos, pois as mulheres que usam esses véus seguem a religião islâmica, que as "obriga" a isso. A lei é um pouco estranha e um tanto xenófoba. Suponhamos que existisse uma lei proibindo a população de utilizar um determinado tipo de roupa; é a mesma coisa.
A burca e o niqab para essas mulheres são acessórios religiosos. Talvez fosse estranho para a mulher islâmica não utilizar esses acessórios. Os islâmicos podem se sentir reprimidos com essa lei, pois isso seria uma maneira do governo, da sociedade em si, ocultar a identidade islâmica. Essa lei também vai contra um dos princípios franceses, um princípio iluminista, o da liberdade.

PAOLA CARDINALE FRANCESCHI (Curitiba, PR)

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Na França --país onde o lema é liberdade, igualdade e fraternidade--, onde estão a liberdade e a igualdade? O governo francês diz que a lei que proíbe o uso da burca e do niqab foi feita para a segurança nacional.
Alguns países hoje em dia estão tentando ser laicos, a França é um deles. Mas não é justa a repressão das tradições islâmicas no país. Se todos são iguais perante a lei, todos têm o direito de praticar sua religião, seja ela qual for.
Alguns dizem que essa lei tem relação com a xenofobia, mas se fosse xenofobia, não seria bem mais fácil proibir a entrada de estrangeiros no país? A aprovação dessa lei gera várias discussões e questionamentos, mas a pergunta principal é: será que é justo um país tão desenvolvido privar uma religião de seguir seus costumes?

PAULO CARNEIRO DA SILVA JUNIOR (Curitiba, PR)

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