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04/06/2011 - 02h30

Antonio Palocci, governo Dilma, ditadura, Palestina, FHC

DE SÃO PAULO

Palocci

Longe de mim ser defensor do ministro Antonio Palocci, não sou do seu partido ou de nenhum outro, sou apenas mais um leitor assíduo desta Folha que, como muitos outros, está com ressaca do assunto "enriquecimento ilícito do ministro Palocci". Será ele o único?
Acho que a exploração do assunto pela mídia e por nossos "nobres e atarefados políticos" já passou dos limites. Casos como esse deveriam ser tratados apenas pelos órgãos competentes de cada área (Receita Federal, se houve dano aos cofres públicos, e Polícia Federal, ou quem de direito, que investigaria o conteúdo das consultorias), se verificada a sonegação de impostos ou o privilégio de informações, com vantagens aos contratantes do serviço.

LUIZ VIDIGAL (Belo Horizonte, MG)

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Governo Dilma

O noticiário político dá conta das dificuldades que a presidenta Dilma Rousseff vem enfrentando no relacionamento com parlamentares dos partidos que integram a base de sustentação do governo (Poder, 1º/6). Nenhuma surpresa. Era previsível essa situação momentânea, em função da seriedade, do elevado espírito público e da qualificação técnica da presidenta, que não se coadunam com o fisiologismo exacerbado da maioria dos deputados e dos senadores supostamente aliados do seu governo.
Esse comportamento lamentável, que não visa ao bem comum, ficou patente por ocasião da discussão e votação do Código Florestal na Câmara, quando o governo e o país sofreram severa derrota, que, se não for revertida no Senado, terá repercussão negativa internacional, com prejuízos econômicos, além de afetar as futuras gerações pelos danos ao meio ambiente, certamente irreversíveis.
O quadro, no entanto, não é de crise institucional nem de vazio político, como vem sendo alardeado por articulistas e editorialistas de alguns órgãos da imprensa, configurando, a meu ver, fatos episódicos próprios de administração que se inicia. Com a intensificação do diálogo e menor apetite por cargos e funções, as peças da engrenagem política irão se ajustando.

LÚCIO FLÁVIO V. LIMA (Brasília, DF)

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Ditadura

Fui preso político e sou anistiado. Fiquei 11 dias preso naquela "casa de horrores" chamada DOI-Codi. A própria sigla já foi concebida para transmitir terror e intimidar as pessoas.
Falar que ali não havia tortura é tão absurdo quanto afirmar que o mar é seco. E se a palavra dos ex-presos for suspeita, que se ouça moradores comuns, não militantes políticos, antigos vizinhos daquela bastilha. Vários se mudaram porque não suportavam mais ouvir os gritos, dia e noite, de pessoas sendo torturadas. E já explico: não havia nenhum tratamento acústico no prédio. Muito menos para o "público" interno.
As paredes eram comuns e havia, inclusive, divisórias de madeira, de fina espessura, justamente para deixar vazar o som das torturas. O objetivo era manter todos os presos, o tempo todo, sobressaltados e tensos. Conto mais: em momentos em que não havia nenhum preso sendo torturado, os próprios militares e policiais que ali serviam batiam nas paredes e davam gritos, com esse propósito. Havia também um sininho infernal, que tocava o tempo todo e sempre que alguém começava a apanhar.
Então vem o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra ("Tendências/Debates", 27/5) e afirma que não havia torturas. Mas o recente artigo de Persio Arida ("Tendências/Debates", 2/6) também foi farto de incorreções, e em várias coisas, admito, o coronel teve razão. Vejamos algumas: não havia banho de sol no DOI-Codi. Muito menos sopão no pátio. Realmente, não sei de onde ele tirou isso. O preso só ficava no pátio por curtos períodos, em trânsito por alguma razão, e geralmente algemado. Também não havia contatos entre os presos, exceto quando dividiam celas. Na minha cela, por exemplo, éramos três pessoas. Para encerrar: a confissão de Persio de que mudou suas convicções seria totalmente dispensável. Só o contrário me surpreenderia.

MILTON SALDANHA (São Paulo, SP)

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Palestina

O leitor Mauro Fadul Kurban ("Painel do leitor" on-line, 3/6) fala em partilha ilegítima, esquecendo-se que a Israel coube o deserto do Neguev, ou seja, 60% do território, sem recursos naturais, especialmente água e petróleo, além de vizinhos que até hoje tentam "varrê-lo do mapa".
Ao se referir a judeus recém-chegados, esquece-se que os judeus sempre estiveram nestas terras, e que, portanto, estavam retornando ao lar prometido, ao contrário, infelizmente, do povo palestino, rejeitado pelos países árabes.

LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)

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FHC

Na entrevista a Mônica Bergamo (Ilustrada, 29/5), em que defende a descriminalização do consumo de drogas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso terminou afirmando que seu governo foi ambíguo. Só que ele continua sendo ambíguo até hoje. Ao mesmo tempo em que é a favor da descriminalização não descarta a penalização. Mais ambíguo do que isso, impossível.

CONRADO DE PAULO (Bragança Paulista, SP)

 
 

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