Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
28/06/2011 - 02h30

Parada Gay, planos de saúde, bonde de Santa Teresa, Corinthians

DE SÃO PAULO

Parada Gay

Apesar de não ter participado nem da Marcha para Jesus nem da Parada Gay, estranha-me muito a unanimidade dos comentaristas e colunistas desta Folha em condenar a primeira e louvar a segunda. O desrespeito aos católicos com as imagens de santos "homoeroticamente estilizados" durante a Parada Gay (quanta incoerência da parte de um movimento que pede respeito a seus membros) não merece uma única linha de crítica da Folha?

WAGNER MARCHIORI (São Paulo, SP)

-

Planos de saúde

É estarrecedor tomar conhecimento por meio da Folha de que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) simplesmente deixou de cobrar das seguradoras de saúde particulares os milhões de reais pela utilização que elas fizeram de recursos públicos para atender a seus pacientes durante 2008 e 2009 (Cotidiano, 27/6). Talvez tal forma escandalosa de indício de corrupção seja maior que o mensalão, mas a imprensa não dá a cobertura devida.

ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)

-

Bonde de Santa Teresa

Após ler notícia na Folha sobre a morte do turista francês que caiu do bonde de Santa Teresa quando passava sobre os Arcos da Lapa (Cotidiano, 25/6), me senti responsável pela tragédia.
Isto porque, em janeiro de 2009, estive no Rio apresentando a cidade ao meu filho de 18 anos e, dentre os lugares e passeios que fizemos, estava a viagem até Santa Teresa no bonde --que estava lotado, sem qualquer lugar vazio no seu interior. Funcionários anunciaram na estação que quem quisesse fazer a viagem no estribo do bonde poderia seguir; caso contrário, deveria sair da plataforma e aguardar na fila, do lado de fora, pelo próximo bonde. Antes disso, já havíamos esperado na fila por mais de uma hora.
Incentivado pelo meu entusiasmado filho, resolvi fazer a viagem no estribo (apesar do medo de altura e de saber que passaríamos sobre os Arcos). Raciocinei: "Ora, sou um turista e, se fosse perigoso, ninguém seria maluco de permitir que me expusesse a um risco que pudesse prejudicar a imagem da cidade!". Que ingenuidade...
Agarrei-me firmemente a uma das colunas do bonde quando passávamos sobre os Arcos. O perigo estava ali: uma altura considerável e quase nenhuma proteção --apenas uma tela, que julguei não ser o suficiente para segurar alguém que caísse, pois era muito baixa. Além disso, havia o estrago potencial de cair entre a tela e o bonde. Estava apavorado e fiquei mais ainda ao olhar para meu filho (que também estava no estribo) e vê-lo soltar uma das mãos e divertir-se projetando o corpo para fora do bonde. Aí, uma bronca moderou suas atitudes.
Durante a viagem, passamos próximos ao bonde que descia, além de ônibus, carros e caminhões que "lambiam" nosso bonde. A "tortura" parecia não ter fim. Por que não descer na próxima parada? Porque vendo que os meios que desciam estavam sempre lotados, achava que não conseguiríamos tão cedo transporte morro acima ou morro abaixo. OK, raciocínio imbecil, penso hoje. Poderíamos ter morrido. E ficamos até o ponto final. Na volta, conseguimos lugar no interior do bonde, de pé, ao lado do motorneiro. E outras fragilidades se mostraram: primeiramente, o sistema de freios, que, segundo o motorneiro, era original e parecia muito antiquado e frágil. Também a tranquilidade dele (desleixo?), que tudo permitia aos passageiros, garantindo-lhes que acidentes nunca ocorriam. Sobrevivemos! E prometi a mim mesmo que divulgaria aquilo que me pareceu um perigo sem tamanho para que os responsáveis pela cidade fossem pressionados a tomar alguma atitude.
Não cumpri a promessa. E ao ler a Folha vi, infelizmente, a imagem e a descrição do que previ há mais de dois anos. Não fui o cidadão brasileiro que deveria ter sido e pretendo que este texto seja o início de uma mudança de atitude: não serei mais tolerante com situações como esta.
Há quanto tempo o perigo naquela viagem existe? Ninguém reclama? E até quando persistirá a passividade dos demais cidadãos usuários e dos (ir)responsáveis pelo serviço?

LUIZ RICARDO PLATINETTI (São Paulo, SP)

-

Corinthians

Em seu texto "Corinthians, o único" (Esporte, 27/6), o jornalista Juca Kfouri desfia uma série de teorias pseudopsicanalíticas para tentar comprovar a alegada excepcionalidade do clube para o qual torce.
Talvez precisasse de mais espaço para dissertar sobre o "destino manifesto" da nação corintiana, porque o texto só foi suficiente para demonstrar o quão incongruente é o pensamento de quem o escreve. O colunista foi incapaz de encontrar outras explicações para as inúmeras "agressões" que o clube sofre de seus adversários que não os "ciúmes que o tamanho desta torcida desperta" entre "praianos", alviverdes, tricolores, colorados e, vejam só, rubro-negros.
Será que não lhe ocorreu que seu time talvez seja o menos respeitado entre os adversários graças aos inúmeros episódios nebulosos de sua história recente? Também não lhe ocorreu que, embora seja o último clube paulista a conquistar um título nacional e o único sem qualquer título continental, o fato de receber da mídia, mais interessada em auferir lucro do que em informar, atenção tão desproporcional à suas vitórias seja, aos olhos dos demais torcedores, uma verdadeira ditadura da maioria?
Se o Corinthians é mesmo ímpar, é porque é o único que assenta sua grandeza não nas próprias conquistas, mas no fato de ser... único, seja lá o que isso signifique.

ALEXANDRE DA COSTA AZEVEDO DIAS (Curitiba, PR)

-

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página