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Corrupção, criminalidade, horário de verão
DE SÃO PAULO
Corrupção
Por mais que seja positiva a indignação manifestada por milhares de pessoas contra a corrupção, é preciso ter cautela em relação a alguns aspectos desse movimento. Primeiro, ser apartidário não pode significar ser antipartidário. Deveria significar, isto sim, ser suprapartidário, o que é muito diferente. Não dá para dizer que todos os políticos de todos os partidos sejam corruptos, isto não é só um exagero, é uma total inverdade.
As vassouras também não trazem boas recordações para quem conhece a história do Brasil. A maioria nas passeatas talvez seja jovem demais para saber o mal que a UDN e o janismo fizeram ao país, nos deixando como legado uma ditadura que matou e torturou milhares de brasileiros e brasileiras.
GERARDO XAVIER SANTIAGO (Rio de Janeiro, RJ)
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É bem verdade que, se não fosse o trabalho da imprensa, 95% da picaretagem da política brasileira ficariam entre quatro paredes. A participação da população em passeatas ainda não atingiu a maioria porque em cada segmento há uma explicação plausível. Na classe A, por exemplo, não se encontra nenhum banqueiro ou empresário insatisfeito com a política econômica (lembrando que, se a economia vai bem, o resto é resto).
Mas quantos são os brasileiros que leem jornais, por exemplo, e se incomodam com a corrupção, com a falta de ética e com o cinismo dos seus representantes? De olho nesse vácuo, os políticos sabem que basta uma conversinha mole e o voto está garantido.
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)
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O protesto contra a corrupção com vassouras, lá em Brasília, valia para o tempo de Jânio Quadros. Com os políticos atuais, atolados nesta lama, protesto, hoje, somente com esfregão e escovão, pois a sujeira é muito mais grossa.
WALTER LEMOS FILHO (Florianópolis, SC)
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Criminalidade
Cresce o número de menores envolvidos em ações criminosas. Isto vem sendo tolerado pela Justiça na aplicação de leis retrógradas e condescendentes. Aplicar apenas medidas socioeducativas em casos de sequestro, homicídio, latrocínio e outras ações violentas parece-me um equívoco. A lei que atesta que um ser humano saudável, mesmo menor de idade, não tem plena consciência de que tirar a vida do próximo ou colocá-la em risco de morte é crime, professa uma ingenuidade assassina. Por que não mudar?
RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ)
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Horário de verão
Tiram mais uma coisa do sofrido trabalhador brasileiro: uma hora do seu sagrado sono!
EDUARDO BRITTO (São Paulo, SP)
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