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04/10/2012 - 06h45

Na despedida da TV, Russomanno se diz caluniado, e PT ataca

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DE SÃO PAULO

No último dia de programa em rádio e TV dos candidatos a prefeito, Celso Russomanno (PRB) voltou a dizer que "é possível vencer jogando limpo", Fernando Haddad (PT) atacou os dois principais rivais, e José Serra (PSDB) ligou carreira política e história familiar em tom emotivo.

Acuado pela queda abrupta nas pesquisas, Russomanno afirmou ser alvo de calúnias. "Vou te defender dos maus serviços públicos", prometeu, encarnando pela derradeira vez o paladino do consumidor oprimido.

Haddad acionou a metralhadora giratória, alvejando a "propaganda enganosa" do tucano e a "ilusão" do candidato do PRB. "Serra passou a campanha vendendo linhas de metrô imaginárias e hospitais de luxo [...] Russomanno pensa que sorrisos substituem propostas", disse.

O petista usou trechos dos discursos dos padrinhos Lula e Dilma Rousseff em comício na segunda-feira. Concluiu seu segmento com fala pontuada por imagens ("camisa limpa que nunca deixarei sujar") e adjetivos ligados à ética, numa vacina ao julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal.

Serra surgiu escudado por parentes, intelectuais e artistas. "Não gosto de seduzir, mas de convencer. Não adianta olhar nos olhos e não enxergar o sofrimento", disse no rádio, em menção velada ao "olho no olho" de Haddad.

Os 45 dias de campanha na mídia podem ser divididos em dois capítulos. A polarização inicial entre PT e PSDB deu lugar ao esforço mútuo de desmontagem da candidatura de Russomanno.

O tucano começou mirando a gestão Marta Suplicy (2001-2004). De seu lado, o petista lembrou o quanto pôde a saída do rival a meio mandato.

Serra então gravou testemunho explicando que renunciou porque "o Estado estava ameaçado de cair nas mãos do PT". Não demorou a sair da retranca, tirando do banco o mensalão.

Haddad respondeu levando à TV a presidente, que sugeriu que programas federais se fortaleceriam em São Paulo com o PT na prefeitura.

Os tucanos treplicaram com anúncios que ligavam Haddad a réus do mensalão.

Alheio ao tiroteio, Russomanno se mantinha isolado na dianteira. Repetia agradecimentos e enfileirava queixas do consumidor-cidadão.

Só trocou o figurino ao começar a cair, depois de saraivada de críticas dos principais oponentes --que o compararam a Celso Pitta e desancaram propostas como a da tarifa de ônibus proporcional.

Em seu programa, Russomanno virou vítima de "jogo sujo" e "baixaria". No apagar das luzes, reagiu: apareceu com a expressão retesada, batendo a mão na mesa e chamando Haddad de "mentiroso". Foi-se o sereno ouvinte da voz das ruas. (LUCAS NEVES)

 

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