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STJ interrompe atividade de mineradora na Serra do Curral, em MG

Ação da prefeitura questiona licenciamento; advogado da empresa Gute Sicht disse que ainda não teve acesso à decisão

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Belo Horizonte

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou nesta quinta (27) a suspensão das atividades da mineradora Gute Sicht na Serra do Curral, cartão-postal de Belo Horizonte. A decisão acata recurso impetrado pela prefeitura da capital mineira.

A determinação do STJ é mais uma dentro de uma série de decisões judiciais, até então tomadas pelas justiças estadual e federal em Minas Gerais, em ações que tentam impedir a exploração de minério de ferro na região.

A mineradora vinha operando na Serra do Curral depois de decisão liminar da Justiça Federal em Minas Gerais tomada no último dia 15.

Até então estava parada, desde janeiro deste ano, por decisão da Justiça de primeira instância em Minas Gerais.

A foto mostra a Praça do Papa, tendo ao fundo a Serra do Curral, na região sul de Belo Horizonte.
A Serra do Curral, localizada no extremo sul de Belo Horizonte, próximo à Praça do Papa. - Adão de Souza/Prefeitura de Belo Horizonte

Os questionamentos contrários ao empreendimento são no sentido de que a Gute Sicht opera sem licenciamento adequado e dentro de área protegida. A empresa acumula multas ambientais aplicadas pela prefeitura que somam R$ 6,5 milhões.

Advogado da Gute Sicht, Guilherme Ribeiro Grimaldi disse que não comentaria o posicionamento do STJ por ainda não ter tido acesso à decisão, que foi tomada pela presidente da Corte e relatora do processo, ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Parte das decisões judiciais tem relação também com investigação da Polícia Federal sobre autorizações para que a empresa atuasse na região.

O recurso apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte afirmava que vinha ocorrendo "mutilação criminosa de um bem cultural tombado".

O subprocurador-geral da prefeitura, Caio Perona, classificou a decisão como um marco significativo na preservação da Serra do Curral.

"Tem enorme importância por ser o primeiro posicionamento sobre o tema oriundo de Brasília, o que assegura maior estabilidade no entendimento do Poder Judiciário e fortalece a segurança na proteção do bem tombado", avaliou.

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