Paraense, jornalista e escritora. É autora de "Tragédia em Mariana - A História do Maior Desastre Ambiental do Brasil". Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense.
União férrea pela democracia
A única certeza que temos é que a luta será árdua, difícil e demorada
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O fascismo nunca havia mostrado suas garras e caninos com tanta fúria e ferocidade entre nós. Só em golpes de Estado se vê tamanho grau de violência e barbárie contra a Constituição e os Poderes da República. O momento é de mobilização permanente em defesa da democracia e do país e de fortalecimento da autoridade do presidente Lula.
A selvageria contra o Estado democrático de Direito teve comando, planejamento, coordenação e estratégia. Não foi ato de aventureiros alucinados. Os financiadores do terrorismo têm que ser identificados e presos. Os culpados pelo caos, por ação ou omissão, devem ser punidos com rigor.
Um deles é o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que precisa ser afastado do cargo em definitivo. A Polícia Militar de Ibaneis protegeu os terroristas e os deixou livres para extravasar sua bestialidade contra as sedes dos três Poderes. Há dezenas de vídeos mostrando a cumplicidade de policiais. A insistência em nomear Anderson Torres como secretário da Segurança Pública fala por si.
O aparato federal fracassou estrondosamente. Força Nacional de Segurança, Gabinete de Segurança Institucional, polícias especiais do Legislativo e do Judiciário, Batalhão da Guarda Presidencial, Comando Militar do Planalto. Todas essas unidades obedecem a comandos, que devem explicações sobre a vulnerabilidade em que deixaram os prédios públicos.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, tem que entender que pacificação não significa covardia nem tolerância com quebra da hierarquia, como aconteceu na transição de comando da Marinha. E Jair Bolsonaro, o maior responsável pelos criminosos ataques golpistas, precisa ser alcançado pela Justiça. Sem demora.
O que aconteceu neste domingo (8) vai reverberar por muito tempo no Brasil e até no exterior. Democracias no mundo inteiro devem estar unidas para enfrentar o fascismo. A única certeza que temos é que a luta será árdua, difícil e demorada.
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